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*'''Espaço social''': os diferentes espaços sociais são distinguidos através da linguagem das personagens e do seu vestuário; |
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bora a av |
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== Simbologia == |
== Simbologia == |
Revisão das 16h03min de 29 de junho de 2013
Felizmente Há Luar! | |
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Capa do livro. | |
Autor(es) | Luís de Sttau Monteiro |
Idioma | português |
País | Portugal |
Assunto | Repressão e Censura |
Gênero | Dramático |
Linha temporal | 1817 |
Localização espacial | Lisboa |
Editora | Areal Editores |
Lançamento | 1961 |
Páginas | 140 |
ISBN | 978-972-627-744-6 |
Felizmente há luar! é uma obra literária, drama narrativo de carácter épico, publicada em 1961 pelo dramaturgo Luís de Sttau Monteiro e adaptada para teatro pelo próprio autor.
Após a publicação de Angústia para o Jantar, esta peça celebrizou Sttau Monteiro no teatro português, sendo bem recebida pela crítica da época e tornando o autor um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos europeus.
A história relatada na obra é baseada na frustrada tentativa de uma revolta liberal no ano de 1817, cujo alegado (mas nunca confirmado) líder seria Gomes Freire de Andrade. Recriada em dois actos, a sequência de factos históricos ocorridos em Outubro desse mesmo ano, que conduziu ao cárcere e ao enforcamento de Gomes Freire de Andrade, no forte de São Julião da Barra, acto este levado a cabo pelo regime do marechal Beresford e apoiado firmemente pela Igreja.
Vigoroso apelo ético, inserido numa forma de dissertação do autor sobre a repressão política injusta e perseguições de que os cidadãos do Portugal da década de 1960 sofriam, a peça era legivelmente uma oposição política ao regime então em vigor e um incentivo à revolta. Denominada pelo próprio autor «apoteose trágica», foi censurada posteriormente à sua publicação e proibida até 1974.
A obra, publicada em 1961, foi aclamada pela crítica e levou o autor a consagrar-se como dramaturgo ao receber o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores.
Todavia foi censurada pelo Estado. Em 1962 o autor tentou encenar a peça no Teatro Experimental do Porto, mas não conseguiu sucesso junto das autoridades. A sua primeira encenação aconteceu em Paris, em 1969, e só em 1978 foi a palco em Portugal, no Teatro Nacional. Em 2001, a peça foi encenada pela primeira vez no Teatro Experimental do Porto, uma vez que a primeira tentativa falhou.
Actualmente (2006-2012) encontra-se em cena no Teatro Cinearte, em Lisboa interpretado pela Companhia de Teatro A Barraca, numa encenação de Hélder Costa, com Maria do Céu Guerra, Jorge Gomes Ribeiro, Luis Thomar, Adérito Lopes, Pedro Borges, Rita Fernandes, Sérgio Moras, Sérgio Moura Afonso e Susana Costa. Este elenco esteve presente, com este espectáculo, como convidado especial, na III Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, realizada no Centro Cultural de São Paulo, no Brasil, em Maio, de 2008.
Análise da obra
Tempo
- Tempo histórico: século XIX (1817);
- Tempo da escrita: 1961, época marcada pelo conflito entre o regime salazarista e a oposição;
- Tempo da acção dramática: a acção ocorre durante 2 dias;
Espaço
- Espaço físico: a acção desenrola-se em vários locais, tanto exteriores como interiores, mas estes sem indicações cénicas;
- Espaço social: os diferentes espaços sociais são distinguidos através da linguagem das personagens e do seu vestuário;
bora a av
Simbologia
Em felizmente há luar são visiveís vários símbolos[1], entre eles:
- A Saia verde: Encontra-se associada à esperança devido à cor da mesma e à liberdade, uma vez que foi comprada numa terra livre ou seja em Paris.
- A luz: símbolo da vitória contra a escuridão (opressão e falta de liberdade), pode referir-se quer à fogueira quer ao luar.
- A Moeda de cinco reis: símbolo do desrespeito e soberania que os mais poderosos mantinham para com o povo.
- Os Tambores: símbolo da repressão do povo.
Ver também
- Sttau Monteiro (2009). Felizmente Há Luar!. [S.l.]: Areal Editores