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Ferrovia Cabo–Cairo

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The Rhodes Colossus: Cabo ao Cairo

A Ferrovia Cabo–Cairo (em inglês: Cape to Cairo Railway) é uma linha ferroviária que atravessa a África de sul ao norte, sendo a maior e mais importante ferrovia daquele continente. Serve de ligação entre Cidade do Cabo, na África do Sul, à Porto Saíde, no Egito.

Partes importantes de seu trajeto projetado para cruzar a África está incompleto ou inoperante em virtude de guerras, falta de capital, obstáculos geográficos e geológicos e vontade política.

Este plano foi iniciado no final do século XIX, durante a época do domínio colonial, em grande parte sob a visão de Cecil Rhodes,[1] na tentativa de ligar as possessões africanas adjacentes do Império Britânico através de uma linha contínua da Cidade do Cabo, África do Sul, até o Cairo, Egito.[2]

História e questões de infraestrutura

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Razões para a construção

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Mapa mostrando a «linha vermelha»: o controle britânico praticamente completo da rota Cabo–Cairo, em 1913

O colonialismo britânico na África está intimamente ligado ao conceito da Ferrovia Cabo–Cairo. Cecil Rhodes foi fundamental para garantir os estados do sul do continente para o Império Britânico[2] e vislumbrava uma "linha vermelha" contínua dos domínios britânicos de norte a sul. Uma ferrovia seria um elemento essencial neste projeto para unificar as possessões, facilitar a governabilidade, permitir que o exército se movesse rapidamente para pontos críticos ou conduzisse uma guerra, ajudaria na colonização e incentivaria o comércio. A construção deste projeto apresentou um grande desafio tecnológico.[2]

A França tinha uma estratégia rival em finais de 1890 de vincular suas colônias do oeste ao leste através do continente, de Senegal ao Djibouti. O Sudão do Sul e Etiópia estavam no caminho, mas a França enviou expedições em 1897 para estabelecer um protetorado no sul do Sudão e para encontrar uma rota através da Etiópia. O projeto fracassou quando uma frota britânica no rio Nilo confrontou a expedição francesa no ponto de intersecção entre as rotas dos franceses e britânicos, levando ao Incidente de Fachoda e eventual derrota diplomática para a França.

Os portugueses tinham ideias semelhantes, e produziram o "Mapa Cor-de-Rosa", representando as suas reivindicações de soberania na África.

Razões para a não conclusão

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Visão geral das rotas discutidas. Nem todas as ligações exibidas foram concluídas.

Os interesses britânicos tiveram que superar não só os obstáculos formidáveis colocados pela geografia e pelo clima, mas também a interferência das ambições das outras potências, o Incidente de Fachoda e a ambição portuguesa de ligar Angola a Moçambique — conhecida como Mapa Cor-de-Rosa. A oposição ao domínio britânico na África do Sul foi resolvida após a Primeira e a Segunda Guerra dos Bôeres. A Alemanha tinha garantido uma parte fundamental do território na África Oriental, o que impediu a conclusão da ligação norte-sul.[2] No entanto, com a derrota da Alemanha em 1918, a maior parte deste território caiu em mãos britânicas e politicamente a ligação foi concluída.[2] Depois de 1918, o Império Britânico possuía poder político para completar a Ferrovia Cabo–Cairo, mas questões econômicas impediram a sua conclusão entre as guerras mundiais. Após a Segunda Guerra Mundial, as lutas nacionais dos povos africanos e a morte do colonialismo retirou os alicerces para a sua conclusão.

Projetos de retomada das obras

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Os projetos de retomadas das obras da ferroviária do Cabo ao Cairo não está morto. Embora a atual turbulência no Sudão seja um obstáculo para a sua conclusão, existem projetos de conclusão da ligação por razões econômicas.[3]

Trechos operacionais

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Os trechos operacionais da Ferrovia Cabo–Cairo são os seguintes:

Existiu também o projeto de ligar a Cidade do Cabo ao Cairo por estrada, no que ficaria conhecido como a Estrada Pan-Africana. Uma tentativa de viajar do Cabo ao Cairo por estrada foi feita em 1924, usando dois carros. [4]

Referências

Ligações externas

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