Jesus Barros Boquady

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Jesus Barros Boquady
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação jornalista, escritor, poeta, romancista

Jesus Barros Boquady (Crateús, Ceará, 22 de abril de 1929Brasília, 8 de dezembro de 2002) foi um jornalista e poeta brasileiro.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jesus Barros Boquady nasceu em 1929 na cidade de Crateús, no interior do Ceará. A família transferiu-se para Goiás na década de 1930, quando ele ainda era uma criança.[3] Moraram em Filadélfia, Araguacema e Miracema do Tocantins, municípios hoje pertencentes ao estado do Tocantins. Em Miracema, em 1934, começou seus estudos primários. Chegou em Goiânia em 1941, onde bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal de Goiás (1954) e licenciou-se em Letras Modernas pela Faculdade de Filosofia.

Em fevereiro de 1956, foi chamado a fazer parte do grupo literário “Os Quinze”. Liderados por Regina Lacerda, reunia poetas da nova geração, também conhecidos como “Geração de 45”. Em 1957, produziram e fizeram circular o único número do jornal Poesia.[2][4][5]

Na mesma cidade, atuou no jornalismo como redator e secretário de redação da Folha de Goiás, redator do Diário da Tarde e do Diário do Oeste, dirigindo suplementos literários desses jornais antes citados e do Jornal de Notícias. Com os jornalistas Genaro Maltez e Antônio Geraldo Ramos Jubé, fundou em Brasília, em 1959, os jornais Primeira Hora e Hora de Brasília.

Por concurso público, tornou-se fiscal e inspetor do trabalho. Foi professor de literatura brasileira, na Faculdade de Filosofia, da Universidade Católica de Goiás.

Em Brasília, foi membro da Associação Nacional de Escritores,[6] trabalhou como delegado de polícia, professor da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal, professor do Centro Universitário de Brasília (CEUB), e finalmente como Analista Legislativo da Câmara dos Deputados Federal, por onde se aposentou.

Em 1990, ganhou o 2º lugar do Prêmio Serzedello Corrêa, de monografias do Tribunal de Contas da União - TCU, com o título O Tribunal de Contas da União e a República.[4]

Está incluído na antologia A Poesia Goiana do Século XX, de Assis Brasil.[7]

os temas da sua produção artística são influenciados pelo imaginário de Dom Quixote e até mesmo pelo cotidiano arquitetônico e social de Goiás, bem como pela história e imaginário do estado
— Gabriel Elias Rodrigues de Souza[8]

Jesus Barros Boquady faleceu em Brasília, no dia 8 de dezembro de 2002.[6]

Obra publicada[editar | editar código-fonte]

  • 1959 - O cego, Bolsa de Publicações da Associação Brasileira de Escritores/seção de Goiás, Prêmio Leo Lynce [4]
  • 1959 - Goiânia: sonho & argamassa (Editora Social Indústria e Comércio)[4] [9]
  • 1961 - Gagárin e Shepard/combateremos o sol (s/ editora)[4]
  • 1968 - Canções do adivinho (Instituto Goiano do Livro)[4]
  • 1971 - Romanceiro Goiano (s/ editora)[1]
  • 1990 - O Tribunal de Contas da União e a República[4]
  • 2001 - Sangue nas asas da garça (Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, Instituto Goiano do Livro)[1][10]
  • Introdução à ciência da cachaça (Ensaio)
  • Vai e colhe uma estrela cadente (Romance)
  • Nunca o homem sozinho
  • Boi chapéu (Poemas)
  • Dicionário de Sinônimos de Cachaça (ABC BSB)[4]

Referências

  1. a b c Jesus Barros Boquady, Associação Nacional de Escritores
  2. a b JORNAL OPÇÃO / GO - OPÇÃO CULTURAL. Dom, 25 de Julho de 2021 TCE - GO (p.1)
  3. «Pesquisador da UFG analisa a história de Goiânia em livro poético de 1959». Jornal UFG. Consultado em 26 de março de 2024 
  4. a b c d e f g h OpenLibrary.org. «Jesus Barros Boquady». Open Library. Consultado em 26 de março de 2024 
  5. «UBE GO». UBE Goiás. 24 de fevereiro de 2022. Consultado em 26 de março de 2024 
  6. a b «Jesus Barros Boquady». anenet.com.br. Consultado em 26 de março de 2024 
  7. A poesia Goiana no Século XX, de Assis Brasil. Rio de Janeiro: Editora Imago, 1999.
  8. Gabriel Elias Rodrigues de Souza. A CIDADE ENTRE A POESIA E O POETA: GEOGRAFIA E LITERATURA EM GOIÂNIA: SONHO E ARGAMASSA DE JESUS BARROS BOQUADY (1959). Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Estudos Socioambientais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2015.
  9. Pesquisador da UFG analisa história de Goiânia em livro poético de 1959, CBN Goiânia 24/10/2019
  10. Boquady, Jesus Barros (2001). Sangue nas asas da garça. [S.l.]: Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, Instituto Goiano do Livro 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]