Jardim Botânico da Ajuda: diferenças entre revisões
Linha 58: | Linha 58: | ||
=== Localização === |
=== Localização === |
||
Cimo da Calçada da Ajuda, 1300-010 Lisboa. |
Cimo da Calçada da Ajuda, 1300-010 Lisboa. |
||
*Fazer orgias sexuais |
|||
== Bibliografia == |
== Bibliografia == |
Revisão das 16h27min de 29 de outubro de 2012
Jardim Botânico da Ajuda
| |
---|---|
Vista do Jardim Botânico da Ajuda sobre o Tejo | |
Localização | Santa Maria de Belém, Lisboa |
País | ![]() |
Tipo | Jardim botânico |
Área | c. 35 000 m² |
Administração | Escola Politécnica de Lisboa |
O Jardim Botânico da Ajuda localiza-se na freguesia de Santa Maria de Belém, na cidade de Lisboa. Encontra-se inscrito na BGCI e apresenta programas de conservação para a Agenda Internacional para a Conservação nos Jardins Botânicos, o seu código de identificação internacional é LISI.
História
Em Portugal, o jardim botânico mais antigo é o da Ajuda. A sua história remonta a 1755, depois do Terramoto de Lisboa, em que o rei D. José I transferiu a sua corte, dos arredores da capital, para a Ajuda. Este local foi escolhido por esta zona não ter sido afectada aquando Terramoto. Em 1768, nasceu o Real Jardim Botânico. Domingos Vandelli foi o criador deste jardim, o qual transpôs para a capital portuguesa o jardim botânico da sua cidade natal, Pádua. No entanto, Vandelli não iniciou os trabalhos de construção do jardim sozinho, mas contou com a preciosa ajuda de Júlio Mattiazi, o primeiro jardineiro de Horto Botânico de Pádua.
A construção deste jardim, que tinha apenas como objectivo proporcionar lazer à família real e educar os príncipes e netos do monarca, contava já nos finais do século XVIII uma valiosa colecção com cerca de 5000 espécies.
A primeira invasão francesa, em 1808, arrasa a maior parte das colecções do Real Jardim Botânico, comprometendo o plano expansionista do jardim. A reactivação do jardim só veio a acontecer com o regresso de D. João VI do Brasil e, com a proclamação da República, foi aberto ao público.
Em 1811, o professor da Universidade de Coimbra, Félix de Avelar Brotero, foi nomeado por D. João VI director do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda. A morte de Brotero, em 1828, trouxe à investigação botânica perdas irrecuperáveis. De tal modo que a investigação entrou em decadência. Assim os Jardins Botânicos de Coimbra e da Ajuda deixaram de ser devidamente cuidados, ficando num estado de degradação até meados do século XIX.
Em 1837, o Real Museu e o Jardim Botânico da Ajuda foram confiados à administração da Academia das Ciências de Lisboa. Em 1838, com a fundação da Escola Politécnica de Lisboa, o Jardim Botânico da Ajuda viria a deparar-se com novas perspectivas. A necessidade da Escola Politécnica ter um jardim botânico para o desenvolvimento do seu trabalho, levou a que neste ano o Jardim Botânico da Ajuda e o Real Museu fossem incorporados nesta instituição. Em 1918, o Jardim Botânico da Ajuda foi colocado sob responsabilidade do Instituto Superior de Agronomia (ISA).
Com o furacão dos anos 60 o JBA foi bastante danificado, tendo praticamente chegado ao abandono.
Em 1996, com apoios diversos, incluindo do turimo de Lisboa, a arquitecta Cristina Castel-Branco iniciou o processo de recuperação total do JBA.
Em 2002, com as obras principais de recuperação do JBA terminadas, assumiu a direcção a Engª Dalila Espírito Santo (também responsável pelo herbário do Instituto Superior de Agronomia). Desde aí que todos os esforços têm sido no sentido de aumentar o número de visitantes do jardim, criando uma agenda cultural com actividades lúdicas e educativas permanentes.
O jardim
Descrição
Este jardim do tipo italiano com dois níveis, é um oásis no meio da cidade de Lisboa. Possui 3,5 ha de área[1] e é de acesso pago, excepto para residentes da Junta de Freguesia da Ajuda, bem como aos Domingos de manhã que é aberto a todo o público em geral.
O jardim inclui árvores tropicais e uma das sebes de buxo dentro das maiores da Europa, com cerca de 2 km de cumprimento, desenhando diversos desenhos geométricos em volta de canteiros de flores.
As principais atracções do jardim são:
- o dragoeiro - Dracaena draco - a árvore mais antiga do jardim, com cerca de 400 anos, original da Madeira;
- a «Fonte das 40 bicas» - situada no centro do tabuleiro inferior do jardim, datada do século XVIII com serpentes, peixes alados, cavalos-marinhos, e figuras míticas;
- a vista magnífica que se obtem no terraço superior do jardim para o terraço inferior, tendo como fundo a cidade de Lisboa com o rio Tejo, a ponte e o Cristo Rei;
- o facto de passearem no jardim diversos pavões, entre os visitantes.
Actividades
- No jardim funciona todo o ano a «Associação Portuguesa de Orquideofilia»;
- O Grupo de Teatro Infantil AnimArte tem aqui a sua sede, ensaiando durante todo o ano, com apresentação de temporadas de espectáculos;
- Durante o período lectivo existem mini-cursos de jardinagem para adultos;
- Durante as férias escolares existem cursos de ocupação de tempos livres de jardinagem e teatro para as crianças;
- Festas já habituais: «Festa da Primavera», «Festa do Outono» e «Noite de Halloween» (esta última dinamizada em parceria com o Grupo de Teatro Infantil AnimArte.
- Bater á punheta
Localização
Cimo da Calçada da Ajuda, 1300-010 Lisboa.
- Fazer orgias sexuais
Bibliografia
- Almaça, Carlos. A Natural History Museum of the 18th century: the Royal Museum and Botanical Garden of Ajuda. Lisboa: Museu Bocage, 1996;
- Carvalho, Rómulo de. A história natural em Portugal no Século XVIII. Lisboa: ICLP, 1987;
- Soares, Ana Luísa; Castel-Branco, Cristina. Jardim Botânico da Ajuda. Lisboa: Jardim Botânico d'Ajuda, 1999.
Referências
- http://www.aeist.pt/caloiro/index.php/guia-de-lisboa/jardins
- http://www.portaldojardim.com/modules/articles/article.php?id=50
- A ilustração em Portugal e no Brasil: Cientistas e Viajantes