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Cortes de Leiria de 1372: diferenças entre revisões

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Reunidas as '''Cortes''' de novo em '''[[Leiria]] em [[1372]]''', no reinado de [[Fernando I de Portugal|D. Fernando]], foram marcadas por certa oposição dos populares aos desejos do rei, que pretendia aumentar a tributação para fazer face ao estado do erário e empreender guerra a [[Reino de Castela|Castela]]. Entre outros agravos, os representantes dos [[concelho]]s estavam descontentes com os impostos, que o monarca agravara sem os consultar, e com a alteração do valor da moeda.
Reunidas as '''Cortes''' de novo em '''[[Leiria]] em [[1372]]''', no reinado de [[Fernando I de Portugal|D. Fernando]], foram marcadas por certa oposição dos populares aos desejos do rei, que pretendia aumentar a tributação para fazer face ao estado do erário e empreender guerra a [[Reino de Castela|Castela]]. Entre outros agravos, os representantes dos [[concelho]]s estavam descontentes com os impostos, que o monarca agravara sem os consultar, e com a alteração do valor da moeda.


Dos registos ressalta a já aparente dependência do próprio rei perante as competências das Cortes. Confirma-se que o mandato dos deputados populares era de natureza deliberativa e que o seu estatuto era o de representantes dotados de ''plena potestas'' (''plenos poderes'') para decidir sobre os assuntos da agenda. Estas Cortes são importantes por se revelarem capazes de fazer frente ao rei e tomarem decisões contrárias aos desígnios dele. Assumem-se como estrutura política paralela ao supremo poder monárquico.<ref>Serrão, Joel, ''Cronologia Geral da História de Portugal'', Livros Horizonte, edição, 1986, pag. 61</ref> <ref>Mattoso, José (dir.), ''História de Portugal'', Círculo de Leitores e Autores, 1993, 2º Vol., pag. 514</ref>
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Revisão das 03h33min de 11 de fevereiro de 2016

Reunidas as Cortes de novo em Leiria em 1372, no reinado de D. Fernando, foram marcadas por certa oposição dos populares aos desejos do rei, que pretendia aumentar a tributação para fazer face ao estado do erário e empreender guerra a Castela. Entre outros agravos, os representantes dos concelhos estavam descontentes com os impostos, que o monarca agravara sem os consultar, e com a alteração do valor da moeda.

Dos registos ressalta a já aparente dependência do próprio rei perante as competências das Cortes. Confirma-se que o mandato dos deputados populares era de natureza deliberativa e que o seu estatuto era o de representantes dotados de plena potestas (plenos poderes) para decidir sobre os assuntos da agenda. Estas Cortes são importantes por se revelarem capazes de fazer frente ao rei e tomarem decisões contrárias aos desígnios dele. Assumem-se como estrutura política paralela ao supremo poder monárquico.[1] [2]

Referências

  1. Serrão, Joel (1986). Cronologia Geral da História de Portugal 5ª ed. [S.l.]: Livros Horizonte. p. 61 
  2. Mattoso, José (dir.) (1993). História de Portugal. 2. [S.l.]: Círculo de Leitores e Autores. p. 514 
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