Forte de Amber
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O Forte de Amber, também conhecida como Forte de Amer, é uma fortaleza histórica localizada na cidade de Amber, Índia. Distante 7 km de Jaipur, no estado do Rajastão, é conhecido por seu estilo único, misturando a cultura muçulmana com a hindu. Foi declarado como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), no ano de 2013, inserido no conjunto de Fortes nas Colinas do Rajastão.[1][2][3]
História
[editar | editar código-fonte]No século XI, Kakildev, governante Kachchwaha, começou a construção das muralhas para a proteção da cidade de Amber. Entre 1179 e 1216, o governante Rajdev, descendente de Kakildev, transformou a cidade em capital do reino de Kachchwaha.[2]
Por volta de 1592, o governante Raja Bharmal, deu início a construção dos palácios residenciais. Devido a aliança política entre os Kachchwaha Rajapute e o Império Mogol, os palácios de Amber seguiram os moldes de palácios e fortes Mogol, mas com algumas adaptações feitas pelos Rajaputes.[2]
Com a mudança da capital para Jaipur, em 1728, a fortaleza ficou quase deserta, servindo de estadia para os governantes durante o festival religioso de Navaratri. Durante o reinado de Raja Madho Singh II, em1818, a estadia nos palácios de Amber foi descontinuada.[2]
Em 1968, a fortaleza foi declarada como um monumento protegido pelo Departamento de Estado de Museus e Arqueologia do Rajastão. E, em 2005, o complexo passou por obras de conservação e adaptação para visitas turísticas pelo órgão criado especialmente para esta finalidade, a Autoridade de Gestão e Desenvolvimento de Amber.[2]
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]O forte foi construído baseado nos planos Mogol; sendo o eixo norte-sul o principal; e foi dividido por setores, onde o Jaleb Chowk foi destinado para a entrada e funções públicas, o Diwan-i-Am para audiências públicas, o Diwan-i-Khas para as principais funções administrativas e o Man Singh Mahal para residência. O sítio possui uma área de 30 hectares e está localizado no topo da colina Kalikho. O local foi estrategicamente escolhido por fornecer uma proteção natural à fortificação, e a aproximação com o lago Maota facilitou a captação de água através de uma série de elevadores. A distribuição da água pelo forte foi feita através de canais e tubulações. Há um túnel fortificado que interliga o Forte de Amber com o Forte Jaigarh, que era utilizado para a fuga da família real em períodos de guerra.[2][3][4]
Muralha e bastiões
[editar | editar código-fonte]Foram construídos a partir do século XI, pelo Kacchwahas, e envolve todo o complexo da fortaleza. Como material de construção, foram utilizadas pedras brutas, pedras trabalhadas e cal.[2]
Suraj Pol
[editar | editar código-fonte]O seu nome significa Portão do Sol, e é a entrada principal da fortaleza, e leva ao setor Jaleb Chowk. Foi construída entre os anos de 1622 e 1677, pelo Mirza Raja Jai Singh I; e ampliada entre 1699 e 1743, por Jai Singh II. Consiste em um arco monumental pontiagudo, em estilo islâmico; sala de guarda; e outras câmaras. Para a construção foi utilizada pedra assentada em argamassa de cal, rebocada e lavada com cal, e elementos decorativos em estuque e pedra.[2][4]
Jaleb Chowk
[editar | editar código-fonte]É o pátio principal. Possui 64 metros por 92 metros, ladeado por escritórios e alojamentos. Além da entrada principal (Suraj Pol), há o portão Sinh Pol, que leva ao Templo Shila Devi, dedicado a deusa Cáli; e o portão Chand Pol (Portão da Lua), que é uma entrada secundária. O Templo Shila Devi possui portas de prata trabalhada em técnica repoussé.[2][4]
Diwan–i-Am
[editar | editar código-fonte]O pátio é ladeado, ao norte, por um baradari; ao leste e oeste, por conjuntos de salas; e ao sul, pelo Bhojanshala, que era a sala de jantar do governante; e pelo portão Ganesh Pol, que dá acesso ao Diwan-i-Khas.[2]
O baradari, é a edificação mais antiga do setor, foi construído entre os anos de 1622 e 1677, por Mirza Raja Jai Singh I. Possui dois pavimentos, sendo o primeiro pavimento composto por 40 colunas com capitéis em forma de elefante; nas colunas externas da edificação foi utilizado arenito vermelho e nas colunas internas foi utilizado mármore creme. Todas as pedras utilizadas para a construção foram importadas.[2][4]
Diwan-i-Khas
