Joaquim Peixoto Magalhães
Joaquim Peixoto Magalhães | |
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Nascimento | 3 de maio de 1909 Sé, Porto |
Morte | 16 de outubro de 1999 (90 anos) Faro, Algarve |
Nacionalidade | Portugal |
Ocupação | Professor |
Prémios | Ordem do Infante D. Henrique |
Joaquim da Rocha Peixoto Magalhães ComIH (Sé, Porto, 3 de Maio de 1909 - Faro, Algarve, 16 de Outubro de 1999) foi um professor português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]
Joaquim Peixoto Magalhães nasceu na cidade do Porto, em 3 de Maio de 1909.[1]
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas no Colégio Francês no Porto,[1] e em filologia românica pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.[2]
Carreira profissional[editar | editar código-fonte]
Entre 1930 e 1933, foi professor em Coimbra e em Cernache do Bonjardim.[1] Fez depois o exame de estado do 2.º grupo no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, e foi nomeado como professor agregado no Liceu Nacional de Faro, no Algarve.[1] Permaneceu o resto da sua vida naquela cidade, excepto pelo período de um ano onde esteve no Funchal, no Arquipélago da Madeira.[1] Ascendeu à posição de reitor no Liceu de Faro em 1968.[1] Também foi ensaiador de teatro escolar.[1]
Foi um dos maiores impulsionadores da cultura na cidade de Faro, tendo sido um dos fundadores e directores do Círculo Cultural do Algarve, criado em 1943, e colaborado na formação da Aliança Francesa de Faro.[1] Foi um dos responsáveis pela fundação do Conservatório Regional do Algarve e do Cine Clube de Faro.[2] Fez várias conferências no Algarve, principalmente sobre as grandes figuras da cultura regional, como João de Deus e Manuel Teixeira Gomes.[1] Debruçou-se especialmente sobre o poeta António Aleixo.[1] Pertenceu ao movimento literário da Presença, junto com grandes figuras da cultura portuguesa como Miguel Torga, Branquinho da Fonseca e José Régio.[2] Também escreveu para os periódicos Jornal do Algarve e O Algarve, tendo sido também director deste último.[1]
Também se destacou como benemérito, tendo sido director da Mutualidade Popular do Montepio, e foi um dos criadores da Associação dos Pais e Amigos das Crianças Deficientes.[1]
Falecimento e família[editar | editar código-fonte]
Faleceu em 16 de Outubro de 1999, na cidade de Faro.[1] Casou em Loulé, em 1 de Outubro de 1934, com a professora Célia vasques Formozinho Romero.[1] Teve um filho, Joaquim Antero Romero Magalhães.[1]
Obras publicadas[editar | editar código-fonte]
- Romance do Poeta Aleixo (1959)
- Perfil Literário de Teixeira Gomes (1960)
- Aventura Poética de Emiliano da Costa (1962)
- Ao Encontro de António Aleixo (1977)
- João de Deus esse Desconhecido (1995)
- Pretérito Imperfeito (1996)
- Cartas sem Código Postal (1999) (colectânea dos textos enviados para o Jornal do Algarve)
- O nosso Calendário - Os sete dias da semana (colectânea dos textos enviados para o periódico O Algarve)
Homenagens[editar | editar código-fonte]
Em 1975, foi homenageado pela autarquia de Faro, e em 1984, foi honrado com as Medalhas de Mérito Grau Ouro das cidades de Faro e Tavira.[1] O seu nome foi colocado em artérias de Faro e Albufeira, e na Escola Básica 2, 3 de Faro.[1] Foi homenageado com o grau de comendador na Ordem do Infante D. Henrique, em 9 de Junho de 1995.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q MARREIROS, 2015:176-177
- ↑ a b c CARREGA, Jorge (2018). Breve História da Cultura em Faro (PDF). Faro: União das Freguesias de Faro. p. 59. ISBN 978-989-20-8861-7. Consultado em 11 de Agosto de 2019 – via Sapientia - Repositório da Universidade do Algarve
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Presidência da República Portuguesa. 2011. Consultado em 26 de Novembro de 2018
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8