Javé: diferenças entre revisões

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'''Javé''' ({{lang-he|יהוה}}) — também é utilizado a forma '''Jeová''' (''que foi formulado por modernistas por volta do século XIV'') e é uma adaptação de Javé (''YAHWEH'') — é um dos [[nomes de Deus]] na [[Bíblia]].<ref>''The Jewish Study Bible'', Oxford University Press, 2004, pp. 111–112</ref> A palavra ''Javé'' é uma convenção acadêmica para o hebraico יהוה, transcrito em letras romanas como [[Tetragrama YHWH|YHWH]], e conhecido como o ''[[Tetragrama YHVH|Tetragrama]]'', cuja pronuncia e escrita correta são desconhecidas, as traduções do tetragrama de hoje (''destacando-se Javé'') são errôneas pelo fato de não se conhecer a correta tradução do tetragrama YHWH. O significado mais provável de seu nome seria "aquele que traz à existência tudo que existe", porém existem diversas teorias e nenhuma é tida como conclusiva.<ref name="britannica.com">[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/651183/Yahweh "Yahweh."] ''[[Encyclopædia Britannica]]'' Online. 10 de dezembro de 2009</ref>
'''Javé''' ({{lang-he|יהוה}}) — também é utilizada a forma '''Jeová''' (''que foi formulada por modernistas por volta do século XIV'') e é uma adaptação de Javé (''YAHWEH'') — é um dos [[nomes de Deus]] na [[Bíblia]].<ref>''The Jewish Study Bible'', Oxford University Press, 2004, pp. 111–112</ref> A palavra ''Javé'' é uma convenção acadêmica para o hebraico יהוה, transcrito em letras romanas como [[Tetragrama YHWH|YHWH]], e conhecido como o ''[[Tetragrama YHVH|Tetragrama]]'', cuja pronuncia e escrita correta são desconhecidas, as traduções do tetragrama de hoje (''destacando-se Javé'') são errôneas pelo fato de não se conhecer a correta tradução do tetragrama YHWH. O significado mais provável de seu nome seria "aquele que traz à existência tudo que existe", porém existem diversas teorias e nenhuma é tida como conclusiva.<ref name="britannica.com">[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/651183/Yahweh "Yahweh."] ''[[Encyclopædia Britannica]]'' Online. 10 de dezembro de 2009</ref>


A Bíblia descreve Javé (''YHWH'') como o Deus que [[O Êxodo|libertou Israel do Egito]], e deu os [[Dez Mandamentos]]. "''Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: 'Eu sou teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim''” (Êxodo 20:1-3 - Sociedade Bíblica Britânica) ,e afirma que Javé se revelou a Israel como um Deus que não permitiria que seu povo fizesse ídolos ou venerasse outros deuses: ”Eu sou o meu nome: a minha glória não a darei a outrem, nem o meu louvor às imagens esculpidas” (Isaías, 42:8 - Sociedade Bíblica Britânica<ref>http://ie8.bibliaonline.com.br/tb/is/42</ref>)
A Bíblia descreve Javé (''YHWH'') como o Deus que [[O Êxodo|libertou Israel do Egito]], e deu os [[Dez Mandamentos]]. "''Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: 'Eu sou teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim''” (Êxodo 20:1-3 - Sociedade Bíblica Britânica) ,e afirma que Javé se revelou a Israel como um Deus que não permitiria que seu povo fizesse ídolos ou venerasse outros deuses: ”Eu sou o meu nome: a minha glória não a darei a outrem, nem o meu louvor às imagens esculpidas” (Isaías, 42:8 - Sociedade Bíblica Britânica<ref>http://ie8.bibliaonline.com.br/tb/is/42</ref>)


