Farol da Ponta da Ribeirinha
Número nacional |
854 |
---|
Coordenadas | |
---|---|
Banhado por | |
Localização | |
Localização | |
Altitude |
136[2] |
Período de construção |
1919 (torre original) |
---|---|
Inauguração |
1999 (farolim actual)[1] |
Eletrificação | |
Estatuto patrimonial |
sem protecção legal (d) |
Altura |
5 |
---|---|
Material | |
Altura focal |
136 m |
Material | |
Cor |
Ótica original | |
---|---|
Ótica |
Lanterna ML 300 mm |
Lâmpada |
12V / 50 W |
Alcance luz | |
Luz característica |
№ Faróis de Portugal |
854 |
---|---|
№ internacional |
D-2692 |
№ da ARLHS |
AZO-020[4] |
№ GeoNames |
12104313 |
№ da NGA |
113-23344[3] |
MarineTraffic |
O Farol da Ponta da Ribeirinha localiza-se na Ponta da Ribeirinha, Ribeirinha, Ilha do Faial, nos Açores, em Portugal.
A torre original e edifícios anexos encontram-se em ruínas em resultado do Sismo de 9 de Julho de 1998.
Actualmente, nas proximidades da torre original, está activo um farolim, instalado numa coluna metálica, branca, com 5 metros de altura.[2][3]
História
O Farol original consiste numa torre quadrangular de alvenaria forrada de azulejo branco com 14 metros de altura. Tem anexo um edifício de um pavimento, que servia para habitação dos faroleiros.[4] Começou a ser construído em Maio de 1915, tendo sido inaugurado em 1 de Novembro de 1919. Em resultado do sismo de 1998, tanto a torre como os edifícios anexos sofreram graves danos, que levaram à sua desactivação. O sismo teve origem numa falha tectónica submarina, a cerca de 5 km da Ponta da Ribeirinha, tendo o seu epicentro a cerca de 16 Km a NNE da cidade da Horta, com magnitude 5,8 na escala de Richter e com intensidade máxima de VIII (Escala de Mercalli Modificada).[5][6]
Em sua substituição, foi montada em 1999 uma lanterna ML de 300 mm numa coluna cilíndrica de ferro galvanizado com 25,4 cm de diâmetro e 5 metros de altura. Possui uma lâmpada de 12V / 50W, alimentada a energia solar, que lhe garante um alcance de 12 milhas náuticas, apresentando uma luz com uma caraterística de grupos de três relâmpagos brancos, com um período de 20 segundos.
Previa-se então a demolição da torre original,[1] o que não se veio a concretizar, graças a acção da Liga dos Amigos do Farol que em 2001 apresentou um abaixo-assinado com o objectivo preservar o património e reconstruir o farol, para que se pudesse restituir a dignidade a um marco importante da história da freguesia e da ilha. Pretende-se criar na Ribeirinha um espaço digno para expor a lanterna e a respetiva ótica de cristal.[7] Algumas peças mais antigas deste farol foram confiadas à Casa do Povo da Ribeirinha, onde podem ser visitadas.
Dados cronológicos
- 1883 - O Plano Geral de Alumiamentos e Balizagem, previa já a instalação de um farol de 4ª ordem
- 1891 - De novo era defendida a instalação de um farol de 4ª ou 5ª ordem pelo conselheiro Almeida de Ávila
- 1902 - Uma comissão voltava a defender a construção do farol, desta vez de 6ª ordem
- 1915 - É encomendada à casa Barnier, Bérnard & Turenne um aparelho ótico de 2ª ordem, (700 mm de distância focal), que viria a equipar o futuro farol
- 1919 - 1 de Novembro, entrada em funcionamento da torre inicial, com fonte de luz proveniente de um bico de nível constante com um alcance de 28 milhas náuticas
- 1937 - Passou a usar o sistema de incandescência por vapor de petróleo, atingindo um alcance de 34 milhas náuticas
- 1958 - Electrificado com grupos de geradores electrogéneos, e lâmpada de 3 000 W
- 1973 - 23 de Novembro, abalos sísmicos[5] provocaram danos, posteriormente reparados; a lâmpada era então de 1 000 W com um alcance de 28 milhas náuticas
- 1998 - 9 de Julho, farol muito danificado por abalo sísmico,[6] o que causou a sua inoperabilidade[2]
- 1999 - Aviso de demolição definitiva do farol e substituição pelo novo farolim[1]
- 2001 - Abaixo-assinado da Liga dos Amigos do Farol a favor da reconstrução do Farol da Ribeirinha[7]
- 2007 - Criação da associação Amigos do Farol da Ribeirinha[8]
- 2009 - Intervenção de remoção de entulhos para garantir melhores condições de segurança[9]
Outras informações
- Outras designações: Farol da Ribeirinha, Farolim da Ribeirinha
Referências
- ↑ a b c «Aviso aos Navegantes 323/99». Instituto Hidrográfico. 1999. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ a b c d «Aviso aos Navegantes 189/05». Instituto Hidrográfico. 2005. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ a b «Ponta da Ribeirnha». NGA List of Lights - Pub. 113 - Aid No. 23344 (em inglês). NGA - National Geospatial-Intelligence Agency. 26 de setembro de 2009. Consultado em 31 de agosto de 2010
- ↑ a b Russ Rowlett (26 de março de 2009). «Ribeirinha» (em inglês). The Lighthouse Directory. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ a b «Relembrar o terramoto de 9 de Julho de 1998». Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos. 9 de Julho de 2008. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ a b «1998.Julho - Faial, Pico, S. Jorge». Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos. 2009. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ a b «Ata de reunião ordinária» (PDF). Câmara Municipal da Horta. 22 de Março de 2001. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ «O Nosso Farol». Junta de Freguesia da Ribeirinha. 6 de Novembro de 2007. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
- ↑ «Acesso ao Farol da Ribeirinha Com Mais Segurança». Faial Digital. 9 de Fevereiro de 2009. Consultado em 3 de Dezembro de 2009
Bibliografia
- Aguilar, J. Teixeira de, 1945-; Nascimento, José Carlos Nascimento, fotogr.; Santandreu, Roberto, 1948-, fotogr. (2005). Onde a Terra Acaba. História dos Faróis Portugueses 2ª ed. Lisboa: Pandora. 324 páginas. ISBN 972-8247-03-6
- Portugal. Ministério da Marinha. Direcção de Faróis (2005). Faróis de Portugal 2ª ed. Lisboa: Ciência Viva. 110 páginas. ISBN 972-97805-9-5
- FURTADO. Eduardo Carvalho Vieira. Guardiães do Mar dos Açores: uma viagem pelas ilhas do Atlântico. s.l.: s.e., 2005. 298p. mapas, fotos. ISBN 972-9060-47-9
- Faial, Açores: Guia do Património Cultural. Edição Atlantic View – Actividades Turísticas, Lda., 2003. ISBN 972-96057-1-8 p. 70.
Ligações externas
- Farol da Ribeirinha na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
- «Estado actual - Fotografia de 2007»