Jaime Celestino da Costa

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 Nota: Se procura pelo médico histologista e embriologista, veja Augusto Celestino da Costa.
Jaime Celestino da Costa
Nascimento 16 de setembro de 1915
Lisboa
Morte 2 de fevereiro de 2010 (94 anos)
Lisboa
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação médico, professor

Jaime Augusto Croner Celestino da Costa GCSE GOIP (Lisboa, 16 de setembro de 1915Lisboa, 2 de fevereiro de 2010),[1][2] mais conhecido como Jaime Celestino da Costa, foi uma das figuras marcantes da medicina do século XX. Foi médico e director de serviço no Hospital de Santa Maria e, de 1941 a 1985 professor na Faculdade de Medicina de Lisboa - a mesma em que se licenciou (1938) e doutorou (1948).[3] Foi um cirurgião distinto, tendo sido um dos pioneiros da cirurgia cárdio-torácica em Portugal.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Augusto Celestino da Costa e pelo lado materno, familiar do compositor Jorge Croner de Vasconcelos, cresceu num ambiente profícuo em influências científicas e artísticas. Foi igualmente na infância que se iniciou na arte equestre, na qual se revelou talentoso.[4]

Desde cedo tomou contacto com a Faculdade de Medicina de Lisboa onde visitava com alguma frequência os institutos de Histologia e Embriologia e de Farmacologia, na companhia do pai e de Sílvio Rebello.[3] Este foi pois um dos contributos para que, precocemente e apesar da paixão pela equitação e pela música, tenha decidido que queria ser cirurgião.[4]

Licenciou-se em 1938 pela Faculdade de Medicina de Lisboa, durante o período em que o seu pai era director. Pouco depois, em 1941, concorreu para assistente de Medicina Operatória e Anatomia Cirúrgica iniciando, assim, a sua longa e notável carreira como docente da Faculdade.

Iniciou a sua formação pós-graduado nos Hospitais Civis de Lisboa, particularmente na urgência do Hospital de S. José.

Em 1948 obteve, pela Faculdade de Medicina de Lisboa o grau de Doutor, com a tese "A parede arterial".

Em 1951 concorreu a assistente extraordinário de cirurgia.

Em 1958 passa a exercer o cargo de chefe de Serviço, no Hospital de Santa Maria.

Jubilou-se em 1985, após 44 anos de docência na Faculdade de Medicina de Lisboa. Durante este período, distinguiu-se não só no ensino como igualmente pela luta que travou, na tentativa de que o Hospital de Santa Maria fosse efectivamente um Hospital Escolar, em que a faculdade ocupasse um lugar de destaque e não fosse simplesmente uma "instituição tolerada".[5]

A 24 de agosto de 1985, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública. A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[6]

Jaime Celestino da Costa foi autor de artigos e livros sobre a história da Faculdade, a que se dedicou após a jubilação.

Pelo seu inquestionável contributo para a Faculdade foi homenageado a 27 de Julho de 2005, dando o seu nome a um anfiteatro da área cirúrgica.

Mais tarde, em Novembro de 2005, por decisão unânime dos Conselhos Directivo e Científico da Faculdade, foi homenageado com a Medalha de Honra da Faculdade, a mais elevada distinção por parte desta instituição.

Faleceu a 2 de Fevereiro de 2010 com 95 anos.

Referências

  1. «Falecimento do Prof. Doutor Jaime Celestino da Costa». Universidade de Lisboa 
  2. Celestino da Costa, Jaime (1915-2010).
  3. a b Universidade de Lisboa http://www.fm.ul.pt/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. a b «Um certo conceito de medicina». Gradiva.pt. Arquivado do original em 28 de setembro de 2003 
  5. A geração médica de 1911-origem, realização e destino - Jaime Celestino da Costa
  6. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jaime Augusto Croner Celestino da Costa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de março de 2021