Hélio Schwartsman

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hélio Schwartsman
Nascimento São Paulo
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista, escritor

Hélio Schwartsman (São Paulo, 9 de julho de 1965) é um filósofo e jornalista brasileiro.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Formou-se em Filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).[1]

Em 1998, tornou-se editorialista e colunista do jornal Folha de S.Paulo, onde foi editor de Mundo e Opinião. Publicou Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão em 2001.[2] O livro é considerado profético já que foi escrito em 1999, antes do atentado às torres gêmeas. Nele Schwartsman “tem uma imaginação delirante e uma crueldade mortal com seus personagens”, de acordo com os comentários da editora. Escreve para a Folha(versão impressa) diariamente, exceto às segundas e quintas. Semanalmente, as quintas, na Folha.com ele mantém uma coluna de opinião.

Em 8 de julho de 2020, escreveu para a Folha desejando a morte do presidente Jair Bolsonaro.[3] Devido ao artigo, o Ministro de Segurança Pública, André Mendonça disse que iria processar o jornalista com base na lei de segurança nacional.[4] André Marsiglia, advogado especialista em liberdades de expressão e de imprensa comentou o caso no Poder360: "O que vemos hoje é um desejo de implosão do diverso, de emudecimento do contrário, por meio de todo e qualquer artifício: lei de segurança nacional, inquéritos de ocasião, criminalização do jornalismo e opiniões que clamam pela intimidação, pelo calabouço alheio. E, nesse ponto, com o perdão do trocadilho, Hélio errou sua pontaria, não por dizer o que pensa, mas por pensar que a morte de Bolsonaro, ainda que alegórica, poderia ser benéfica. O banimento, a exclusão, a extinção do pensamento do outro, por pior que o outro seja, será sempre, ao fim e ao cabo, a extinção do nosso próprio pensamento."[5]

Thaís Oyama, colunista do Uol, disse que Hélio Schwartsman não cometeu crime, mas que seu artigo desejando a morte do presidente é "ínfeliz": "Infeliz, entre outros motivos, porque, como sempre ocorre quando um artigo de jornal cai nas redes sociais, tudo o que sobra dele é a frase que o anuncia em letras grandes. Assim, no caso do artigo de Schwarstman, ficou de fora o argumento da ética consequencialista em que o autor baseou o texto e sobrou apenas o seu desejo expresso de que o presidente do Brasil não sobreviva à Covid-19. Desejar a morte de alguém é um sentimento condenável do ponto de vista cristão. Pode também ser considerado "desumano" do ponto de vista secular. Mas não é um crime - e muito menos passível de enquadramento na Lei de Segurança Nacional, como quer o ministro da Justiça, André Mendonça."[6]

Referências

  1. «Galerias - Colunistas - Hélio Schwartsman». Folhapress. Consultado em 17 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 5 de setembro de 2019 
  2. Schwartsman, Hélio (2015). «Liberdade de expressão e pluralidade». Pensadores da Liberdade. São Paulo: Instituto Palavra Aberta. p. 63. 170 páginas. ISBN 978-85-67989-01-3 
  3. «Por que torço para que Bolsonaro morra». Consultado em 8 de julho de 2020 
  4. João Frey (7 de julho de 2020). «Ministro aciona PF contra jornalista com base na Lei de Segurança Nacional». Congresso em Foco. UOL. Consultado em 7 de julho de 2020. Cópia arquivada em 11 de julho de 2020 
  5. André Marsiglia (11 de julho de 2020). «O que faltou falar sobre o artigo de Hélio Schwartsman, escreve André Marsiglia». Poder360. Consultado em 11 de julho de 2020. Cópia arquivada em 11 de julho de 2020 
  6. Thaís Oyama (8 de julho de 2020). «Hélio Schwartsman não cometeu crime». Notícias. UOL. Consultado em 11 de julho de 2020. Cópia arquivada em 11 de julho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) jornalista é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.