Agostinho Lourenço: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ajustes
Há que ler com atenção todas as novas fontes adicionadas.
Linha 10: Linha 10:
Em 1933, nos primeiros anos do regime ditatorial do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], Agostinho Lourenço organizou a [[Polícia de Vigilância e Defesa do Estado]] (PVDE), definindo os seus métodos de atuação, assentes nas prisões arbitrárias e na tortura.<ref name="IFP">PIMENTEL, Irene Flunser. [http://irenepimentel.blogspot.com/2015/02/a-policia-politica-e-tortura-em_3.html A polícia política e a tortura].</ref>
Em 1933, nos primeiros anos do regime ditatorial do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], Agostinho Lourenço organizou a [[Polícia de Vigilância e Defesa do Estado]] (PVDE), definindo os seus métodos de atuação, assentes nas prisões arbitrárias e na tortura.<ref name="IFP">PIMENTEL, Irene Flunser. [http://irenepimentel.blogspot.com/2015/02/a-policia-politica-e-tortura-em_3.html A polícia política e a tortura].</ref>


Douglas Wheeler afirma que Lourenço terá fundado a PVDE inspirando-se em modelos britânicos.{{sfn|Wheeler,|1983|pp=1-25}}<ref group="nota">No original: "an analysis of Lourenco's career suggest strongly that British Intelligence Services' influence had an impact on the structure and activity of PVDE". Lourenço had earned a reputation with British observers, recorded in a confidential print generated at the British embassy, which suggested a "pro-British" bias on his part".</ref>
Douglas Wheeler afirma que Lourenço terá fundado a PVDE inspirando-se em modelos britânicos.{{sfn|Wheeler,|1983|pp=1-25}}<ref group="nota">No original: "an analysis of Lourenco's career suggest strongly that British Intelligence Services' influence had an impact on the structure and activity of PVDE". Lourenço had earned a reputation with British observers, recorded in a confidential print generated at the British embassy, which suggested a "pro-British" bias on his part".</ref> Os métodos adotados pela polícia política que dirigiu parecem, porém, desmentir esta afirmação.<ref name="V" /><ref name="RTP" /><ref name="IFP" />


Agostinho Lourenço parece, segundo algumas fontes, ter mantido uma boa relação com os serviços secretos britânicos o que lhe permitiu que em 1956 viesse a ser escolhido para Presidente da [[Interpol]], cargo que ocupou até 1961.<ref>{{cite news |title=Former Head of Interpol Dies |url=https://www.nytimes.com/1964/08/03/archives/former-head-of-interpol-dies.html |accessdate=4 de Janeiro de 2020|publisher=NY Times |date=3 de Agosto de 1964}}</ref><ref>{{cite web |title=Former Presidents |url=https://www.interpol.int/en/Who-we-are/Governance/President/Former-Presidents |website=Interpol |accessdate=4 de Janeiro de 2020}}</ref>
Agostinho Lourenço parece, segundo algumas fontes, ter mantido uma boa relação com os serviços secretos britânicos o que lhe permitiu que em 1956 viesse a ser escolhido para Presidente da [[Interpol]], cargo que ocupou até 1961.<ref>{{cite news |title=Former Head of Interpol Dies |url=https://www.nytimes.com/1964/08/03/archives/former-head-of-interpol-dies.html |accessdate=4 de Janeiro de 2020|publisher=NY Times |date=3 de Agosto de 1964}}</ref><ref>{{cite web |title=Former Presidents |url=https://www.interpol.int/en/Who-we-are/Governance/President/Former-Presidents |website=Interpol |accessdate=4 de Janeiro de 2020}}</ref>

Revisão das 19h31min de 25 de agosto de 2020

Agostinho Lourenço da Conceição Pereira (5 de setembro de 18862 de agosto de 1964), foi um oficial de infantaria Português mais conhecido por ter sido o responsável pela organização da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), polícia política portuguesa. Foi também presidente da Interpol.[1][2][3]

No seu longo mandato como diretor da PVDE, Agostinho Lourenço foi o responsável pela definição das linhas gerais de atuação da polícia política portuguesa, os seus métodos de tortura e a montagem de um sistema prisional político, no continente (Aljube, Caxias e Peniche), nos Açores (Angra do Heroísmo) e nas colónias (Tarrafal).[1][2][3][4]

Biografia

Agostinho Lourenço combateu no exército português na Primeira Guerra Mundial.[5]. Apoiou o Sidonismo, durante o qual assumiu as funções de Governador Civil de Leiria.[6]

Após o golpe de Estado do 28 de Maio foi nomeado comissário de divisão da Polícia de Segurança Pública e, posteriormente, diretor da PIP, da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado e da Polícia Internacional e de Defesa do Estado.[6]

Em 1933, nos primeiros anos do regime ditatorial do Estado Novo, Agostinho Lourenço organizou a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), definindo os seus métodos de atuação, assentes nas prisões arbitrárias e na tortura.[7]

Douglas Wheeler afirma que Lourenço terá fundado a PVDE inspirando-se em modelos britânicos.[8][nota 1] Os métodos adotados pela polícia política que dirigiu parecem, porém, desmentir esta afirmação.[1][2][7]

Agostinho Lourenço parece, segundo algumas fontes, ter mantido uma boa relação com os serviços secretos britânicos o que lhe permitiu que em 1956 viesse a ser escolhido para Presidente da Interpol, cargo que ocupou até 1961.[9][10]

Condecorações

Notas

  1. No original: "an analysis of Lourenco's career suggest strongly that British Intelligence Services' influence had an impact on the structure and activity of PVDE". Lourenço had earned a reputation with British observers, recorded in a confidential print generated at the British embassy, which suggested a "pro-British" bias on his part".

Referências

  1. a b c O anjo negro de Salazar. Visão de 17 de julho de 2016.
  2. a b c A PIDE antes da PIDE na RTP.
  3. a b Portugal. Ministério do Interior. Polícia de Vigilância e Defesa do Estado : Relatório (1932 a 1938).
  4. MOREIRA, Vânia Daniela Martins. As prisões políticas do Estado Novo no século XXI: uma perspectiva patrimonial. Dissertação de mestrado apresentada à Universidade do Minho.
  5. Lochery 2011.
  6. a b SERRA, Pedro Miguel Coelho. António Fernandes Roquete (1906‐1995) : Um“ídolo”do desporto nas polícias políticas do Estado Novo. Tese de doutoramento apresentada à Universidade Nova de Lisboa, p. 139.
  7. a b PIMENTEL, Irene Flunser. A polícia política e a tortura.
  8. Wheeler, 1983, pp. 1-25.
  9. «Former Head of Interpol Dies». NY Times. 3 de Agosto de 1964. Consultado em 4 de Janeiro de 2020 
  10. «Former Presidents». Interpol. Consultado em 4 de Janeiro de 2020 
  11. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Agostinho Lourenço da Conceição Pereira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de agosto de 2020 
  12. Morton, Andrew Morton (2015). 17 Carnations: The Royals, the Nazis, and the Biggest Cover-Up in History. [S.l.]: Grand Central Publishing. 370 páginas. ISBN 1455527114 

Bibliografia