Haleto

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Os haletos ou halogenetos (derivam do nome grego halos - sal) são moléculas diatómicas dos elementos do grupo 17 da tabela periódica, ou seja, dos halogêneos (flúor (F), cloro (Cl), bromo (Br), iodo (I) e astato (At))[1] em estado de oxidação -1.[2] Suas características químicas e físicas lhe fazem ser parecidos do cloreto até o iodeto, sendo uma exceção o fluoreto.[2]

Podem ser formados diretamente desde os elementos ou a partir do ácido HX (onde X = F, Cl, Br, I) correspondente com uma base.[1]

Os haletos inorgânicos[editar | editar código-fonte]

Os halogenetos inorgânicos são sais que contém os íons F-, Cl-, Br- ou I-.[1] Com íons prata formam um precipitado de haleto de prata (exceto o fluoreto, que é solúvel).[2] A solubilidade do sal de prata decai com o peso do halogeneto. Ao mesmo tempo aumenta a cor que vai de branco para o cloreto AgCl a amarelo no AgI.

NaF + AgNO3 → NaNO3 + AgF
NaCl + AgNO3 → NaNO3 + AgCl
KBr + AgNO3 → KNO3 + AgBr
KI + AgNO3 → KNO3 + AgI

Também existem complexos metálicos dos halogenetos. Assim, o iodeto de mercúrio se dissolve em presença de um excesso de iodo para formar ânions de tetraiodomercurato HgI42-. (Este íon se encontra por exemplo no reativo de Nessler utilizado na determinação qualitativa do amoníaco).

Os haletos orgânicos[editar | editar código-fonte]

Em química orgânica, haletos são compostos derivados dos hidrocarbonetos (ou outras estruturas orgânicas) pela troca de um ou mais átomos de hidrogênio por halogênios.

Formação[editar | editar código-fonte]

A reação de formação de um haleto orgânico é chamada halogenação. Em compostos saturados, a halogenação ocorre na reação de substituição de um hidrocarboneto com a substância simples do halogênio:[2]

R-H + X2 → R-X + HX

Por exemplo, na formação do clorometano a partir do metano e do gás cloro (Cl2):

CH4 + Cl2 → CH3Cl + HCl

Os pseudohaletos[editar | editar código-fonte]

Os pseudohaletos são íons poliatômicos similares aos haletos tanto em sua carga como em sua reatividade. Exemplos comuns são NNN-, CNO- (cianato) e CN- (cianeto).[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Líria Alves. «Haletos orgânicos». R7. Brasil Escola. Consultado em 29 de novembro de 2012 
  2. a b c d Júlio César Lima Lira (7 de fevereiro de 2011). «Haletos». InfoEscola. Consultado em 29 de novembro de 2012 
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