Gregório I Mamicônio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gregório Mamicônio)
Gregório I Mamicônio
Nacionalidade Califado Ortodoxo
Etnia Armênia
Progenitores Pai: Davi Mamicônio
Ocupação General

Gregório I Mamicônio (em armênio/arménio: Գրիգոր Մամիկոնյան) foi príncipe da Armênia de 662 a 685,[1][2] na época do domínio da Armênia pelos árabes.

Vida[editar | editar código-fonte]

Dracma de Moáuia I (r. 661–680)

Filho do nacarar Davi e irmão de Amazaspes IV, foi mantido como refém em Damasco quando o nacarares armênios e o católico Narses III, restaurado em 658, pediram ao califa que fosse chefe da nação em vez de seu irmão. Moáuia I (r. 661–680) concordou em nomeá-lo porque era "homem beneficente, distinto pelas qualidades do espírito, justo, quieto e doce". Sua administração foi, de fato, pacífica e benéfica e ele se dedicou a construções pias e colaborou ativamente com os três católicos contemporâneos que lideram a Igreja Armênia: Anastácio I (r. 661–667), Israel I (r. 667–677) e finalmente Isaac III (r. 677–703).[2]

Gregório permaneceu famoso na história religiosa armênia por ter transferido de Tordano para Valarsapate os restos mortais de São Gregório, o Iluminador. Sua esposa Mariam,[3] uma princesa de Albânia, até obteve para seu sobrinho Varaz-Tirídates I (r. 680–699) o maxilar do santo.[4] Em 681, após 20 de paz, os armênios, ibéricos e albaneses aproveitaram-se das guerras civis que assolaram o Califado Omíada à revolta e o país foi libertado da tutela muçulmana por 3 anos.[4][5] Mas no quarto ano da independência, Gregório enfrenta a ofensiva cazar, que também usa a fraqueza dos árabes para invadir a Transcaucásia e pilhar o norte da Armênia. Gregório é morto num confronto em 685.[6] O título de príncipe passa a Asócio II Bagratúnio.[7]

Família[editar | editar código-fonte]

De sua esposa Helena (falecida em 670), filha de Varaz Gregório, príncipe de Albânia, não deixa descendentes.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Amazaspes IV Mamicônio
Príncipe da Armênia
662-685
Sucedido por
Asócio II Bagratúnio

Referências

  1. Dédéyan 2007, p. 216.
  2. a b Grousset 1947, p. 305.
  3. Settipani 2006, p. 142.
  4. a b Grousset 1947, p. 306.
  5. Brosset 1849, p. 157.
  6. Grousset 1947, p. 307.
  7. Dédéyan 2007, p. 221-222.
  8. Toumanoff 1990, p. 332.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brosset, Marie-Félicité (1849). Histoire de la Géorgie de l'Antiquité au xixe siècle. São Petersburgo: Academia Imperial de Ciências da Rússia 
  • Grousset, René (1947). Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot 
  • Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8 
  • Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle: Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila