Palestinos

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Palestinos/Palestinianos
(em árabe) الفلسطينيون / al-Filasṭīniyyūn
Flag of Palestine.svg
Bandeira da Palestina
Palestinian children in Jenin.jpg
Crianças palestinas em JeninDa esquerda para a direita:
Tawfiq CanaanMahmoud DarwishGeorge HabashEdward SaidAbu El-AssalRania da JordâniaRiyad al-MalikiLeila Khaled
Rashid KhalidiJuliano Mer-KhamisMitri RahebM. BarghoutiYasser ArafatMohammad BakriHanan AshrawiNathalie Handal
População total

c. 12,37 milhões[1]

Regiões com população significativa
 Palestina 4.293.313 [2]
 – Cisjordânia (inclusive Jerusalém Oriental) 2 649 020 [2]
 – Faixa de Gaza 1 644 293 [2]
 Jordânia 3 000 000 [3][4]
 Israel 1 650 000 [5][6]
 Síria 630 000
 Chile 500 000 [7]
 Líbano 402 582
 Arábia Saudita 280 245
 Egito 270 245
 Estados Unidos 255 000 [8]
 Honduras 250 000
 Emirados Árabes Unidos 170 000
 México 120 000
 Catar 100 000
 Alemanha 80 000 [9]
 Kuwait 70 000
 El Salvador 70 000 [10]
 Brasil 59 000 [11]
 Iraque 57 000 [12]
 Iémen 55 000
 Canadá 50 975 [13]
 Austrália 45 000
 Líbia 44 000
 Reino Unido 20 000 [9]
 Peru
 Colômbia 12 000
 Paquistão 10 500
 Países Baixos 9 000
 Suécia 7 000 [14]
 Guatemala 1 400
Línguas
Territórios Palestinos:
árabe, hebraico, inglês, neo-aramaico e grego
Israel
árabe, hebraico, inglês, neo-aramaico e grego
Diáspora:
Outras variedades do árabe e línguas vernaculares dos países receptores
Religiões
Majoritária: islamismo sunita
Minoritária: cristianismo, islamismo druso, judaísmo
Grupos étnicos relacionados
Outros povos do Levante, povos mediterrâneos, canaanitas, povos do mar, povos do Oriente Médio: semitas: asquenazes, sefardim, mizrahim, samaritanos, árabes, assírios[15][16]

Palestinos (português brasileiro) ou palestinianos (português europeu) (em árabe: الشعب الفلسطيني, ash-sha`b al-filasTīni), também chamados de árabes palestinos/palestinianos (em árabe: الفلسطينيون, al-filasTīnīyyūn; em árabe: العرب الفلسطينيون, al-`Arab al-filasTīnīyyūn), são os integrantes de um povo mediterrâneo falante do árabe, com origens familiares na Palestina. Estudos genéticos mostram que têm ascendência principalmente levantina, semelhante à dos judeus, turcos (anatólios), libaneses, egípcios, armênios e iranianos.[17] Na região que inclui Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, em 2004, os árabes palestinos constituíam 49% de todos os habitantes,[18] alguns dos quais são classificados como deslocados internamente, isto é, dentro da Palestina histórica. O restante constituiu a diáspora palestina, sendo mais da metade é formada por refugiados apátridas, isto é, desprovidos de cidadania em qualquer país.[19] Destes palestinos exilados, cerca de 1,9 milhão vivem na vizinha Jordânia,[20] um milhão e meio vivem entre a Síria e o Líbano, duzentos e cinquenta mil na Arábia Saudita, enquanto os quinhentos mil que vivem no Chile formam a maior concentração de palestinos fora do mundo árabe.

A maior parte dos palestinos é formada por muçulmanos sunitas. Existe, entretanto, uma minoria significativa de cristãos palestinos de diversas denominações. A maior parte destes cristãos palestinos, no entanto, reside atualmente fora da Palestina. Como o etnônimo "árabe palestino" implica, o vernáculo tradicional dos palestinos, independentemente de sua religião, é o dialeto palestino do árabe. Boa parte daqueles que são cidadãos árabes de Israel também são bilíngues, e falam também o hebraico. Evidências genéticas obtidas recentemente mostraram que os palestinos, como grupo étnico, são parentes muito próximos dos judeus, e representam "descendentes modernos de uma população central que viveu na região desde os tempos pré-históricos",[21][22] portanto muito antes da conquista islâmica árabe que resultou na sua aculturação, estabeleceu o árabe como o vernáculo predominante e, com o tempo, islamizou muitos deles que eram adeptos de outras fés.

O primeiro uso mais abrangente do termo "palestino" como um endônimo, para se referir ao conceito nacionalista de um povo palestino, pela população local e falante do árabe da Palestina se deu antes do início da Primeira Guerra Mundial,[23] e a primeira manifestação pública exigindo a independência nacional foi manifestada pelo Congresso Sírio-Palestino, em 21 de setembro de 1921.[24] Após a criação de Israel, o êxodo de 1948, e, mais ainda, depois do êxodo de 1967, o termo passou a significar não apenas um local de origem, mas também o sentido de um passado e um futuro compartilhados, na forma de uma nação-Estado palestina.[23]

A Organização de Libertação da Palestina (OLP) representa os palestinos perante a comunidade internacional.[25] A Autoridade Nacional Palestina, criada oficialmente como resultado dos Acordos de Oslo, é o organismo administrativo interino responsável, nominalmente, pelo governo dos Territórios Palestinos.

