Povos: diferenças entre revisões

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== História ==
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== Património ==
== Património ==
* Alto e Encosta do Senhor da Boa Morte
* [[Pelourinho de Povos]]
*Núcleo urbano histórico de Povos

*[[Pelourinho de Povos]]
== Personalidades ilustres ==
* [[Senhor de Castanheira, Povos e Cheleiros]]
*Fonte de Povos
*Fonte Mudéjar de Povos

*Porto e Cais de Povos
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*Villa Romana de Povos
*Real Fábrica de Atanados
*Quinta da Fábrica
*Quinta da Cascata
*Quinta do Cabo
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Revisão das 15h06min de 6 de janeiro de 2021

Povos
  Povoação do Concelho de Vila Franca de Xira  
Localização
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Coordenadas 38° 58' 11" N 8° 59' O
País Portugal
Região Área Metropolitana de Lisboa
Distrito Lisboa
Concelho Vila Franca de Xira
Freguesia Vila Franca de Xira
Características geográficas
Área total 0,58 km²
Outras informações
Orago Nossa Senhora da Assunção[1]

Povos é uma localidade do concelho e freguesia de Vila Franca de Xira, situada entre esta cidade e a vila de Castanheira do Ribatejo. Povos teve outrora estatuto de vila, sede de freguesia e de concelho, tendo foral de Sancho I em 1195. Conheceu grande vigor económico ao longo dos séculos XIII e XIV, viria contudo a perder gradualmente essa importância em favor do concelho de Vila Franca. O município foi extinto e integrado no atual a 6 de novembro de 1836.[2]

História

A ocupação da área remonta à Idade do Ferro, tendo sido ocupada continuamente até aos dias de hoje. Os vestígios mais antigos da ocupação humana foram encontrados no Monte do Senhor da Boa Morte e nas suas encostas[3][4], ocupação essa que se intensificou pelos séculos II e I a.C.. Nestas zonas foram achados fragmentos de cerâmica manual pré-romana, bem como outros artefactos e sepulturas datados do período do Alto Império e da Antiguidade Tardia. No seu sopé foi também identificado um conjunto de estruturas habitacionais atribuídos a uma villa romana, mas que poderiam ter integrado um núcleo de maior dimensão.[5][6] Esta ocupação terá sido potenciada por vários fatores, dado que Povos estava junto às principais vias de comunicação — o rio Tejo e a estrada romana entre Olisipo e Scallabis — e a sua implantação conferia-lhe excelentes condições naturais de defesa[3], comandando amplas vistas sobre o rio.[7] Ainda durante o período romano, decorrente da instabilidade que caracterizou os últimos tempos do Império, o morro é reocupado e é construída uma fortificação, o Castelo de Povos.[8]

Em 1510 recebeu foral novo de Manuel I de Portugal, junto com as vizinhas Vila Franca e Castanheira.

Em 1729, estabeleceu-se em Povos a primeira fábrica de curtumes do país, a qual ocupou durante muito tempo um lugar cimeiro nessa produção.

Tinha, em 1801, 324 habitantes.

No século XIX, com as grandes reformas do liberalismo, o concelho de Povos não escapou à onda reorganizadora do país, tendo sido extinto em 1836, tendo a própria freguesia sido reduzida a lugar de Vila Franca, no final do século XIX.

Património

  • Alto e Encosta do Senhor da Boa Morte
  • Núcleo urbano histórico de Povos
  • Pelourinho de Povos
  • Fonte de Povos
  • Fonte Mudéjar de Povos
  • Porto e Cais de Povos
  • Villa Romana de Povos
  • Real Fábrica de Atanados
  • Quinta da Fábrica
  • Quinta da Cascata
  • Quinta do Cabo

Referências

  1. https://tombo.pt/f/vfx13
  2. Tomás, Ana; Valério, Nuno (2019). Autarquias locais e divisões administrativas em Portugal 1836-2013. [S.l.]: Instituto Superior de Economia e Gestão – GHES. p. 378 
  3. a b «350.» (PDF). Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Fichas da Carta Arqueológica do Concelho de Vila Franca de Xira 
  4. «351.» (PDF). Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Fichas da Carta Arqueológica do Concelho de Vila Franca de Xira 
  5. «341.» (PDF). Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Fichas da Carta Arqueológica do Concelho de Vila Franca de Xira 
  6. «342.» (PDF). Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Fichas da Carta Arqueológica do Concelho de Vila Franca de Xira 
  7. «História». www.cm-vfxira.pt. Consultado em 6 de janeiro de 2021 
  8. «Ficha | Património Islâmico em Portugal». patrimonioislamico.ulusofona.pt. Consultado em 6 de janeiro de 2021 
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