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Gonçalo Pereira

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 Nota: Se procura o homónimo, veja Gonçalo Peres Pereira, o Liberal.
Gonçalo Pereira
Nascimento século XIII
Morte 22 de dezembro de 1348
Sepultamento Sé de Braga
Cidadania Reino de Portugal
Progenitores
Filho(a)(s) Álvaro Gonçalves Pereira
Alma mater
Ocupação presbítero
Religião Igreja Católica
Túmulo de Gonçalo Pereira na Sé de Braga

Gonçalo Pereira (? — Braga, 22 de dezembro de 1348), foi um prelado português.

D. Frei Gonçalo Pereira foi, durante muitos séculos, assumido como sendo filho do primeiro casamento de D. Gonçalo Peres Pereira, o Liberal, 3.º Senhor da Honra de Pereira, e de sua mulher Urraca Vasques Pimentel, neto paterno de D. Pedro Rodrigues Pereira, 2.° Senhor da Honra de Pereira, e de sua mulher Maria Pires Gabere ou Gravel, e neto materno de D. Vasco Martins Pimentel e de sua primeira mulher Maria Anes de Fornelos,[1] provável e supostamente no Solar de Pereira, na extinta paróquia de Sanfins de Riba de Ave, e criado no Paço Real de D. Dinis de Portugal. Todavia, uma recente tese apresentada em 2017 no Instituto Português de Heráldica por Augusto Martins Ferreira do Amaral, desfez completamente esta versão, afirmando que foi ao chegar a Arcebispo Primaz e buscando elevar-se genealogicamente que D. Gonçalo Pereira adulterou o Livro de Linhagens do Conde D. Pedro de forma a surgir ligado ao ramo mais ilustre dos Pereira, pretensão não suportada pela documentação coeva, sem que se tenha, sequer, a certeza de que sejam a mesma linhagem de Pereira.

Foi estudar para a Universidade de Salamanca, onde se formou.

Foi Prior da Igreja de São Nicolau da Feira, Cónego da Sé de Tui e, mais tarde, viria a ser Deão da Sé do Porto.

Foi, ainda, Prior de Leça na Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém e de Rodes.

Em 1320 foi enviado por D. Dinis I de Portugal à Cúria Pontifícia, em Avinhão, juntamente com o 1.º Almirante de Portugal, Manuel Pessanha, a fim de solicitarem ao Papa, entre outras coisas, auxílio financeiro para a guerra contra os Mouros.

Em 1321 era eleito 13.º Bispo de Évora, o que não se viria a efectuar; a 21 de Agosto de 1322, o Papa João XXII nomeou-o 17.º Bispo de Lisboa.

Regressado ao Reino de Portugal, celebrou um Sínodo Diocesano em 1324, no qual promulgou novas Constituições Sinodais, as quais, como parecessem muito pesadas em termos fiscais, acabaram por ser revogadas pelo seu sucessor.

Em 1326, vagando a Sé de Braga, da qual era Coadjutor, foi nomeado pelo Papa João XXII como 72.º Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, cargo que ocupou até 22 de Dezembro de 1348, quando morreu.

Combateu ao lado do Rei D. Afonso IV de Portugal na Batalha do Salado, a 30 de Outubro de 1340.

Em Braga, mandou construir a cidadela em torno da Torre de Menagem, no século XIV. A fortificação foi complementada posteriormente por D. Lourenço Vicente.

Na Sé de Braga, mandou construir a sua capela tumular, conhecida como Capela da Glória. O jacente do Arcebispo Primaz é considerado um dos mais relevantes monumentos funerários da História da Arte Portuguesa.

Foi no seu tempo como Arcebispo Primaz que grassou em Portugal e no resto da Europa a célebre Peste Negra.

Do seu relacionamento com Teresa Peres Vilarinho, filha de Pero Gonçalves Vilarinho e de sua mulher, teve um filho sacrílego:

Referências

  1. Nobiliário das Famílias de Portugal, Manuel José da Costa Felgueiras Gaio, Carvalhos de Basto, 2.ª Edição, Braga, 1989. Vol. VIII - p. 169 (Pereiras). Vol. VIII - p. 169 (Pereiras). p. 28.
  2. Nobiliário das Famílias de Portugal, Manuel José da Costa Felgueiras Gaio, Carvalhos de Basto, 2.ª Edição, Braga, 1989. Vol. VIII - p. 170 (Pereiras).

Precedido por
Geraldo Domingues
Bispo de Évora
1321
Sucedido por
Pedro
Precedido por
Frei Estêvão
Bispo de Lisboa
1322 — 1326
Sucedido por
João Afonso de Brito
Precedido por
João Martins de Soalhães
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo Primaz de Braga

1326 — 1348
Sucedido por
Guilherme de la Garde
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