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== Principais características do Hipertexto ==
== Principais características do Hipertexto ==
# Intertextualidade;
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# Velocidade;
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# Precisão;
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# Dinamismo;
$ Dinamismo;
# Interatividade;
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# Acessibilidade;
$ Acessibilidade;
# Estrutura em rede;
$ Estrutura em rede;
# Transitoriedade;
$ Transitoriedade;
# Organização multilinear.<ref>[http://www.dimap.ufrn.br/~jair/webdesign/webtecnologias.pdf Tecnologias para Webdesign]<br />[http://www.facom.ufba.br/hipertexto/historia.html História do Hipertexto]
$ Organização multilinear.<ref>[http://www.dimap.ufrn.br/~jair/webdesign/webtecnologias.pdf Tecnologias para Webdesign]<br />[http://www.facom.ufba.br/hipertexto/historia.html História do Hipertexto]
[http://www.triplov.com/hipert/hipert.htm Para uma poética do Hipertexto]<br />
[http://www.triplov.com/hipert/hipert.htm Para uma poética do Hipertexto]<br />
[http://www.uff.br/mestcii/angele3.htm O hipertexto eletrônico como base para reconfigurar a atividade jornalística]</ref>
[http://www.uff.br/mestcii/angele3.htm O hipertexto eletrônico como base para reconfigurar a atividade jornalística]</ref>

Revisão das 22h56min de 1 de março de 2011

Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia"[carece de fontes?], que seria a ligação de textos com outros textos. Em palavras mais simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação dos internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens ou até mesmo sons, que, ao serem clicados, são remetidos para outra página onde se esclarece com mais precisão o assunto do link abordado.

O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.

Etimologia

O prefixo hiper - (do grego "υπερ-", sobre, além) remete à superação das limitações da linearidade, ou seja, não sequencial do antigo texto escrito, possibilitando a representação do nosso pensamento, bem como um processo de produção e colaboração entre as pessoas,ou seja, uma (re)construção coletiva. O termo hipertexto, cunhado em 1965, costumeiramente é usado onde o termo hipermídia seria mais apropriado. O filósofo e sociólogo estadunidense Ted Nelson, pioneiro da tecnologia da informação e criador de ambos os termos escreveu:

História

A idéia de hipertexto não nasce com a Internet, nem com a web. De acordo com Burke (2004) e Chartier (2002) as primeiras manifestações hipertextuais ocorrem nos séculos XVI e XVII através de manuscritos e marginalia. Os primeiros sofriam alterações quando eram transcritos pelos copistas e assim caracterizavam uma espécie de escrita coletiva. Os segundos eram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não-linear do texto. Essas marginalia eram posteriormente transferidas para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.

Provavelmente, a primeira descrição formal da idéia apareceu em 1945, quando Vannevar Bush publicou na The Atlantic Monthly, "As We May Think", um ensaio no qual descrevia o dispositivo "Memex". Neste artigo, a principal crítica de Bush era aos sistemas de armazenamento de informações da época, que funcionavam através de ordenações lineares, hierárquicas, fazendo com que o indivíduo que quisesse recuperar uma informações tivesse que percorrer catálogos ordenados alfabetica ou numericamente ou então através de classes e sub-classes. De acordo com Bush, o pensamento humano não funciona de maneira linear, mas sim através de associações e era assim que ele propunha o funcionamento do Memex.

O dispositivo nunca chegou a ser construído, mas hoje é tido como um dos precursores da atual web. A tecnologia usada seria uma combinação de controles eletromecânicos e câmeras e leitores de microfilme, todos integrados em uma grande mesa. A maior parte da biblioteca de microfilme estaria contida na própria mesa com a opção de adicionar ou remover rolos de microfilme à vontade. A mesa poderia também ser usada sem a criação de referências, apenas para gerar informação em microfilme, filmando documentos em papel ou com o uso de uma tela translúcida sensível ao toque. De certa forma, o Memex era mais do que uma máquina hipertexto. Era precursor do moderno computador pessoal embora baseado em microfilme. O artigo de Novembro de 1945 da revista Life que mostrava as primeiras ilustrações de como a mesa[1] do Memex podia ser, mostrava também ilustrações de uma câmera montada na cabeça, que o cientista podia usar enquanto fazia experiências, e de uma máquina de escrever capaz de reconhecimento de voz e de leitura de texto por síntese de voz. Juntas, essas máquinas formariam o Memex, provavelmente, a descrição prática mais antiga do que é chamado hoje o Escritório do Futuro.