A história do surgimento do [[monoteísmo]] israelita e da adoração à Javé tem sido alvo de estudos acadêmicos desde pelo menos o século XIX, e a obra ''[[Prolegomena zur Geschichte Israels|Prolegômenos à História de Israel]]'', de [[Julius Wellhausen]]; no século XX, uma obra formativa foi ''Yahweh and the Gods of Canaan – An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (1968), de [[William F. Albright]],<ref>''Yahweh and the Gods of Canaan: An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (9780931464010)</ref> que insistiu na diferenciação essencial de Javé dos outros deuses canaanitas já no início da história de Israel. No entanto, estudiosos do [[antigo Oriente Médio]] têm visto, desde então, o culto a Javé como tendo surgido de um contexto [[semítico ocidental]] e [[canaan]]ita.<ref name="Gnuse, Robert K 1997 p. 74-87">Gnuse, Robert K. ''No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel'', Sheffield Academic Press (1997) p. 74–87</ref><ref name="Mark S. Smith 2002">Mark S. Smith, ''The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel'', Eerdmans (2002)</ref> [[Nome teofórico|Nomes teofóricos]], nomes de divindades locais semelhantes a Javé, e evidências arqueológicas foram usadas, juntamente com as fontes bíblicas, para descrever as origens pré-israelistas da adoração à Javé , a relação de Javé com os deuses locais, e o modo com o qual a adoração à Javé evoluiu para o monoteísmo judaico.
A história do surgimento do [[monoteísmo]] israelita e da adoração a Javé tem sido alvo de estudos acadêmicos desde pelo menos o século XIX, e a obra ''[[Prolegomena zur Geschichte Israels|Prolegômenos à História de Israel]]'', de [[Julius Wellhausen]]; no século XX, uma obra formativa foi ''Yahweh and the Gods of Canaan – An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (1968), de [[William F. Albright]],<ref>''Yahweh and the Gods of Canaan: An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths'' (9780931464010)</ref> que insistiu na diferenciação essencial de Javé dos outros deuses canaanitas já no início da história de Israel. No entanto, estudiosos do [[antigo Oriente Médio]] têm visto, desde então, o culto a Javé como tendo surgido de um contexto [[semítico ocidental]] e [[canaan]]ita.<ref name="Gnuse, Robert K 1997 p. 74-87">Gnuse, Robert K. ''No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel'', Sheffield Academic Press (1997) p. 74–87</ref><ref name="Mark S. Smith 2002">Mark S. Smith, ''The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel'', Eerdmans (2002)</ref> [[Nome teofórico|Nomes teofóricos]], nomes de divindades locais semelhantes a Javé, e evidências arqueológicas foram usadas, juntamente com as fontes bíblicas, para descrever as origens pré-israelistas da adoração a Javé , a relação de Javé com os deuses locais, e o modo com o qual a adoração a Javé evoluiu para o monoteísmo judaico.


