Assaradão: diferenças entre revisões
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'''Assaradão''',<ref>[[José Pedro Machado|Machado, José Pedro]]. ''[[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]]'', verbete "Assaradão".</ref> por vezes chamado '''Esarhaddon''' ou '''Esar-Hadom''' (em [[Língua acádia|acádio]]: ''Aššur-aha-iddina''; {{langx|el|Ασαραδδων||''Asaraddon''}}), foi rei da [[Assíria]] entre [[681 a.C.]] e [[669 a.C.]], foi filho de [[Senaqueribe]] e de Naqi`a (Zakutu). |
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As suas origens são [[Aramaico|aramaicas]]. No ano {{AC|681|x}} o rei Senaqueribe foi assassinado, provavelmente com iniciativa ou participação dos próprios filhos ou uns deles. Os quatro filhos lutaram entre si por seis semanas. Assaradão, o mais novo, voltou à capital [[Nínive]] em marchas forçadas e combateu os irmãos que fugiram para exílio no exterior. |
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Desta maneira Assaradão tinha-se imposto como rei da Assíria, e segundo um relato existente na [[Bíblia]] ([[II Reis]] 19:35-37), após o assassinato do pai, os seus irmãos tenham-se retirado para o "país de [[Ararate]]", identificado geralmente como [[Urartu]]. |
Desta maneira Assaradão tinha-se imposto como rei da Assíria, e segundo um relato existente na [[Bíblia]] ([[II Reis]] 19:35-37), após o assassinato do pai, os seus irmãos tenham-se retirado para o "país de [[Ararate]]", identificado geralmente como [[Urartu]]. |
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Uma das obras mais relevantes do reinado de Assaradão foi a reconstrução da [[Babilónia (cidade)|Babilónia]], que tinha sido destruída por seu pai, Senaqueribe, em {{AC|689|x}}, sendo provável que, nesta época, a capital do império assírio tenha se transferido para lá. |
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== Política exterior == |
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Assaradão assinou a paz com [[Elam]], manteve uma relação de amizade com [[Urartu]], que foi seu aliado contra as invasões dos povos [[Cimérios]] e iniciou a conquista do [[Egito]], chegando a conquistar a cidade de [[Mênfis]] em [[671 a.C.]]. Egito era o grande rival da Assíria. O faraó negro [[Taharka]] tinha há muitos anos incentivado rebeliões na palestina, e várias cidades deixaram a Assíria e se ajuntaram ao Egito. Com esforços incríveis Assaradão conseguiu a reconquista de [[Sídon]], cidade protegida pelo mar e fortificações famosas, e de outros lugares, e finalmente em 671 ele venceu por cima dos egípcios. O faraó Taharka e o corte fugiram para o sul, origem da 25ª dinastia, e Assaradão instalou um governo em [[Mênfis]] e voltou. |
Assaradão assinou a paz com [[Elam]], manteve uma relação de amizade com [[Urartu]], que foi seu aliado contra as invasões dos povos [[Cimérios]] e iniciou a conquista do [[Egito]], chegando a conquistar a cidade de [[Mênfis]] em [[671 a.C.]]. Egito era o grande rival da Assíria. O faraó negro [[Taharka]] tinha há muitos anos incentivado rebeliões na palestina, e várias cidades deixaram a Assíria e se ajuntaram ao Egito. Com esforços incríveis Assaradão conseguiu a reconquista de [[Sídon]], cidade protegida pelo mar e fortificações famosas, e de outros lugares, e finalmente em 671 ele venceu por cima dos egípcios. O faraó Taharka e o corte fugiram para o sul, origem da 25ª dinastia, e Assaradão instalou um governo em [[Mênfis]] e voltou. |
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Revisão das 16h03min de 1 de março de 2015
Assaradão | |
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Rei dos tervíngios | |
Relevo em bronze com retrato de Assaradão (direita) e sua mãe Zakutu (esquerda), atualmente no Museu do Louvre | |
Reinado | 681 a.C. - 669 a.C. |
Consorte | ? |
Antecessor(a) | Senaqueribe |
Sucessor(a) | Assurbanípal |
Nascimento | ? |
Morte | 669 a.C. |
Pai | Senaqueribe |
Mãe | Zakutu |
Assaradão,[1] por vezes chamado Esarhaddon ou Esar-Hadom (em acádio: Aššur-aha-iddina; em grego: Ασαραδδων; romaniz.:Asaraddon), foi rei da Assíria entre 681 a.C. e 669 a.C., foi filho de Senaqueribe e de Naqi`a (Zakutu).
Biografia
As suas origens são aramaicas. No ano 681 a.C. o rei Senaqueribe foi assassinado, provavelmente com iniciativa ou participação dos próprios filhos ou uns deles. Os quatro filhos lutaram entre si por seis semanas. Assaradão, o mais novo, voltou à capital Nínive em marchas forçadas e combateu os irmãos que fugiram para exílio no exterior.
Desta maneira Assaradão tinha-se imposto como rei da Assíria, e segundo um relato existente na Bíblia (II Reis 19:35-37), após o assassinato do pai, os seus irmãos tenham-se retirado para o "país de Ararate", identificado geralmente como Urartu.
Uma das obras mais relevantes do reinado de Assaradão foi a reconstrução da Babilónia, que tinha sido destruída por seu pai, Senaqueribe, em 689 a.C., sendo provável que, nesta época, a capital do império assírio tenha se transferido para lá.
Política exterior
Assaradão assinou a paz com Elam, manteve uma relação de amizade com Urartu, que foi seu aliado contra as invasões dos povos Cimérios e iniciou a conquista do Egito, chegando a conquistar a cidade de Mênfis em 671 a.C.. Egito era o grande rival da Assíria. O faraó negro Taharka tinha há muitos anos incentivado rebeliões na palestina, e várias cidades deixaram a Assíria e se ajuntaram ao Egito. Com esforços incríveis Assaradão conseguiu a reconquista de Sídon, cidade protegida pelo mar e fortificações famosas, e de outros lugares, e finalmente em 671 ele venceu por cima dos egípcios. O faraó Taharka e o corte fugiram para o sul, origem da 25ª dinastia, e Assaradão instalou um governo em Mênfis e voltou.
Quando Assaradão morreu vítima de uma doença crónica estava a preparar uma nova campanha contra o Egito, porque logo na saída do exército assírio Taharka começou com a reconquista do Egito. Foi sucedido por Assurbanípal na Assíria e por Shamash-shum-ukin na Babilónia.
Referências
- ↑ Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "Assaradão".
Antecessor: Senaqueribe |
Rei da Assíria: 12 anos |
Sucessor: Assurbanípal |