Indianismo: diferenças entre revisões
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Revisão das 13h48min de 2 de julho de 2013
Na literatura brasileira, o termo Indianismo faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como herói nacional. Foi uma das peculiaridades do Romantismo no Brasil, possuindo ainda menor extensão nas artes plásticas durante o século XIX.
Contexto
Na Europa, o Romantismo foi buscar seu herói nos cavaleiros medievais. No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, pois não houve Idade Média; os portugueses também não poderiam ser os heróis, pois o Brasil acabara de conquistar sua independência, mantendo, por essa razão, ressentimentos em relação aos portugueses; muito menos os negros, vindos da África, pois o pensamento da época não permitia isso. Restaram os índios, a população que habitava o país antes da conquista europeia. Contudo, divergindo do Indianismo, e voz marginal dentro do Romantismo, Castro Alves passou à História como o "Poeta dos Escravos", ao criar poemas abolicionistas como Navio negreiro e Vozes d'África.
Um dos fatos que estimulou o surgimento do Romantismo no Brasil, foi a proclamação da independência em 1822, que, por sua vez, iniciou a definição da identidade brasileira. Conhecidos também como nativistas, povoam seus romances e versos de índios que correm livres em seu meio natural e belo. É importante lembrar, que a preocupação romântica não era reconstituir uma verdade histórica, mas sim encontrar valores apresentáveis à seu público leitor, que na Europa era o cavaleiro medieval, e no Brasil, o índio.
Assim, a primeira vaga da literatura e filosofia sobre a nacionalidade brasileira (a que podemos chamar "nacionalista" ou "indianista"), é marcada pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, influências do medievalismo romântico, criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação "geração indianista". O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores, destacam-se José de Alencar, Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto.
Fases do Indianismo e autores mais destacados
- Indianismo barroco - Padre José de Anchieta;
- Indianismo arcádico - Basílio da Gama, autor do poema épico O Uraguai;
- Indianismo romântico - José de Alencar, na prosa, com os romances O Guarani, Iracema e Ubirajara, entre outros; nas artes plásticas, Moema, de Victor Meirelles, Marabá e O Último Tamoio, de Rodolfo Amoedo[1];
- Indianismo gonçalvino - Gonçalves Dias, na poesia, com poemas espalhados por vários livros, destacando-se I-Juca-Pirama, na qual relata a morte do último remanescente da tribo Tupi, devorado por índios da tribo dos Timbiras ; Marabá; bem como o inacabado Os Timbiras.
Referências
- ↑ Sobre as pinturas indianistas de Rodolfo Amoedo, ver “As pinturas indianistas de Rodolfo Amoedo”, Marcelo Gonczarowska Jorge
Bibliografia crítica
- GRIZOSTE, Weberson Fernandes, A dimensão anti-épica de Virgílio e o Indianismo de Gonçalves Dias,Coimbra, CECH,2011.
Ver também
jose gabriel perna de pau