A adoração exclusiva à Javé é uma ideia central do [[judaísmo|'''judaísmo''']] '''histórico'''.<ref name="Deuteronomy 6 2003 p.6">Deuteronômio, 6:4; Michael D Coogan, ''The Illustrated Guide to World Religions'', Oxford University Press (2003) p. 6</ref> Boa parte da [[Cristandade]] vê [[Jesus]] como a [[encarnação]] humana de Javé.<ref name="David B. Capes 1992 p. 164">David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 164; Walter A Elwell, Philip Wesley Comfort, ''Tyndale Bible Dictionary'', Tyndale (2001) p. 869</ref> A importância do nome divino e o caráter do "único Deus verdadeiro" revelado como Javé frequentemente são contrastadas com o caráter significativamente diferente das divindades locais, conhecidas por diferentes nomes nas religiões politeístas tradicionais.<ref>David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 49; Terry R Briley, ''Isaiah'', Volume 1, College Press (2001) p. 48</ref> Alguns acadêmicos, entre eles o [[arqueólogo]] [[Estados Unidos|americano]] [[William G. Dever]], sustentam que [[Aserá]], a [[deusa-mãe]] [[Semitas|semita]], era cultuada na forma de consorte de Javé, até o século VI a.C., quando a [[monolatria]] rígida de Javé se tornou predominante, às vésperas da [[Destruição de Jerusalém|destruição do templo]].<ref name="William G. Dever 2005">William G. Dever, ''Did God Have A Wife?: Archaeology and Folk Religion in Ancient Israel'', Eerdmans Publishing (2005)</ref><ref name="Judith M. Hadley 2000 pp. 122-136">Judith M. Hadley, ''The Cult of Asherah in Ancient Israel and Judah: Evidence for a Hebrew Goddess'', Cambridge University Press (2000) p. 122–136</ref> A hipótese da consorte, no entanto, tem sido debatida extensivamente, e diversos estudiosos publicaram suas discordâncias a seu respeito. <ref>A Shmuel, "Did God Really Have a Wife?", ''[[Biblical Archaeology Review]]'', Vol. 32 (2006) pp. 62–66; Mark S. Smith, ''The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel'', Eerdmans (2002), p. xxxii–xxxvi; John Day, ''Yahweh and the Gods and Goddesses of Canaan'', Sheffield Academic Press (2002) p. 50–52; "Who or What Was Yahweh’s Asherah?" André Lemaire, ''[[Biblical Archaeology Review|BAR]]'', 10:06, nov/dez de 1984; Kuntillet ‘Ajrud, Mercer Bible Dictionary, Mercer University Press (1991) p. 494–494; Othmar Keel, Christoph Uehlinger, ''Gods, Godesses, and Images of God in Ancient Israel'', Fortress Press (1998) p. 237; "Yahweh and His Asherah": the Goddess or Her Symbol? J.A. Emerton, ''Vetus Testamentum'', volume 49, número 3, 1999 , pp. 315–337(23)</ref>
A adoração exclusiva a Javé é uma ideia central do [[judaísmo|'''judaísmo''']] '''histórico'''.<ref name="Deuteronomy 6 2003 p.6">Deuteronômio, 6:4; Michael D Coogan, ''The Illustrated Guide to World Religions'', Oxford University Press (2003) p. 6</ref> Boa parte da [[Cristandade]] vê [[Jesus]] como a [[encarnação]] humana de Javé.<ref name="David B. Capes 1992 p. 164">David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 164; Walter A Elwell, Philip Wesley Comfort, ''Tyndale Bible Dictionary'', Tyndale (2001) p. 869</ref> A importância do nome divino e o caráter do "único Deus verdadeiro" revelado como Javé frequentemente são contrastadas com o caráter significativamente diferente das divindades locais, conhecidas por diferentes nomes nas religiões politeístas tradicionais.<ref>David B. Capes, ''Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology'', J.C.B. Mohr (1992) p. 49; Terry R Briley, ''Isaiah'', Volume 1, College Press (2001) p. 48</ref> Alguns acadêmicos, entre eles o [[arqueólogo]] [[Estados Unidos|americano]] [[William G. Dever]], sustentam que [[Aserá]], a [[deusa-mãe]] [[Semitas|semita]], era cultuada na forma de consorte de Javé, até o século VI a.C., quando a [[monolatria]] rígida de Javé se tornou predominante, às vésperas da [[Destruição de Jerusalém|destruição do templo]].<ref name="William G. Dever 2005">William G. Dever, ''Did God Have A Wife?: Archaeology and Folk Religion in Ancient Israel'', Eerdmans Publishing (2005)</ref><ref name="Judith M. Hadley 2000 pp. 122-136">Judith M. Hadley, ''The Cult of Asherah in Ancient Israel and Judah: Evidence for a Hebrew Goddess'', Cambridge University Press (2000) p. 122–136</ref> A hipótese da consorte, no entanto, tem sido debatida extensivamente, e diversos estudiosos publicaram suas discordâncias a seu respeito. <ref>A Shmuel, "Did God Really Have a Wife?", ''[[Biblical Archaeology Review]]'', Vol. 32 (2006) pp. 62–66; Mark S. Smith, ''The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel'', Eerdmans (2002), p. xxxii–xxxvi; John Day, ''Yahweh and the Gods and Goddesses of Canaan'', Sheffield Academic Press (2002) p. 50–52; "Who or What Was Yahweh’s Asherah?" André Lemaire, ''[[Biblical Archaeology Review|BAR]]'', 10:06, nov/dez de 1984; Kuntillet ‘Ajrud, Mercer Bible Dictionary, Mercer University Press (1991) p. 494–494; Othmar Keel, Christoph Uehlinger, ''Gods, Godesses, and Images of God in Ancient Israel'', Fortress Press (1998) p. 237; "Yahweh and His Asherah": the Goddess or Her Symbol? J.A. Emerton, ''Vetus Testamentum'', volume 49, número 3, 1999 , pp. 315–337(23)</ref>


Alguns escritores e tradutores definem Yahweh (lê-se: Javé) que quer dizer " Sou Quem Eu Sou " ou " Eu Sou o Que Sou " ou ainda " Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar" ('''Eu Sou''' ), século 5 a.C.. e Jehovah (lê-se: Jeová ) que quer dizer " Este é Meu Nome Eternamente " ou " Esse é o meu Nome para Sempre " ('''Eterno''' ), século 13 d.C.. Outros tradutores e estudiosos definem "Jehovah" como a forma mais correta de se pronunciar o nome de Deus.
Alguns escritores e tradutores definem Yahweh (lê-se: Javé) que quer dizer " Sou Quem Eu Sou " ou " Eu Sou o Que Sou " ou ainda " Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar" ('''Eu Sou''' ), século 5 a.C.. e Jehovah (lê-se: Jeová ) que quer dizer " Este é Meu Nome Eternamente " ou " Esse é o meu Nome para Sempre " ('''Eterno''' ), século 13 d.C.. Outros tradutores e estudiosos definem "Jehovah" como a forma mais correta de se pronunciar o nome de Deus.


A origem vem de Êxodo 3: 14,15 " Deus disse então a Moisés: "Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar." E acrescentou: "Isto é o que você deve dizer aos israelitas: '"Eu Me Tornarei" me enviou a vocês."' Então Deus disse mais uma vez a Moisés: "Isto é o que você deve dizer aos israelitas: 'Jeová, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó me enviou a vocês.' Esse é o meu nome para sempre, e é assim que eu serei lembrado de geração em geração."
A origem vem de Êxodo 3: 14,15 " Deus disse então a Moisés: "Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar." E acrescentou: "Isto é o que você deve dizer aos israelitas: '"Eu Me Tornarei" me enviou a vocês."' Então Deus disse mais uma vez a Moisés: "Isto é o que você deve dizer aos israelitas: 'Jeová, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó me enviou a vocês.' Esse é o meu nome para sempre, e é assim que eu serei lembrado de geração em geração."


==Ver também==
==Ver também==

Revisão das 23h02min de 17 de junho de 2017

Javé (em hebraico: יהוה) — também é utilizada a forma Jeová (que foi formulada por modernistas por volta do século XIV) e é uma adaptação de Javé (YAHWEH) — é um dos nomes de Deus na Bíblia.[1] A palavra Javé é uma convenção acadêmica para o hebraico יהוה, transcrito em letras romanas como YHWH, e conhecido como o Tetragrama, cuja pronuncia e escrita correta são desconhecidas, as traduções do tetragrama de hoje (destacando-se Javé) são errôneas pelo fato de não se conhecer a correta tradução do tetragrama YHWH. O significado mais provável de seu nome seria "aquele que traz à existência tudo que existe", porém existem diversas teorias e nenhuma é tida como conclusiva.[2]

A Bíblia descreve Javé (YHWH) como o Deus que libertou Israel do Egito, e deu os Dez Mandamentos. "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: 'Eu sou teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:1-3 - Sociedade Bíblica Britânica) ,e afirma que Javé se revelou a Israel como um Deus que não permitiria que seu povo fizesse ídolos ou venerasse outros deuses: ”Eu sou o meu nome: a minha glória não a darei a outrem, nem o meu louvor às imagens esculpidas” (Isaías, 42:8 - Sociedade Bíblica Britânica[3])

A história do surgimento do monoteísmo israelita e da adoração a Javé tem sido alvo de estudos acadêmicos desde pelo menos o século XIX, e a obra Prolegômenos à História de Israel, de Julius Wellhausen; no século XX, uma obra formativa foi Yahweh and the Gods of Canaan – An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths (1968), de William F. Albright,[4] que insistiu na diferenciação essencial de Javé dos outros deuses canaanitas já no início da história de Israel. No entanto, estudiosos do antigo Oriente Médio têm visto, desde então, o culto a Javé como tendo surgido de um contexto semítico ocidental e canaanita.[5][6] Nomes teofóricos, nomes de divindades locais semelhantes a Javé, e evidências arqueológicas foram usadas, juntamente com as fontes bíblicas, para descrever as origens pré-israelistas da adoração a Javé , a relação de Javé com os deuses locais, e o modo com o qual a adoração a Javé evoluiu para o monoteísmo judaico.

