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Ingestão

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Cobra a comer um sapo

Ingestão é o consumo de uma substância por um organismo. Nos animais, é normalmente realizada introduzindo a substância no tubo digestivo através da boca, como por exemplo comendo ou bebendo. Em organismos unicelulares, a ingestão pode ter lugar através da absorção da substância pela parede celular.

Para além de substâncias nutricionais, outras substâncias que podem ser ingeridas incluem medicamentos, drogas recreacionais e substâncias consideradas não-comestíveis como corpos estranhos ou excrementos. A ingestão é uma rota comum usada por agentes patogénicos e venenos para entrar no corpo.

Agentes patogénicos

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Alguns agentes patogénicos são transmitidos via ingestão, incluindo vírus, bactérias e parasitas, geralmente pela rota fecal-oral. Existe frequentemente um passo intermédio, como beber água potável contaminada por fezes ou comer alimentos preparada por trabalhadores que não lavam as mãos adequadamente, e é mais comum em regiões onde o tratamento do esgoto não é comum. As doenças transmitidas pela rota fecal-oral incluem a hepatite A, a poliomielite e a cólera.

Alguns agentes patogénicos são tipicamente ingeridos por outras vias:

  • As larvas do parasita Trichinella enquistam dentro dos músculos e são transmitidos como um novo hospedeiro come a carne infetada de um antigo hospedeiro.[1]
  • O parasita Dracunculus é ingerido na água potável, que é contaminada com larvas libertadas quando o parasita emerge da pele do hospedeiro.[2]
  • As bactérias do género Salmonella normalmente infetam os seres humanos através do consumo de ovos mal cozinhados.[3]

Corpos estranhos

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Pilhas de relógio são muitas vezes ingeridas por engano, particularmente por crianças e idosos, podendo ser confundidas com um comprimido devido ao seu tamanho e formato, ou inadvertidamente engolidas quando seguradas na boca enquanto a pilha está sendo mudada. A ingestão de pilhas pode causar problemas como o bloqueamento das vias respiratórias, vómitos, irritabilidade, hipersalivação persistente e erupções cutâneas (devido a alergia ao níquel).[4]

A pica é um apetite anormal por objetos não-nutritivos ou alimentos em uma forma na qual não são normalmente comidos, como farinha. A coprofagia é o consumo de fezes, um comportamento comum em alguns animais, como os porcos e os cães.

Controle da ingestão de alimentos em humanos

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Entre os determinantes fisiológicos do controle da fome e saciedade estão fatores neuronais, endócrinos, adipocitários e intestinais. A leptina e a insulina são hormônios secretados em proporção à massa adiposa e atuam perifericamente, estimulando o catabolismo. No sistema nervoso central, a insulina e a leptina interagem com receptores hipotalâmicos, favorecendo a saciedade. Indivíduos obesos têm maiores concentrações séricas destes hormônios e apresentam resistência à sua ação. Os peptídeos intestinais, combinados a outros sinais, podem estimular (grelina e orexina) ou inibir (CCK, leptina e oximodulina) a ingestão alimentar. Todos atuam nos centros hipotalâmicos, que são os grandes responsáveis pelo comportamento alimentar.[5]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Ingestion», especificamente desta versão.

Referências

  1. «Trichinellosis». Centers for Disease Control & Prevention. 2004. Consultado em 17 de abril de 2007 
  2. «Dracunculiasis». Centers for Disease Control & Prevention. 2005. Consultado em 17 de abril de 2007 
  3. Schroeder, Carl M. (2005). et al.. «Estimate of Illnesses from Salmonella Enteritidis in Eggs, United States, 2000». Emerg Infect Dis (serial on the Internet). 11 (1). Consultado em 17 de abril de 2007 
  4. «Battery Ingestion». eMedicineHealth.com. 10 de agosto de 2005. Consultado em 15 de abril de 2007 
  5. Zuleika S. C. Halpern, Mariana Del Bosco Rodrigues,Roberto Fernandes da Costa. «Determinantes fisiológicos do controle do peso e apetite». Arquivado do original em 11 de julho de 2015 
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