Força Multinacional no Líbano

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Um veículo anfíbio da Marinha dos Estados Unidos desembarcando em Beirute, 1982.

A Força Multinacional no Líbano (em inglês: Multinational Force in Lebanon, MNF) foi uma força de paz internacional criada em 1982 e enviada ao Líbano para supervisionar a retirada da Organização pela Libertação da Palestina. Dentre os participantes, estavam incluídos os contingentes dos fuzileiros navais dos Estados Unidos e os Navy SEALs, paraquedistas franceses,[1] e também soldados italianos e britânicos.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Soldados franceses no Líbano.
As instalações do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos em Beirute, 1982.

Os norte-americanos estiveram anteriormente envolvidos em assuntos libaneses, durante a Crise do Líbano de 1958. Nesta intervenção, 14.000 soldados foram enviados ao Líbano pelo presidente Dwight D. Eisenhower para conter a oposição ao presidente Camille Chamoun e países vizinhos. A operação foi considerada um sucesso.

Em 1975, a Guerra Civil Libanesa começou. Mais instabilidade foi causada em 1982 pela invasão do Líbano por Israel, cujo alvo era a Organização de Libertação da Palestina (OLP), com base no país.

Como a capital, Beirute, foi cercada pelos israelenses, o embaixador dos Estados Unidos, Philip Habib, negociou com as partes em conflito para pôr um fim aos combates e para o estabelecimento de uma força de paz em Beirute. Em agosto de 1982, ele foi bem sucedido em trazer um acordo para a retirada das tropas sírias e os combatentes da OLP de Beirute. O acordo previa também a implantação de uma força multinacional de três nações (MNF) durante o período da retirada.

Desembarque inicial[editar | editar código-fonte]

As tropas francesas desembarcaram em Beirute em 21 de agosto, com as tropas dos Estados Unidos (32nd Marine Amphibious Unit da Marine Corps Base Camp Lejeune) chegando em 24 de agosto e os italianos (2º Bersaglieri "Governolo") em 26 de agosto. Essa força inicial consistia de 850 americanos, 860 franceses e 575 soldados italianos.[2] A OLP se retirou de Beirute para a Tunísia em 30 de agosto; as tropas estrangeiras depois retiraram-se para os navios no Mar Mediterrâneo.

Crescente envolvimento[editar | editar código-fonte]

Posto de Controle 4, mantido pelos marines norte-americanos e soldados libaneses. Beirute, 1982.

Apesar da retirada da OLP de Beirute, a missão da MNF estava longe de terminar. Em 14 de setembro, o presidente libanês Bachir Gemayel foi assassinado. Então, a partir de 16-18 setembro, centenas de refugiados palestinos foram assassinados pelas Falanges Libanesas (LF) (que foram aliados do exército israelense e tinham a presidência no Líbano), apoiados por alguns elementos também pró-israelenses do Exército do Sul do Líbano (SLA) no Massacre de Sabra e Chatila. Este incidente levou o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, a organizar uma nova MNF com a França e Itália. Em 29 de setembro, esta nova força entrou em Beirute, com cerca de 1 200 fuzileiros navais. Sua missão era ajudar o novo governo libanês e o exército com a estabilidade.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Jordan, David (2005). The History of the French Foreign Legion: From 1831 to the Present Day. [S.l.]: Globe Pequot. p. 103. ISBN 9781592287680 
  2. Cimbala, Stephen J.; Forster, Peter K. (10 de abril de 2010). Multinational Military Intervention: NATO Policy, Strategy and Burden Sharing. [S.l.]: Ashgate Publishing, Ltd. p. 36. ISBN 9781409402282. Consultado em 19 de agosto de 2011 
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