Gregório I Mamicônio
Gregório I Mamicônio | |
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Nacionalidade | Califado Ortodoxo |
Etnia | Armênia |
Progenitores | Pai: Davi Mamicônio |
Ocupação | General |
Gregório I Mamicônio (em armênio/arménio: Գրիգոր Մամիկոնյան) foi príncipe da Armênia de 662 a 685,[1][2] na época do domínio da Armênia pelos árabes.
Vida
[editar | editar código-fonte]Filho do nacarar Davi e irmão de Amazaspes IV, foi mantido como refém em Damasco quando o nacarares armênios e o católico Narses III, restaurado em 658, pediram ao califa que fosse chefe da nação em vez de seu irmão. Moáuia I (r. 661–680) concordou em nomeá-lo porque era "homem beneficente, distinto pelas qualidades do espírito, justo, quieto e doce". Sua administração foi, de fato, pacífica e benéfica e ele se dedicou a construções pias e colaborou ativamente com os três católicos contemporâneos que lideram a Igreja Armênia: Anastácio I (r. 661–667), Israel I (r. 667–677) e finalmente Isaac III (r. 677–703).[2]
Gregório permaneceu famoso na história religiosa armênia por ter transferido de Tordano para Valarsapate os restos mortais de São Gregório, o Iluminador. Sua esposa Mariam,[3] uma princesa de Albânia, até obteve para seu sobrinho Varaz-Tirídates I (r. 680–699) o maxilar do santo.[4] Em 681, após 20 de paz, os armênios, ibéricos e albaneses aproveitaram-se das guerras civis que assolaram o Califado Omíada à revolta e o país foi libertado da tutela muçulmana por 3 anos.[4][5] Mas no quarto ano da independência, Gregório enfrenta a ofensiva cazar, que também usa a fraqueza dos árabes para invadir a Transcaucásia e pilhar o norte da Armênia. Gregório é morto num confronto em 685.[6] O título de príncipe passa a Asócio II Bagratúnio.[7]
Família
[editar | editar código-fonte]De sua esposa Helena (falecida em 670), filha de Varaz Gregório, príncipe de Albânia, não deixa descendentes.[8]
Ver também
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Precedido por Amazaspes IV Mamicônio |
Príncipe da Armênia 662-685 |
Sucedido por Asócio II Bagratúnio |
Referências
- ↑ Dédéyan 2007, p. 216.
- ↑ a b Grousset 1973, p. 305.
- ↑ Settipani 2006, p. 142.
- ↑ a b Grousset 1973, p. 306.
- ↑ Brosset 1849, p. 157.
- ↑ Grousset 1973, p. 307.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 221-222.
- ↑ Toumanoff 1990, p. 332.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Brosset, Marie-Félicité (1849). Histoire de la Géorgie de l'Antiquité au xixe siècle. São Petersburgo: Academia Imperial de Ciências da Rússia
- Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
- Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
- Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle: Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila