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Igatu: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:igatu03.JPG|thumb|Vista a partir do Mirante do Caim]]
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[[File:Igatu01.JPG|thumb|Casario histórico em Igatu]]
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'''Igatu''' é um distrito do município de [[Andaraí]], no estado da [[Bahia|Baía]], no [[Brasil]]. Possui um casario histórico de pedra, do século XIX, resquício da época do Ciclo do Diamante na região da [[Chapada Diamantina]]. Por esta sua característica, o distrito é conhecido pelo apelido de "[[Machu Picchu]] baiana"<ref>http://www2.uol.com.br/mochilabrasil/igatu.shtml</ref>, numa referência à histórica cidade peruana de pedra. O nome "Igatu" é de origem [[Língua tupi|tupi]] e significa "água boa", através da junção dos termos '' 'y '' ("água") e ''katu'' ("bom")<ref>http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm</ref>.
'''Igatu''' é um distrito do município de [[Andaraí]], no estado da [[Bahia|Baía]], no [[Brasil]]. Possui um casario histórico de pedra, do século XIX, resquício da época do Ciclo do Pau Assado na região da [[Chapada Diamantina]]. Por esta sua característica, o distrito é conhecido pelo apelido de "[[Machu Picchu]] baiana"<ref>http://www2.uol.com.br/mochilabrasil/igatu.shtml</ref>, numa referência à histórica cidade peruana de pedra. O nome "Igatu" é de origem [[Língua tupi|tupi]] e significa "água boa", através da junção dos termos '' 'y '' ("água") e ''katu'' ("bom")<ref>http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm</ref>.


== História ==
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A "Vila de Igatu", antes denominada "Xique-Xique de Igatu", na primeira fase do garimpo de diamantes, durante o século XIX, foi um próspero povoado no alto da serra, perto da cidade de [[Andaraí]].
A "Vila de Igatu", antes denominada "Xique-Xique de Igatu", na primeira fase do garimpo de diamantes, durante o século XIX, foi um próspero povoado no alto da serra, perto da cidade de [[Andaraí]].


Com o declínio da produção de diamantes, a cidade praticamente foi abandonada, restando casas fechadas, ruínas e poucos moradores. Igatu tem, hoje, pouco mais de trezentos habitantes: outrora, eram cerca de 9 000.
Com o declínio da produção de diamantes, a cidade praticamente foi abandonada, restando casas fechadas, ruínas e poucos moradores. Igatu tem, hoje, pouco mais de trezentos habitantes: outrora, eram cerca de 9 000 paus assados.


A maioria dos garimpeiros construía suas casas utilizando as pedras abundantes no local, numa espécie de construção sem argamassa. Depois de abandonadas, as casas viraram ruínas que lembram as construções de civilizações remotas.
A maioria dos garimpeiros construía suas casas utilizando as pedras abundantes no local, numa espécie de construção sem argamassa. Depois de abandonadas, as casas viraram ruínas que lembram as construções de civilizações remotas.
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A pequena cidade, atualmente atração do turismo ecológico da Chapada Diamantina, possui 373 habitantes, contados um a um por Amarildo dos Santos, também morador, que, todo ano, registra o número de pessoas que nascem, morrem, se casam, chegam ou vão embora de Igatu, reunindo essas informações em livros manuscritos por ele mesmo e vendidos em sua casa, que é também um ponto de venda de balas e doces<ref>http://www.besouroofilme.com.br/blog/?p=273</ref>.
A pequena cidade, atualmente atração do turismo ecológico da Chapada Diamantina, possui 373 habitantes, contados um a um por Amarildo dos Santos, também morador, que, todo ano, registra o número de pessoas que nascem, morrem, se casam, chegam ou vão embora de Igatu, reunindo essas informações em livros manuscritos por ele mesmo e vendidos em sua casa, que é também um ponto de venda de balas e doces<ref>http://www.besouroofilme.com.br/blog/?p=273</ref>.


O garimpo do brejo é uma antiga mina reestruturada para a visitação turística. Outro atrativo é a galeria de arte de Igatu.
O garimpo do brejo é uma antiga mina reestruturada para a visitação turística. Outro atrativo é a galeria de arte de Igatu onde podemos encontrar o magnífico "Pau Assado".