Não se pode deixar de citar outro personagem de grande importância histórica que é Douglas Engelbart diretor do Augmentation Research Center (ARC) do Stanford Research Institute, centro de pesquisa onde foram testados pela primeira vez a tela com múltiplas janelas de trabalho; a possibilidade de manipular, com a ajuda de um mouse, complexos informacionais representados na tela por um símbolo gráfico; as conexões associativas (hipertextuais) em bancos de dados ou entre documentos escritos por autores diferentes; os grafos dinâmicos para representar estruturas conceituais (o "processamento de idéias" os sistemas de ajuda ao usuário integrados ao programa).[2] O trabalho de Ted Nelson e muitos outros sistemas pioneiros de hipetexto com o "NLS", de Douglas Engelbart, e o HyperCard, incluído no Apple Macintosh, foram rapidamente suplantados em popularidade pela World Wide Web de Tim Berners-Lee, embora faltasse a esta muitas das características desses sistemas mais antigos como links tipados, transclusão e controle de versão.

Principais características do Hipertexto

$ Intertextualidade; $ Velocidade; $ Precisão; $ Dinamismo; $ Interatividade; $ Acessibilidade; $ Estrutura em rede; $ Transitoriedade; $ Organização multilinear.[3]

Hipertexto e Internet

Uma das maiores controvérsias a respeito deste conceito é sobre sua vinculação obrigatória ou não com a internet e outros meios digitais. Alguns autores defendem que o hipertexto acontece apenas nos ambientes digitais, pois estes permitem acesso imediato a qualquer informação. A internet, através da WWW, seria o meio hipertextual por excelência, uma vez que toda sua lógica de funcionamento está baseada nos links.

Outros pesquisadores acreditam que a representação hipertextual da informação independe do meio. Pode acontecer no papel, por exemplo, desde que as possibilidades de leitura superem o modelo tradicional contido das narrativas contínuas (com início, meio e fim). Uma enciclopédia é um clássico exemplo de hipertexto baseado no papel, pois permite acesso não-linear aos verbetes contidos em diferentes volumes. Um exemplo de hipertexto tradicional são as anotações de Leonardo Da Vinci e também a Bíblia, devido sua forma não-linear de leitura.[4]

Hipertexto e Educação

Um tópico relevante é a utilização da ferramenta de hipertexto na Educação. O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção textual. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam activamente de um processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais duradoura e transferível do que aquela directa e explícita.

Na sala de aula, onde se trabalha com hipertexto, os alunos, num sistema de colaboração, acabam aprendendo mais e através de diversas fontes. O próprio conceito de hipertexto, pode nos levar a essa intenção. Uma atividade colaborativa traz benefícios extraordinários no que diz respeito a construção individual e coletiva do conhecimento. Os professores também podem trabalhar com hipertexto para funções pedagógicas. Utilizar textos de várias turmas e redistribuí-los é um bom exemplo. O hipertexto também traz como vantagem para a educação a construção do conhecimento compartilhado, um importante recurso para organizar material de diferentes disciplinas.Trabalhar com hipertexto leva o aluno a produção de textos e traz como vantagens a construção do conhecimento de forma dinâmica e inserindo o aluno e o processo educativo no mundo digital. Em sua produção o aluno se refere a conhecimentos antes apreendidos, mantendo uma relação sempre linear com o texto.


[5]

Conferências Acadêmicas

Uma das principais conferências sobre novas pesquisas em hipertexto é a Conference on Hypertext and Hypermedia (HT),[6] realizada anualmente pela ACM.

The International World Wide Web Conferences Steering Committee[7] inclui muitos artigos de interesse. Há também uma lista com links para todas as conferências da série.[8]

Ver também

  • BEIGUELMAN, Giselle. O livro depois do livro. São Paulo, editora Peirópolis, 2003. Link do livro on-line:

http://www.desvirtual.com/thebook/o_livro_depois_do_livro.pdf

  • Byers, T. J. (1987, Abril). Built by association. PC World, 5, 244-251.
  • Crane, Gregory. (1988). Extending the boundaries of instruction and research. T.H.E. Journal (Technological Horizons in Education), Macintosh Special Issue, 51-54.
  • Heim, Michael. (1987). Electronic Language: A Philosophical Study of Word Processing. New Haven: Yale University Press.
  • LANDOW, George. Teorías del Hipertexto. Madrid, Paidos, 1997.
  • NELSON, Ted. Libertando-se da prisão da internet. São Paulo, IMESP/FILE, 2005. Link para o texto
  • Nelson, Theodor H. (1973). A Conceptual framework for man-machine everything. National Computer Conference and Exposition, June 4-8, 1973, Mew York, NY. AFIPS Conference Proceedings VOL. 42 (pp. M22-M23). Montvale, NJ: AFIPS Press.
  • Van Dam, Andries. (1988, July). Hypertext '87 keynote address. Communications of the ACM, 31, 887-895.
  • Yankelovich, Nicole, Landow, George P., and Cody, David. (1987). Creating hypermedia materials for English literature students. SIGCUE Outlook, 20(3).

Referências

Ligações externas