João Maia da Silva Filho

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 Nota: Para o poeta português, veja João Maia (poeta). Para o político brasileiro, veja João da Silva Maia.
João Maia
Deputado federal pelo Acre
Período 1991–1997
Dados pessoais
Nascimento 4 de novembro de 1941
Santa Branca, SP
Morte 1 de março de 2024 (82 anos)
Rio Branco, Acre
Alma mater Universidade de Montreal
Cônjuge Clece Maria da Cruz Silva
Partido PT, PMDB, PP, PSDB, PFL
Profissão filósofo, professor, produtor rural

João Maia da Silva Filho (Santa Branca, 4 de novembro de 1941Rio Branco, 1 de março de 2024) foi um filósofo, professor, produtor rural e político brasileiro que foi deputado federal pelo Acre.[1]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Filho de João Maia da Silva e Djanira Borges Maia. Formado em Filosofia em 1962 na Universidade de Montreal gerenciou a Cooperativa Agrária dos Trabalhadores e lecionou na Escola Técnica em Cabo de Santo Agostinho onde concluiu o curso de Habitação Rural pela Organização dos Estados Americanos. Em 1966 assumiu a presidência do Sindicato dos Produtores Rurais de Piracicaba e após dois anos tornou-se assessor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura onde permaneceu até 1974. No ano seguinte mudou-se para o Acre onde foi delegado regional da CONTAG nesse estado e em Rondônia além de fundar o Sindicato dos Produtores Rurais do Acre, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre e o Sindicato dos Produtores Rurais em Rondônia.[1]

Ao lado de Chico Mendes foi um dos fundadores do PT no Acre[1] desligando-se do partido com a chegada da Nova República e com o ingresso no PMDB foi nomeado diretor-adjunto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Rio Branco afastando-se do cargo para disputar as eleições de 1986 na qual foi eleito suplente de deputado federal chegando a exercer o mandato por meio de convocação,[1] dividindo suas atenções com os cargos de delegado do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e de subsecretário de Agricultura no governo Flaviano Melo. Eleito deputado federal em 1990 votou pelo impeachment de Fernando Collor em 1992 sendo reeleito pelo PP em 1994[2] migrando para o PSDB e depois para o PFL no curso do mandato.

Renunciou ao mandato em 21 de maio de 1997 sob a acusação de receber dinheiro para votar a favor da Emenda da Reeleição[3] e retirou-se da vida pública[4] sendo substituído na Câmara dos Deputados por Emílio Assmar. Foram citados no caso os deputados federais Chicão Brígido, Zila Bezerra e Ronivon Santiago, sendo que este último também renunciou.[5]

Morte[editar | editar código-fonte]

Maia morreu no dia 1° de março de 2024, aos 82 anos, por complicações de uma infecção pulmonar.[6]

Referências

  1. a b c d «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado João Maia». Consultado em 20 de janeiro de 2014 
  2. «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Acre». Consultado em 20 de janeiro de 2014 
  3. Nome dado à Emenda Constitucional nº 16 de 4 de junho de 1997 que autorizava o presidente da República e os governadores de estado e do Distrito Federal eleitos em 1994 a disputar um novo mandato no exercício do cargo.
  4. Deputado admite sondagem, mas nega ter trocado voto por dinheiro (online). Folha de S. Paulo, 13/05/1997. Página visitada em 20 de janeiro de 2014.
  5. «Revista Veja: rede de escândalos». Consultado em 20 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  6. Ray (1 de março de 2024). «Morre na Capital, aos 82 anos, o ex-deputado federal João Maia». NOTíCIAS DA HORA. Consultado em 3 de março de 2024