Parentesco: diferenças entre revisões
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Para outras pessoas, sobrinhos em segundo grau são netos de seus irmãos, o mesmo que '''sobrinhos-netos'''. Portanto, as definições e interpretações variam muito e todas podem ser consideradas corretas, embora nenhuma delas seja exatamente oficial, ou legal. Fora da esfera legal, a questão de consideração de parentesco varia de acordo com a percepção individual de cada um. |
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Os netos dos primos são chamados de '''primos-sobrinhos-netos''' e os primos dos avós são chamados de '''primos-tios-avós'''. |
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Segundo estudo recentes, primos de 3º e 4º grau teriam uma taxa de [[fertilidade]] maior do que pessoas não consanguíneas.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080208_filhosprimosestudo_np.shtml Casais de primos de 3º e 4º grau têm mais filhos, diz estudo]</ref> |
Segundo estudo recentes, primos de 3º e 4º grau teriam uma taxa de [[fertilidade]] maior do que pessoas não consanguíneas.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080208_filhosprimosestudo_np.shtml Casais de primos de 3º e 4º grau têm mais filhos, diz estudo]</ref> |
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A doutrina brasileira também tem considerado como parentesco as relações de afetividade independentemente de laços biológicos |
A doutrina brasileira também tem considerado como parentesco as relações de afetividade independentemente de laços biológicos. <ref>{{Citar web|url=https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/parentesco-socioafetivo/18142|titulo=Portal Educação - Artigo|acessodata=2017-08-10|obra=www.portaleducacao.com.br|ultimo=Educacao|primeiro=Portal|lingua=pt-br}}</ref> |
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Na [[Código Civil português|lei portuguesa]], medem-se os graus de parentesco contando-se um grau por indivíduo entre as duas pessoas a relacionar, passando pelo tronco comum e descontado o próprio. Assim, entre um determinado indivíduo e um seu primo direito, há quatro graus de parentesco consanguíneo, porque se conta o pai, o avô, o tio e o primo do indivíduo em causa. |
Na [[Código Civil português|lei portuguesa]], medem-se os graus de parentesco contando-se um grau por indivíduo entre as duas pessoas a relacionar, passando pelo tronco comum e descontado o próprio. Assim, entre um determinado indivíduo e um seu primo direito, há quatro graus de parentesco consanguíneo, porque se conta o pai, o avô, o tio e o primo do indivíduo em causa. |
Revisão das 15h52min de 11 de julho de 2019
Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos genéticos (descendência/ascendência) ou sociais (sobretudo pelo casamento).
O parentesco estabelecido mediante um ancestral em comum é chamado parentesco consanguíneo, enquanto que o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe o nome de parentesco por afinidade.[1] Chama-se de parentesco em linha reta quando as pessoas descendem umas das outras diretamente (filho, neto, bisneto, trineto etc), e parentesco colateral quando as pessoas não descendem uma das outras, mas possuem um ancestral em comum (tios, primos, etc.)[2].
Graus de parentesco no Brasil e em Portugal
A lei brasileira (Código Civil, arts. 1594 e 1595) só considera como parentes colaterais até o quarto grau (sendo cada grau contado a partir do número de intermediários entre o ancestral em comum). Já o parentesco em linha direta não tem este limite. A tabela de parentesco também é muito importante para fins eleitorais.[3]
Popularmente, os primos reconhecidos pela lei (parente em quarto grau) são chamados de primo de primeiro grau. A partir daí, todos os outros primos são chamados de primos de 2º, 3º, 4º grau, etc. Por exemplo, os filhos dos primos são chamados de primos-sobrinhos e os primos dos pais são chamados de primos-tios, sendo os dois filhos de dois primos diferentes primos de terceiro grau entre si, e assim por diante. Mas as definições variam de pessoas para pessoas. Há quem considere desta maneira:
- Irmãos — são os que têm os mesmos pais.
- Primos — são os que têm os mesmos avós (paternos ou maternos).
- Primos segundos — são os que têm os mesmos bisavós (basta apenas um casal de bisavós).
- Primos terceiros — são os que têm os mesmos trisavós (basta também um casal de trisavós).
- Primos quartos — são os que têm os mesmos tetravós (também basta um casal de tetravós).
- Primos quintos — são os que têm os mesmos pentavós (um casal de pentavós também basta).
Os filhos dos primos nesse caso seriam os primos intermediários (1 grau e meio, 2 graus e meio, 3 graus e meio), ou também, podem ser chamados de primos-sobrinhos.