Referências

  1. 'Palestinian population to exceed Jewish population by 2020,' Ma'an News Agency 1 de janeiro de 2016
  2. a b c «Palestinian Central Bureau of Statistics». Palestinian Central Bureau of Statistics 
  3. UNRWA
  4. Cordesman, 2005, p. 54. O número baseia-se em uma estimativa para 2005, por extrapolação de uma população de 2.3 milhões em 2001.
  5. «Population, by Population Group» (PDF). Monthly Bulletin of Statistics. Israel Central Bureau of Statistics. 9 de março de 2013. Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original (PDF) em 29 de julho de 2013 
  6. Alan Dowty, Critical issues in Israeli society, Greenwood (2004), p. 110
  7. «La Ventana – Littin: "Quiero que esta película sea una contribución a la paz"». Laventana.casa.cult.cu. Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original em 13 de maio de 2011 
  8. «American FactFinder». Factfinder.census.gov. Consultado em 12 de maio de 2019. Arquivado do original em 21 de maio de 2008 
  9. a b «The Palestinian Diaspora in Europe». Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original em 24 de agosto de 2013 
  10. [1]
  11. «Governo do Estado de São Paulo – Memorial do Imigrante». Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original em 23 de março de 2009 
  12. «Cópia arquivada». Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original em 20 de julho de 2009 
  13. «Ethnic Origin (247), Single and Multiple Ethnic Origin Responses (3) and Sex (3) for the Population of Canada, Provinces, Territories, Census Metropolitan Areas and Census Agg..». 2.statcan.ca 
  14. «Cópia arquivada». Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original em 29 de julho de 2013 
  15. «Hassan et al. (2008)» (PDF). Consultado em 16 de maio de 2013. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2009 
  16. Cruciani, F; et al. (2007). «Tracing Past Human Male Movements in Northern/Eastern Africa and Western Eurasia: New Clues from Y-Chromosomal Haplogroups E-M78 and J-M12». Molecular Biology and Evolution. 24 (6): 1300–1311. PMID 17351267. doi:10.1093/molbev/msm049  Ver também Supplementary Data Arquivado em 2012-12-05 na Archive.today
  17. Arnaiz-Villena, A.; Elaiwa, N.; Silvera, C.; Rostom, A.; Moscoso, J.; Gómez-Casado, E.; Allende, L.; Varela, P.; Martínez-Laso, J. (outubro de 2001). «The origin of Palestinians and their genetic relatedness with other Mediterranean populations.». Human immunology. 62 (9): 889–900. ISSN 0198-8859. PMID 11543891. Consultado em 10 de novembro de 2010  "The genetic profile of Palestinians has, for the first time, been studied by using human leukocyte antigen (HLA) gene variability and haplotypes. The comparison with other Mediterranean populations by using neighbor-joining dendrograms and correspondence analyses reveal that Palestinians are genetically very close to Jews and other Middle East populations, including Turks (Anatolians), Lebanese, Egyptians, Armenians, and Iranians. Archaeologic and genetic data support that both Jews and Palestinians came from the ancient Canaanites, who extensively mixed with Egyptians, Mesopotamian, and Anatolian peoples in ancient times. Thus, Palestinian-Jewish rivalry is based in cultural and religious, but not in genetic, differences. The relatively close relatedness of both Jews and Palestinians to western Mediterranean populations reflects the continuous circum-Mediterranean cultural and gene flow that have occurred in prehistoric and historic times. This flow overtly contradicts the demic diffusion model of western Mediterranean populations substitution by agriculturalists coming from the Middle East in the Mesolithic-Neolithic transition."
  18. «What is the True Demographic Picture in the West Bank and Gaza? - A Presentation and a Critique». Jerusalem Center for Public Affairs. 10 de março de 2005. Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  19. Arzt, Donna E. (1997). Refugees into Citizens - Palestinians and the end of the Arab-Israeli conflict. [S.l.]: Council on Foreign Relations. p. 74. ISBN 087609194X 
  20. Estatísticas da UNRWA
  21. Gibbons, Ann (30 de outubro de 2000). «Jews and Arabs Share Recent Ancestry». ScienceNOW. American Academy for the Advancement of Science 
  22. Hammer, et al. Figura 2: Plot of populations based on Y-chromosome haplotype data.
  23. a b «Palestine». Encyclopædia Britannica. 2007. Consultado em 29 de agosto de 2007 
  24. Porath, 1974, p. 117.
  25. «Who Represents the Palestinians Officially Before the World Community?». Institute for Middle East Understanding. 2006–2007. Consultado em 27 de julho de 2007. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Palestinian people».

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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