Acordo Sykes-Picot: diferenças entre revisões
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Revisão das 20h30min de 19 de fevereiro de 2016
Acordo Sykes-Picot | |
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Zonas de influência francesa e britânica estabelecidas pelo Acordo Sykes-Picot | |
Autoria | Mark Sykes e François Georges-Picot |
Signatário(a)(s) | Edward Grey e Paul Cambon |
O Acordo Sykes-Picot de 16 de maio de 1916[1] foi um ajuste secreto[2] entre os governos do Reino Unido e da França[3] que definiu as suas respetivas esferas de influência no Oriente Médio após a Primeira Guerra Mundial. Os limites estabelecidos pelo acordo ainda permanecem na maior parte da fronteira comum entre a Síria e o Iraque[4].
O acordo foi negociado em novembro de 1915 pelo diplomata francês François Georges-Picot e pelo britânico Mark Sykes.
O Reino Unido recebeu o controle dos territórios correspondentes, grosso modo, à Jordânia e ao Iraque, bem como uma pequena área em torno de Haifa. A França ganhou o controle do sudeste da Turquia, da Síria, do Líbano e do norte do Iraque. As duas potências ficaram livres para definir as fronteiras dentro daquelas áreas.
A Palestina seria colocada sob administração internacional, aguardando consultas com a Rússia e outras potências.
Este acordo é visto por muitos como conflitante com a Correspondência Hussein-McMahon de 1915-1916. O conflito entre os dois acertos resulta do progresso da guerra: a correspondência refletia a necessidade de apoio árabe à Tríplice Entente, enquanto que o Acordo Sykes-Picot procurava recrutar o apoio dos judeus americanos para o esforço de trazer os EUA para a guerra ao lado da Entente, juntamente com a Declaração de Balfour de 1917.
O ajuste foi posteriormente ampliado para incluir a Itália e a Rússia. A primeira receberia algumas ilhas do Egeu e uma esfera de influência em torno de Izmir, no sudoeste da Anatólia, enquanto que a segunda ficaria com a Armênia e partes do Curdistão. A presença italiana na Anatólia e a divisão dos territórios árabes foram em seguida formalizadas pelo Tratado de Sèvres, de 1920.
A Revolução Russa de 1917 invalidou as reivindicações da Rússia sobre o Império Otomano. Lênin tornou pública uma cópia do Acordo Sykes-Picot (até então secreto), bem como outros tratados, o que causou constrangimento entre os aliados e crescente desconfiança entre os árabes.
O acordo é visto por muitos como um ponto de inflexão nas relações entre os árabes e o Ocidente, já que contrariava as promessas feitas aos árabes através de T. E. Lawrence, no sentido de criar-se uma nação em território sírio em troca de apoio aos esforços de guerra britânicos contra o Império Otomano.
Os principais termos do acordo foram confirmados pela Conferência interaliada de San Remo, em 19-26 de abril de 1920, e pelo Conselho da Sociedade das Nações em 24 de julho de 1922, estabelecendo os mandatos britânico e francês correspondentes às áreas definidas pelo ajuste de 1916.
- MAGNOLI, Demetrio. História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 8572443967
Referências
- ↑ http://www.law.fsu.edu/library/collection/LimitsinSeas/IBS094.pdf p. 8.
- ↑ Primary Documents - Sykes-Picot Agreement, 16 May 1916
- ↑ Fromkin, David (1989). A Peace to End All Peace: The Fall of the Ottoman Empire and the Creation of the Modern Middle East. New York: Owl. pp. 286, 288. ISBN 0-8050-6884-8
- ↑ A fragmentação do Oriente Médio Jornal de Londrina