Miguel de Vasconcelos: diferenças entre revisões
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Miguel de Vasconcelos e Brito era filho do Dr. [[Pedro Barbosa de Luna]], famoso [[jurisconsulto]], e de sua mulher D. Antónia de Melo e Vasconcelos ou de Vasconcelos e Brito, [[Senhorialismo|Senhora]] do [[Morgado]] de Serzedelo, de [[Alvarenga]] e do Morgado da [[Fonte Boa]], e irmão de [[Dom (título)|D.]] [[Frei]] [[Pedro Barbosa de Eça]].<ref name="GEPB">{{citar livro|autor=Vários|título=[[Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira]]|editora=Editorial Enciclopédia, L.da|ano=|páginas=Volume|id=}}</ref> |
Miguel de Vasconcelos e Brito era filho do Dr. [[Pedro Barbosa de Luna]], famoso [[jurisconsulto]] e [[Professor Universitário|Lente]] da [[Universidade de Coimbra]], e de sua mulher D. Antónia de Melo e Vasconcelos ou de Vasconcelos e Brito, [[Senhorialismo|Senhora]] do [[Morgado]] de Serzedelo, de [[Alvarenga]] e do Morgado da [[Fonte Boa]], e irmão de [[Dom (título)|D.]] [[Frei]] [[Pedro Barbosa de Eça]] e [[Mariana de Luna]].<ref name="GEPB">{{citar livro|autor=Vários|título=[[Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira]]|editora=Editorial Enciclopédia, L.da|ano=|páginas=Volume|id=}}</ref> |
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Desempenhou no [[Reino de Portugal]] os cargos de [[Escrivão da Fazenda]]<ref>[http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/index.php?id=833 D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX]</ref> e de [[secretário de Estado]] ([[Anexo:Lista de primeiros-ministros de Portugal|primeiro-ministro]]) da [[duquesa de Mântua]], [[vice-Rei de Portugal|vice-Rainha de Portugal]], em nome do Rei [[Filipe IV de Espanha]] (Filipe III de Portugal) e valido do [[conde duque de Olivares]]<ref>[http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/index.php?id=833 D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX]</ref>. Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da [[dinastia Filipina|dominação filipina]]. Tinha alcançado da corte castelhana de [[Madrid]] plenos poderes para aplicar em [[Portugal]] pesados impostos, os quais deram origem à revolta das [[Revolta do Manuelinho|Alterações de Évora (Manuelinho)]] e a motins em outras terras do [[Alentejo]]. Foi a primeira vítima do [[golpe de estado]] do [[1º de Dezembro de 1640]]. Depois de morto, foi arremessado da janela do [[Palácio da Ribeira|Paço Real]] de [[Lisboa]] para o [[Praça do Comércio|Terreiro do Paço]], pelos [[Quarenta Conjurados|conjurados]]. |
Desempenhou no [[Reino de Portugal]] os cargos de [[Escrivão da Fazenda]]<ref>[http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/index.php?id=833 D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX]</ref> e de [[secretário de Estado]] ([[Anexo:Lista de primeiros-ministros de Portugal|primeiro-ministro]]) da [[duquesa de Mântua]], [[vice-Rei de Portugal|vice-Rainha de Portugal]], em nome do Rei [[Filipe IV de Espanha]] (Filipe III de Portugal) e valido do [[conde duque de Olivares]]<ref>[http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/index.php?id=833 D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX]</ref>. Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da [[dinastia Filipina|dominação filipina]]. Tinha alcançado da corte castelhana de [[Madrid]] plenos poderes para aplicar em [[Portugal]] pesados impostos, os quais deram origem à revolta das [[Revolta do Manuelinho|Alterações de Évora (Manuelinho)]] e a motins em outras terras do [[Alentejo]]. Foi a primeira vítima do [[golpe de estado]] do [[1º de Dezembro de 1640]]. Depois de morto, foi arremessado da janela do [[Palácio da Ribeira|Paço Real]] de [[Lisboa]] para o [[Praça do Comércio|Terreiro do Paço]], pelos [[Quarenta Conjurados|conjurados]]. |
Revisão das 01h22min de 28 de outubro de 2015
Miguel de Vasconcelos | |
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Antonio Fernandez - Restauração de Portugal e Morte de Miguel Vasconcelos.jpg Miguel de Vasconcelos | |
Político(a) de Portugal | |
Período | Secretário de Estado, 1635 - 1640 |
Antecessor(a) | Filipe de Mesquita |
Sucessor(a) | Francisco de Lucena |
Dados pessoais | |
Nascimento | c. 1590 |
Morte | 1 de dezembro de 1640 |
Miguel de Vasconcelos e Brito (c. 1590[1] — 1 de Dezembro de 1640[2]), Senhor do Morgado da Fonte Boa[3], foi um político português.
Biografia
Miguel de Vasconcelos e Brito era filho do Dr. Pedro Barbosa de Luna, famoso jurisconsulto e Lente da Universidade de Coimbra, e de sua mulher D. Antónia de Melo e Vasconcelos ou de Vasconcelos e Brito, Senhora do Morgado de Serzedelo, de Alvarenga e do Morgado da Fonte Boa, e irmão de D. Frei Pedro Barbosa de Eça e Mariana de Luna.[4]
Desempenhou no Reino de Portugal os cargos de Escrivão da Fazenda[5] e de secretário de Estado (primeiro-ministro) da duquesa de Mântua, vice-Rainha de Portugal, em nome do Rei Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal) e valido do conde duque de Olivares[6]. Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Tinha alcançado da corte castelhana de Madrid plenos poderes para aplicar em Portugal pesados impostos, os quais deram origem à revolta das Alterações de Évora (Manuelinho) e a motins em outras terras do Alentejo. Foi a primeira vítima do golpe de estado do 1º de Dezembro de 1640. Depois de morto, foi arremessado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço, pelos conjurados.
Entre seus ancestrais famosos, estão D. Sancho I de Portugal, Henrique II de Inglaterra, Roberto II de França, Carlos Magno, entre outros.
Um esconderijo apertado
Depois de entrarem no palácio, os conspiradores procuraram Miguel Vasconcelos, mas dele nem sinal. E por mais voltas que dessem, não encontravam Miguel de Vasconcelos. Já tinham percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro, e nada.
Ora acontece que Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondeu-se num armário e fechou-se lá dentro, com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho do armário. O fugitivo, ao tentar mudar de posição, remexeu-se lá dentro, o que provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.
O corpo caiu no meio de uma multidão enfurecida que largou sobre ele todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades, sendo deixado no local da queda para ser lambido pelos cães, símbolo da mais pura profanação.
Precedido por Filipe de Mesquita |
Secretário de Estado de Portugal 1635 - 1640 |
Sucedido por Francisco de Lucena |
Referências
- ↑ Mas alguns chegam a achar que foi por volta de 1610
- ↑ Sabemos disso por causa do registo do início da revolução portuguesa.
- ↑ Morgadio dos Pantoja, por Gentil Cesário e Luísa Gomes (CMSC), pág. 10, nota 35
- ↑ Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume
- ↑ D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX
- ↑ D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX