Lúcio Anício Galo: diferenças entre revisões
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Informado que os piratas ilírios estavam arrasando a costa entre Apolônia e [[Dirráquio]], Lúcio Anício decidiu liderar a [[marinha romana|frota]] contra os navios dos piratas, capturando alguns e provocando a fuga dos demais. Logo depois, correu para levar ajuda a Ápio Cláudio e seus aliados [[bessanitas]], que estavam cercados pelas tropas de Gêncio. A notícia da chegada de novas tropas romanas assustou o rei ilírio, que levantou o cerco e se refugiou em sua capital, |
Informado que os piratas ilírios estavam arrasando a costa entre Apolônia e [[Dirráquio]], Lúcio Anício decidiu liderar a [[marinha romana|frota]] contra os navios dos piratas, capturando alguns e provocando a fuga dos demais. Logo depois, correu para levar ajuda a Ápio Cláudio e seus aliados [[bessanitas]], que estavam cercados pelas tropas de Gêncio. A notícia da chegada de novas tropas romanas assustou o rei ilírio, que levantou o cerco e se refugiou em sua capital, [[Escodra]], enquanto o resto de seu exército se rendeu aos romanos. Como Lúcio Anício foi clemente com os que se renderam, a maior parte das cidades ilírias se rendeu ao exército romano, o que permitiu que ele rapidamente chegasse em ''Scodra''. À frente das muralhas da cidade, Gêncio perfilou seu exército para enfrentar os romanos, mas foi facilmente derrotado. O rei, aterrorizado, pediu uma trégua de três dias e foi atendido. Gêncio esperava que, neste ínterim, seu irmão [[Caravâncio]] conseguisse chegar com reforços. Com a demora e sem apoio dos [[Reino da Macedônia|macedônios]], Gêncio abandonou a cidade e foi até o acampamento romano para se render incondicionalmente. |
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Lúcio Anício então conquistou Scodra e imediatamente liberto os [[legado]]s aprisionados pelos ilírios e enviou um deles, Marco Perperna, a Roma para informar o [[Senado Romano|Senado]] da derrota completa de Gêncio, o que levou à declaração de três dias de festividades pela vitória. A campanha inteira durou menos de trinta dias<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' XLIV, 3.</ref><ref>[[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]] IV, 3; [[Plutarco]], ''Emilius Paulus'', XII</ref>. |
Lúcio Anício então conquistou Scodra e imediatamente liberto os [[legado]]s aprisionados pelos ilírios e enviou um deles, Marco Perperna, a Roma para informar o [[Senado Romano|Senado]] da derrota completa de Gêncio, o que levou à declaração de três dias de festividades pela vitória. A campanha inteira durou menos de trinta dias<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' XLIV, 3.</ref><ref>[[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]] IV, 3; [[Plutarco]], ''Emilius Paulus'', XII</ref>. |
Revisão das 01h06min de 8 de janeiro de 2017
Lúcio Anício Galo | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 160 a.C. |
Lúcio Anício Galo (em latim: Lucius Anicius Gallus) foi um político da gente Anícia da República Romana eleito cônsul em 160 a.C. com Marco Cornélio Cetego. Foi o primeiro de sua gente a chegar ao consulado.
Campanhas na Ilíria
Galo foi pretor peregrino em 168 a.C. e recebeu do cônsul Emílio Paulo a condução da Terceira Guerra Ilírica contra Gêncio, rei dos ilírios, que haviam se revoltado contra Roma e se aliado a Perseu da Macedônia (no contexto da Terceira Guerra Macedônica). Ele estava acampado perto de Apolônia e recebeu ordens de se juntar a Ápio Cláudio, que estava perto do rio Genuso, para coordenarem entre si a campanha.
Informado que os piratas ilírios estavam arrasando a costa entre Apolônia e Dirráquio, Lúcio Anício decidiu liderar a frota contra os navios dos piratas, capturando alguns e provocando a fuga dos demais. Logo depois, correu para levar ajuda a Ápio Cláudio e seus aliados bessanitas, que estavam cercados pelas tropas de Gêncio. A notícia da chegada de novas tropas romanas assustou o rei ilírio, que levantou o cerco e se refugiou em sua capital, Escodra, enquanto o resto de seu exército se rendeu aos romanos. Como Lúcio Anício foi clemente com os que se renderam, a maior parte das cidades ilírias se rendeu ao exército romano, o que permitiu que ele rapidamente chegasse em Scodra. À frente das muralhas da cidade, Gêncio perfilou seu exército para enfrentar os romanos, mas foi facilmente derrotado. O rei, aterrorizado, pediu uma trégua de três dias e foi atendido. Gêncio esperava que, neste ínterim, seu irmão Caravâncio conseguisse chegar com reforços. Com a demora e sem apoio dos macedônios, Gêncio abandonou a cidade e foi até o acampamento romano para se render incondicionalmente.
Lúcio Anício então conquistou Scodra e imediatamente liberto os legados aprisionados pelos ilírios e enviou um deles, Marco Perperna, a Roma para informar o Senado da derrota completa de Gêncio, o que levou à declaração de três dias de festividades pela vitória. A campanha inteira durou menos de trinta dias[1][2].
Seu mandato foi prorrogado para o ano seguinte, durante o qual Anício pacificou a região do Epiro e supervisionou a reorganização dos reinos da Ilíria em três pequenas repúblicas[3]. Em 166 a.C., ainda envolvido nas operações no Epiro, voltou para Roma e celebrou seu triunfo sobre Gêncio[4][5].
Consulado (160 a.C.) e anos finais
Anício foi eleito cônsul em 160 a.C. com Marco Cornélio Cetego. Durante seu mandato foram celebrados os jogos funerários de Lúcio Emílio Paulo Macedônico, que contaram com a apresentação da peça Adelphoe, de Terêncio[6]. Cícero conta que este ano era lembrado pela sua excepcional safra de vinho[7].
Em 155 a.C., foi um dos embaixadores enviados à corte de Prúsias II, rei da Bitínia, para mediar um confronto contra Átalo II, rei de Pérgamo e aliado de Roma[8]. A delegação se encontrou primeiro com Átalo e, depois, com Prúsias, que rejeitou os termos de paz propostos pelos romanos. Quando retornaram à corte de Átalo, os romanos o aconselharam a organizar sua defesa, mas que não iniciasse a guerra. No caminho de volta a Roma, eles dissuadiram os estados que atravessaram de prestarem qualquer apoio a Prúsias[9].
Ver também
Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Marco Valério Messala |
Marco Cornélio Cetego 160 a.C. |
Sucedido por: Cneu Cornélio Dolabela |
Referências
Bibliografia
Fontes primárias
- Lívio. Ab Urbe condita libri 🔗 (em inglês). [S.l.: s.n.] Parâmetro desconhecido
|cid=
ignorado (ajuda)
Fontes secundárias
- Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do artigo "Lucius Anicius Gallus" do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
- (em alemão) Elimar Klebs: Anicius 15. In: Realencyclopädie der classischen Altertumswissenschaft (RE). Vol. I,2, Stuttgart 1894, Col. 2197–2198.
- (em alemão) Carolus-Ludovicus Elvers: A. Gallus, L.. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 1, Metzler, Stuttgart 1996, ISBN 3-476-01471-1, Pg. 703.