A adoração exclusiva a Javé é uma ideia central do judaísmo histórico.[7] Boa parte da CristandadeJesus como a encarnação humana de Javé.[8] A importância do nome divino e o caráter do "único Deus verdadeiro" revelado como Javé frequentemente são contrastadas com o caráter significativamente diferente das divindades locais, conhecidas por diferentes nomes nas religiões politeístas tradicionais.[9] Alguns acadêmicos, entre eles o arqueólogo americano William G. Dever, sustentam que Aserá, a deusa-mãe semita, era cultuada na forma de consorte de Javé, até o século VI a.C., quando a monolatria rígida de Javé se tornou predominante, às vésperas da destruição do templo.[10][11] A hipótese da consorte, no entanto, tem sido debatida extensivamente, e diversos estudiosos publicaram suas discordâncias a seu respeito. [12]

Alguns escritores e tradutores definem Yahweh (lê-se: Javé) que quer dizer " Sou Quem Eu Sou " ou " Eu Sou o Que Sou " ou ainda " Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar" (Eu Sou ), século 5 a.C.. e Jehovah (lê-se: Jeová ) que quer dizer " Este é Meu Nome Eternamente " ou " Esse é o meu Nome para Sempre " (Eterno ), século 13 d.C.. Outros tradutores e estudiosos definem "Jehovah" como a forma mais correta de se pronunciar o nome de Deus.

A origem vem de Êxodo 3: 14,15 " Deus disse então a Moisés: "Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar." E acrescentou: "Isto é o que você deve dizer aos israelitas: '"Eu Me Tornarei" me enviou a vocês."' Então Deus disse mais uma vez a Moisés: "Isto é o que você deve dizer aos israelitas: 'Jeová, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó me enviou a vocês.' Esse é o meu nome para sempre, e é assim que eu serei lembrado de geração em geração."

Ver também

Referências

  1. The Jewish Study Bible, Oxford University Press, 2004, pp. 111–112
  2. "Yahweh." Encyclopædia Britannica Online. 10 de dezembro de 2009
  3. http://ie8.bibliaonline.com.br/tb/is/42
  4. Yahweh and the Gods of Canaan: An Historical Analysis of Two Contrasting Faiths (9780931464010)
  5. Gnuse, Robert K. No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel, Sheffield Academic Press (1997) p. 74–87
  6. Mark S. Smith, The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel, Eerdmans (2002)
  7. Deuteronômio, 6:4; Michael D Coogan, The Illustrated Guide to World Religions, Oxford University Press (2003) p. 6
  8. David B. Capes, Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology, J.C.B. Mohr (1992) p. 164; Walter A Elwell, Philip Wesley Comfort, Tyndale Bible Dictionary, Tyndale (2001) p. 869
  9. David B. Capes, Old Testament Yahweh Texts in Paul’s Christology, J.C.B. Mohr (1992) p. 49; Terry R Briley, Isaiah, Volume 1, College Press (2001) p. 48
  10. William G. Dever, Did God Have A Wife?: Archaeology and Folk Religion in Ancient Israel, Eerdmans Publishing (2005)
  11. Judith M. Hadley, The Cult of Asherah in Ancient Israel and Judah: Evidence for a Hebrew Goddess, Cambridge University Press (2000) p. 122–136
  12. A Shmuel, "Did God Really Have a Wife?", Biblical Archaeology Review, Vol. 32 (2006) pp. 62–66; Mark S. Smith, The Early History of God, Yahweh and Other Deities in Ancient Israel, Eerdmans (2002), p. xxxii–xxxvi; John Day, Yahweh and the Gods and Goddesses of Canaan, Sheffield Academic Press (2002) p. 50–52; "Who or What Was Yahweh’s Asherah?" André Lemaire, BAR, 10:06, nov/dez de 1984; Kuntillet ‘Ajrud, Mercer Bible Dictionary, Mercer University Press (1991) p. 494–494; Othmar Keel, Christoph Uehlinger, Gods, Godesses, and Images of God in Ancient Israel, Fortress Press (1998) p. 237; "Yahweh and His Asherah": the Goddess or Her Symbol? J.A. Emerton, Vetus Testamentum, volume 49, número 3, 1999 , pp. 315–337(23)

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