[editar | editar código-fonte]É o setor mais ornamentado da fortaleza. Foi construído entre os anos de 1622 e 1677, por Sawai Jai Singh II. No nível mais baixo e central está um grande jardim com canais e fontes de mármore; à leste está o Sheesh Mahal, e em seu topo foi construído o Jai Mandir (Salão da Vitória). O Jai Mandir possui formato oblongo com telhado curvilíneo, ladeado por duas câmaras com cúpulas octogonais, suas paredes possuem painéis embutidos e o teto recebeu ornamentação espelhada. À oeste está o Sukh Niwas (Salão do Prazer), com portas feitas de sândalo e incrustada em marfim; ao norte está o portão Ganesh Pol; e ao sul estão as portas que dão acesso ao setor Man Singh Mahal.[2][4]
Man Singh Mahal
[editar | editar código-fonte]Foi construído entre 1589 e 1614, por Raja Man Singh, a princípio para servir como seu palácio principal. No século XVII, passou a servir como zenana (aposento para mulheres). É constituído de um pátio principal, cercado por muros de 3 metros de altura e com um baradari em seu centro; o Palácio Man Singh, que é acessado através de uma rampa sinuosa; quadras ao redor do pátio principal, separados pelo muro de 3 metros de altura.[2]
O palácio possui 2 pavimentos, com câmaras, galerias, varandas, muros altos e torres. Em seu interior, as câmaras foram convertidas em apartamentos para as damas reais, e as câmaras menores foram convertidas em apartamentos para os servos. Os apartamentos do primeiro pavimento possuem pátios privativos e os apartamentos do segundo pavimento possuem terraços. Na galeria do pavimento superior, que interliga todos os apartamentos, é intercalada com jharokhas, e em seus cantos há pavilhões com escadas. Em um anexo, ao sul do palácio, se encontra os sanitário e locais de banho.[2]
Turismo
[editar | editar código-fonte]O complexo da fortaleza está aberto a visitação, mediante pagamento e horário restrito. Tem a possibilidade de contratar um guia ou audioguia. Durante à noite, há um show de luzes e som. Para chegar até a entrada do forte, pode ser a pé, em carro privado, alugado, ou com agências de turismo. Há a possibilidade de chegar ao forte montado em elefantes, mas a prática é duramente criticada devido aos maus tratos dos animais.[1][4][5][6]
Galeria de fotos
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Vista aérea
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Muralhas da fortificação
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Suraj Pol (entrada principal)
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Baradari do Diwan-i-Am
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Baradari do Diwan-i-Am
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Ganesh Pol
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Detalhes do Ganesh Pol
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Diwan-i-Khas
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Jai Mandir
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Teto espelhado do Jai Mandir
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Man Singh Mahal com o baradari ao centro
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Detalhe do baradari no Man Singh Mahal
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Forte de Amber à noite
Referências
- ↑ a b «Amber Fort». Incredible India (em inglês). Ministry of Tourism. Government of India. Consultado em 6 de janeiro de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n Nomination of Hill Forts of Rajasthan for inclusion on World Heritage List. Archaeological Survey of India Government of India. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). (em inglês).
- ↑ a b «Amber Fort in Jaipur». India.com (em inglês). Consultado em 6 de janeiro de 2024
- ↑ a b c d e f «Amber Fort». Lonely Planet (em inglês). Consultado em 6 de janeiro de 2024
- ↑ «Forte Amber». Viagem e Turismo. Editora Abril. 4 de janeiro de 2012. Consultado em 6 de janeiro de 2024
- ↑ «Amer Fort Elephants». World Animal Protection (em inglês). Consultado em 6 de janeiro de 2024
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Crump, Vivien; Toh, Irene (1996), Rajasthan, ISBN 1-85715-887-3 (hardback) , New York: Everyman Guides, p. 400
- Michell, George, Martinelli, Antonio (2005), The Palaces of Rajasthan, ISBN 978-0711225053, London: Frances Lincoln
- Tillotson, G.H.R (1987), The Rajput Palaces - The Development of an Architectural Style, ISBN 03000 37384 (Hardback) (em inglês) First ed. , Yale University Press