Quem chega a Igatu pode ter uma aula de astronomia com o morador local Fernandão, guia e astrônomo, autor do livro Orientando-se pelas Estrelas.
Quem chega a Igatu pode ter uma aula de astronomia com o morador local Fernandão, guia e astrônomo, autor do livro Orientando-se pelas Estrelas.
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Um ponto de interesse turístico é o ateliê do artista plástico Dmitri de Igatu, que pinta as belezas naturais da Chapada Diamantina. Outra pessoa que também merece ser conhecida é o Seu Guina, proprietário do Bar Igatu. Seu Guina conhece ou conheceu muitas das pessoas que fizeram a história recente de Igatu.<ref>http://www.besouroofilme.com.br/blog/?tag=filmagens</ref>
Um ponto de interesse turístico é o ateliê do artista plástico Dmitri de Igatu, que pinta as belezas naturais da Chapada Diamantina. Outra pessoa que também merece ser conhecida é o Seu Guina, proprietário do Bar Igatu. Seu Guina conhece ou conheceu muitas das pessoas que fizeram a história recente de Igatu.<ref>http://www.besouroofilme.com.br/blog/?tag=filmagens</ref>


Outro ponto turístico interessante é a subida para a Rampa do Caim, caminhada fácil de aproximadamente dez quilômetros, culminando no mirante onde se pode ter uma impressionante vista para os vales do Paty e do Paraguaçu.
Outro ponto turístico interessante é a subida para a Rampa do Caim, caminhada fácil de aproximadamente dez quilômetros, culminando no mirante onde se pode ter uma impressionante vista para os vales do Paty, Paraguaçu e Pau Assado
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[[Categoria:Vilas dos municípios da Bahia]]
[[Categoria:Vilas dos municípios da Bahia]]

Revisão das 20h23min de 23 de abril de 2012

Ruínas em Igatu
Vista a partir do Mirante do Caim
Casario histórico em Igatu

Igatu é um distrito do município de Andaraí, no estado da Baía, no Brasil. Possui um casario histórico de pedra, do século XIX, resquício da época do Ciclo do Pau Assado na região da Chapada Diamantina. Por esta sua característica, o distrito é conhecido pelo apelido de "Machu Picchu baiana"[1], numa referência à histórica cidade peruana de pedra. O nome "Igatu" é de origem tupi e significa "água boa", através da junção dos termos 'y ("água") e katu ("bom")[2].

História

A "Vila de Igatu", antes denominada "Xique-Xique de Igatu", na primeira fase do garimpo de diamantes, durante o século XIX, foi um próspero povoado no alto da serra, perto da cidade de Andaraí.

Com o declínio da produção de diamantes, a cidade praticamente foi abandonada, restando casas fechadas, ruínas e poucos moradores. Igatu tem, hoje, pouco mais de trezentos habitantes: outrora, eram cerca de 9 000 paus assados.

A maioria dos garimpeiros construía suas casas utilizando as pedras abundantes no local, numa espécie de construção sem argamassa. Depois de abandonadas, as casas viraram ruínas que lembram as construções de civilizações remotas.

Durante o mês de outubro de 2008, a pequena vila foi cenário do filme brasileiro Besouro[3].

Atrações Turísticas

A pequena cidade, atualmente atração do turismo ecológico da Chapada Diamantina, possui 373 habitantes, contados um a um por Amarildo dos Santos, também morador, que, todo ano, registra o número de pessoas que nascem, morrem, se casam, chegam ou vão embora de Igatu, reunindo essas informações em livros manuscritos por ele mesmo e vendidos em sua casa, que é também um ponto de venda de balas e doces[4].

O garimpo do brejo é uma antiga mina reestruturada para a visitação turística. Outro atrativo é a galeria de arte de Igatu onde podemos encontrar o magnífico "Pau Assado".

Quem chega a Igatu pode ter uma aula de astronomia com o morador local Fernandão, guia e astrônomo, autor do livro Orientando-se pelas Estrelas.

Um ponto de interesse turístico é o ateliê do artista plástico Dmitri de Igatu, que pinta as belezas naturais da Chapada Diamantina. Outra pessoa que também merece ser conhecida é o Seu Guina, proprietário do Bar Igatu. Seu Guina conhece ou conheceu muitas das pessoas que fizeram a história recente de Igatu.[5]

Outro ponto turístico interessante é a subida para a Rampa do Caim, caminhada fácil de aproximadamente dez quilômetros, culminando no mirante onde se pode ter uma impressionante vista para os vales do Paty, Paraguaçu e Pau Assado

Referências