Ihsan Abdel Quddous

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ihsan Abdel Quddous
Nascimento 1 de janeiro de 1919
Cairo
Morte 11 de janeiro de 1990 (71 anos)
Cairo
Cidadania Egito
Progenitores
  • Muhammad Abdu-l-Quddus
  • Rose al Yusuf
Filho(a)(s) Muhamad Ihsan Abdel Quddous
Alma mater
Ocupação escritor, jornalista, advogado, romancista
Prêmios

Ihsan Abdel Quddous (em árabe: إحسان عبد القدوس ʼIḥsān ʻAbd al-Quddūs) (1 de janeiro de 1919 - 11 de Janeiro de 1990) foi um romancista, escritor e jornalista egípcio, editor do jornal Al Akhbar e Al-Ahram. Ele é reconhecido por ter escrito muitas novelas que foram posteriormente adaptadas aos formatos de cinema, teatro, televisão e rádio.

Primeiros anos e educação[editar | editar código-fonte]

Abdel Quddous nasceu em uma família muçulmana. Seu passatempo favorito em sua infância era a leitura. Aos onze, ele começou a escrever histórias curtas e poesia.[1] Seu pai, Mohamed Abdel Quddous, ator de cinema e teatro, o motivou a iniciar uma carreira em direito. Ihsan se formou na faculdade de direito em 1942 e começou a trabalhar como advogado. No início de sua carreira, fazia parte da prestigiada firma do famoso advogado egípcio Edward Qussairi.[1] Mais tarde, tornou-se editor do semanário Rose al-Yūsuf, fundado por sua mãe Fatima al-Youssef (reconhecida no mundo da arte como Rose al Yusuf).[2][3][4][5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1944, ele começou a escrever roteiros, histórias curtas e romances. Ele finalmente abandonou a faculdade de direito para dedicar-se a tempo inteiro à escrita. Anos depois ele conseguiu se distinguir como jornalista do jornal Al Akhbar, onde trabalhou por cerca de oito anos. Em seguida, ele entrou no jornal Al-Ahram e tornou-se o editor principal dessa publicação. Ele muitas vezes criticou personalidades importantes em seu país e no mundo, o que lhe valeu uma pena de prisão em três ocasiões enquanto servia como jornalista.[1][2][3][4][5]

Ihsan sempre foi um defensor da mulher egípcia, pelo que a mulher sempre foi o tema central de sua obra literária. Seus textos ajudaram consideravelmente a remover algum preconceitos de género no Egito.[1] Ao contrário de sua literatura, Ihsan era uma pessoa muito conservadora. Ele era conhecido como alguém extremamente rigoroso em casa e de pouca vida pública. Ele escreveu mais de 60 romances e colecções de histórias curtas. Dos seus romances, cinco foram dramatizados, dez foram convertidos em séries de televisão e 49 foram adaptados à tela gigante. Seus trabalhos foram traduzidos para idiomas como inglês, francês, alemão, ucraniano e chinês. Ihsan também foi um dos fundadores do "Clube da História do Egipto".[2][3][4][5]

Vida e falecimento[editar | editar código-fonte]

Seu filho Mohamed Ihsan Abdel Quddous é um renomeado jornalista no Egito.

Um dos primeiros artigos publicados por Ihsan foi um ataque directo ao embaixador britânico Miles Lampson. Em seus artigos denunciou a alguns membros do governo para fornecer armas às tropas durante a Guerra da Palestina, facto que valia pena de prisão. Ihsan foi novamente enviado à prisão em 1954 depois de escrever um artigo intitulado "al-jam'iyya al-sir-riyya al-lati tahkum Misr", que revelou as maquinações de Nasser na crise de Março.[6]

Ihsan Abdel Quddous morreu em 11 de Janeiro de 1990 depois de sofrer um acidente vascular cerebral.[2][3][4][5]

Prémios e reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Ihsan Abdel Quddous recebeu seu primeiro reconhecimento depois de escrever o romance My Blood, My Tears, My Smile (Meu sangue, minhas lágrimas, meu sorriso) em 1973. Dois anos depois, em 1975, recebeu o prémio de melhor roteiro por seu romance A bala ainda está em meu bolso. Ele foi homenageado pelo então presidente Gamal Abdel Nasser com a Ordem do Mérito Egípcio. Após sua morte em 1990, o presidente egípcio Hosni Mubarak honrou a sua memória com a Ordem da República.[1]

Referências

  1. a b c d e «Ihsan Abdel Quddous». Egypt State Information Service. Consultado em 16 de outubro de 2017. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
  2. a b c d «Biography» (em Arabic). Syrian Story. Consultado em 16 de outubro de 2017 
  3. a b c d «Ihsan Abdel Kuddous, An Egyptian Writer, 71». New York Times. 16 de janeiro de 1990. Consultado em 16 de outubro de 2017 
  4. a b c d Bayyoumi, Khalid. «It has been 17 years». Al-Rayah (em árabe). Consultado em 16 de outubro de 2017 
  5. a b c d «Egyptians commemorate Ihsan Abdel Quddous». Al Watan (em Arabic). Consultado em 16 de outubro de 2017 
  6. Biographocal dictionary of Modern Egypt by Arthur Goldschmidt