Jean-Camille Chaigneau

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Jean Camille Chaigneau
Jean-Camille Chaigneau
Nome completo Jean Alexandre Camille Chaigneau
Nascimento 22 de outubro de 1849
Morte 23 de janeiro de 1892
Villeneuve-la-Comtesse, França
Nacionalidade Francesa
Progenitores Pai: Jean Alexandre Chaigneau
Cônjuge Marie Chaigneau
Filho(a)(s) Samuel Chaigneau
Ocupação Escritor Poeta
Principais trabalhos Les mirages (1875), Les chrysanthèmes de marie (1880), Appendice aux chrysanthèmes de marie (1883)
Movimento literário Espiritismo
Principais interesses Espiritualismo Ciência

Jean Alexandre Camille Chaigneau nasceu em 22 de janeiro de 1849[1] (local de nascimento não confirmado) - morreu em 14 de dezembro de 1918 na cidade de Villeneuve-la-Comtesse, França,[2] foi um escritor, poeta, espírita e esperantista francês.

Vida[editar | editar código-fonte]

Estudou medicina, foi convocado para servir como paramédico durante a guerra de 1870 e se tornou prisioneiro de guerra na Alsácia. Mais tarde, passou a ocupar-se de ciências psíquicas e se tornou espírita.[2] Casou-se com Marie Chaigneau e teve um filho,[3] Samuel Chaigneau. Filho de Jean Alexandre Chaigneau (nascimento 23/01/1807, morte 23/01/1892[4]), citado algumas vezes na Revista Espírita (fundada por Allan Kardec), na qual ele assina alguns artigos.[5] Jean Alexandre Chaigneau foi médico e prefeito de Villeneuve-la-Comtesse, França (1871–1878); casou-se em 22/01/1845 com Julie Margherite Martineau (morte 18/03/1900)[6] e teve dois filhos: Jean Alcide Ernest Chaigneau (nascimento 22/01/1845, morte em Paris em 1899),[7] médico e mais tarde (1879-1890) também prefeito de Villaneuve-la-Comtesse,[1] e Jean Camille Chaigneau.

Chaigneau foi poeta e escritor,[7][8][1] participou ativamente na Sociedade Científica de Estudos Psicológicos, fundada por Leymarie em 1878.[9] Foi secretário[10] e presidente[11] da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, e secretário da Société Psychologique, sob a presidência do senhor Pauvety.[12] Em 1883 passa a colaborar com Gabriel Delanne, que o considerava um amigo.[13]

Obras[editar | editar código-fonte]

Ele escreveu vários livros, por exemplo:

  • Les mirages (1875).
  • Les chrysanthèmes de Marie (1880).
  • Appendice aux chrysanthèmes de Marie (1883).
  • Les principes supérieurs de l’etre. Etude comparée d’occultisme et de spiritisme, conférence faite à la Société de Spiritisme Scientifique.
  • Montmartre, histoire simple (1892). Petit roman où l’auteur synthétise les destinées humaines sur la base du Couple immortel.
  • Les harmonies progressives (1902). Essai d’exploration vers les communes destinées.[14]


Tornou-se conhecido na França como poeta e escritor por conta da coletânea de poemas Les Chrysanthèmes de Marie, cujos poemas eram espiritualistas (médiúnicos ou inspirados),[15] e se tornou referência para os espíritas franceses da época.[16] Publica também o teatro espiritualista “Par un clair de lune” na Revista Espírita, em 1912, na qual é mencionado como "doce poeta".[17]

Muitos de seus poemas aparecem na Revue scientifique et morale du spiritisme, de Gabriel Delanne[18] e na Revista Espírita (sob a redação de Pierre-Gaëtan Leymarie até 1901 e de Pierre Leymarie até 1916)[19].

Ele fundou e redigiu a revista L'humanité integrale, sobre Espiritismo e ciências psicológicas (no início chamada de Revue L'immortaliste), muitas vezes mencionada na Revista Espírita e na Revue scientifique et morale du spiritisme.

Escreveu um artigo intitulado "Espiritismo e Língua Internacional" (em francês), publicado em 1907 na Revue scientifique et morale du spiritisme,[20] aparentemente a primeira texto que relaciona o Espiritismo ao Esperanto. No mesmo ano, por ocasião do jubileu de 50 anos do Espiritismo, Chaigneau publica um artigo na Revista Espírita em homenagem a Allan Kardec.[21]

Escreve também para La Revuo, de Carlo Bourlet.[22]

Em dezembro de 1908, publica na revista de Gabriel Delanne o programa e objetivos da Esperanta Psikistaro, sociedade cofundada por ele.[23] Ao final do artigo, G. Dellane faz breve comentário mencionando, por exemplo, um curso de Esperanto que seria dirigido por Chaigneau.[24] Sobre a Esperanta Psikistaro, Chaigneau também publica notas na Revista Espírita, em 1910.[25]

Referências

  1. a b c «Blog Villeneuve-la-Comtesse» (em francês). Consultado em 7 de fevereiro de 2022 
  2. a b Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, jan. 1919, p. 28.
  3. Revue spirite, jun. 1900, p. 432.
  4. Revue spirite jun. 1900, p. 431
  5. Revue spirite feb. 1863; mar./apr. 1865
  6. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, maj. 1900, p. 704; RS, jun. 1900, p. 432; PS, apr. 1900, p. 63
  7. a b Revue spirite, jun. 1900, p. 432.
  8. Revue spirite jan. 1919, p. 30; Les pionniers du spiritisme, Julien Malgras, p. 167
  9. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, jan. 1919, p. 28; RS, maj. 1901, p. 259; RS, jun. 1901, p. 368
  10. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, 1900-1901, p. 746; RS, maj. 1901, p. 259
  11. Le spiritisme, maj. 1889, p. 75
  12. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, jan. 1919, p. 28
  13. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, jul. 1897, p. 9; RSMS, jan. 1919, p. 28.
  14. Les pionniers du spiritisme, Julien Malgras, p. 167.
  15. Le progrès spirite, jan. 1919, p. 31.
  16. Blog Villaneuve-la-Comtesse; Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, jan. 1919, p. 28; RS, jan. 1912, p. 46.
  17. Revue spirite, jan. 1912, p. 46.
  18. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, feb. 1917, p. 105; apr. 1917, p. 187; jul. 1917, p. 277; feb. 1918, p. 60; jan. 1922, p. 22.
  19. Revue spirite, nov. 1901, p. 648, 653
  20. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, dec. 1907, p. 338-339
  21. Revue spirite, jan. 1907, p. 64-68.
  22. La revuo, aŭg. 1912, p. 566
  23. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, dec. 1908, p. 366
  24. Revue scientifique et morale du spiritisme, Gabriel Delanne, dec. 1908, p. 368.
  25. Revue spirite, dec. 1910, p. 41-42.