Para outras pessoas, sobrinhos em segundo grau são netos de seus irmãos, o mesmo que sobrinhos-netos. Portanto, as definições e interpretações variam muito e todas podem ser consideradas corretas, embora nenhuma delas seja exatamente oficial, ou legal. Fora da esfera legal, a questão de consideração de parentesco varia de acordo com a percepção individual de cada um.
Os netos dos primos são chamados de primos-sobrinhos-netos e os primos dos avós são chamados de primos-tios-avós.
Segundo estudo recentes, primos de 3º e 4º grau teriam uma taxa de fertilidade maior do que pessoas não consanguíneas.[4]
A doutrina brasileira também tem considerado como parentesco as relações de afetividade independentemente de laços biológicos. [5]
Na lei portuguesa, medem-se os graus de parentesco contando-se um grau por indivíduo entre as duas pessoas a relacionar, passando pelo tronco comum e descontado o próprio. Assim, entre um determinado indivíduo e um seu primo direito, há quatro graus de parentesco consanguíneo, porque se conta o pai, o avô, o tio e o primo do indivíduo em causa.
Paralelamente, existem os grau canónicos de parentesco, que são diferentes. Aqui, conta-se um grau por geração, a partir do tronco comum. Assim, os irmãos são parentes do 1º grau de consanguinidade, os primos-direitos do 2º grau, os primos segundos do 3º grau e assim sucessivamente. No caso de haver diferença de geração, diz-se que são parentes dentro do grau sênior. Assim, por exemplo, tios e sobrinhos são parentes dentro do 1º grau.
No Brasil, o vínculo de parentesco por afinidade entre sogra e genro não se desfaz com o rompimento do vínculo matrimonial que o constituiu. Desta forma, ainda que um homem se separe de uma mulher legalmente, permanecerá legalmente tendo a mãe de sua ex-esposa como sua sogra,[6] inexistindo, em nível legal, o termo ex-sogra. Vale afirmar que afinidade não gera afinidade, ou seja, o marido de sua cunhada (irmã da sua esposa) não é seu parente. O mesmo vale para os colaterais.
Parentes (por consanguinidade)
- Pai, mãe e filhos (em primeiro grau)
- Irmãos, avós e netos (em segundo grau)
- Tios, sobrinhos, bisavós e bisnetos (em terceiro grau)
- Primos, trisavós, trinetos, tios-avós e sobrinhos-netos (em quarto grau)
- Primos-tios, primos-sobrinhos, tios-bisavós, sobrinhos-bisnetos, tetravós e tetranetos (em quinto grau)
- Primos segundos, primos-tios-avós, primos-sobrinhos-netos, tios-trisavós, sobrinhos-trinetos, pentavós e pentanetos (em sexto grau)[7]
Agregados (por afinidade, sem consanguinidade)
Graus de parentesco em uma árvore genealógica
Notas: Normalmente, para graus de ascendência superiores aos tetravós, os genealogistas identificam como pentavós, hexavós, heptavós, octavós, eneavós, decavós, unidecavós, dodecavós, tridecavós, tetradecavós, pentadecavós, hexadecavós, heptadecavós, octadecavós, eneadecavós, icosavós e assim sucessivamente. Do mesmo modo na descendência, identificam os parentescos como tetranetos, pentanetos, hexanetos, heptanetos, octanetos, eneanetos, decanetos, unidecanetos, dodecanetos, tridecanetos, tetradecanetos, pentadecanetos, hexadecanetos, heptadecanetos, octadecanetos, eneadecanetos, icosanetos e assim sucessivamente.
Ver também
Referências
- ↑ Noções de parentesco
- ↑ Fernandes, Maria Cremilda Silva. «Relações de Parentesco» (PDF). Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Consultado em 10 de agosto de 2017
- ↑ Tabela de graus de parentesco, visitada em 21 de outubro de 2014
- ↑ Casais de primos de 3º e 4º grau têm mais filhos, diz estudo
- ↑ Educacao, Portal. «Portal Educação - Artigo». www.portaleducacao.com.br. Consultado em 10 de agosto de 2017
- ↑ art. 1595, § 2º, CC
- ↑ Tábua de parentesco
Bibliografia
- RADCLIFFE-BROWN, A.R. - Structure and Function in Primitive Society, 1952
- LÉVI-STRAUSS, Claude - As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 2003
- GHASARIAN, Christian - Introduction à l'étude de la parenté. Paris: Seuil, 1996
- MORGAN, Lewis Henry - Systems of consanguinity and affinity of the human family. Lincoln: University of Nebraska Press, 1997
- FOX, Robin - Parentesco e casamento: uma perspectiva antropológica. Lisboa: Vega, 1986
- AUGÉ, Marc; AGHASSIAN, Michel; GRANDIN, Nicole - Os domínios do parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. Lisboa: Edições 70, 1975.