Joaquim Santos Júnior

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 Nota: Não confundir com o professor e engenheiro António dos Santos Júnior.
Joaquim Santos Júnior
Biografia
Nascimento
Morte
1990 (89 anos)
Águas Santas
Nome nativo
Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior
Nome no idioma nativo
Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior
Cidadania
Alma mater
Atividade
Professor e investigador

Joaquim Santos Júnior (Barcelos, 1901 — Maia, 1990) foi um professor universitário e investigador português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carreira profissional[editar | editar código-fonte]

Licenciou-se em Ciências Histórico-Naturais na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e em Medicina em 1932. Exerceu medicina durante muito pouco tempo, tendo-se dedicado ao ensino e à investigação. Assistente de Antropologia desde 1932, doutorou-se em 1944. Entre 1936 e 1956 realizou várias missões de investigação em Moçambique, um trabalho pioneiro pelo qual continua a ser reverenciado. Foi nomeado assistente da cadeira de Antropologia em 1932 e doutorou-se em 1944, fazendo concurso para Professor Extraordinário em 1948. Realizou diversas missões de estudo antropológico a África, entre 1936 e 1948, numa das quais, quando pretendia caçar uma borboleta rara, deu uma grave queda que lhe provocou alguma surdez, pelo que passou a usar um aparelho auditivo, além de uma deficiência permanente numa das pernas, o que o obrigou a ter de caminhar apoiado numa bengala.

Discípulo e continuador do Prof. Dr. Mendes Correia, foi director do Instituto de Antropologia da Universidade do Porto, que tem o nome daquele ilustre professor. Publicou dezenas de artigos académicos e várias obras, sobre Antropologia, Etnografia, Pré-História e Zoologia nomeadamente. Alguns desses artigos tiveram como cenário a cidade da Maia, destacando-se a descoberta e as primeiras referências, tanto em Portugal como no Estrangeiro, à Pedra Partida de Ardegães que contém, numa das faces, inscrições que se admitem pré-históricas. Nas Caldas Santas de Carvalhelhos, termas que frequentava com relativa assiduidade, para descanso e tratamento e onde era amigo do seu director-clínico, Augusto Gonçalves Moreno, com quem se cruzara na Faculdade de Medicina, fez a descoberta de um castro romano cujas escavações dirigiu pessoalmente iniciando-as à sua própria custa e só mais tarde obtendo um pequeno subsídio do Estado. Foi destacado membro da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Martins Sarmento, da Real Academia Galega, do Institut International d’Anthropologie e da Société Etnographique de Paris.

Santos Júnior foi ainda um prolifico ornitólogo, tendo sido pioneiro da anilhagem científica de aves e fundador da Reserva Ornitológica de Mindelo.

Morte[editar | editar código-fonte]

Morreu em 1990, em Águas Santas, no concelho da Maia, na casa onde sempre viveu quando em território nacional. Foi um professor exigente e uma personalidade notável que sempre se impôs pela sua simplicidade e simpatia aliadas a uma sólida cultura. O seu nome consta da lista de colaboradores da revista Feira da Ladra [1] (1929-1943)

Referências

Bibliografia adicional[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Rodrigues, José Paz (18 de junho de 2009). «Santos Júnior e os galegos». www.pglingua.org. Asociaçom Galega da Língua, Portal Galego da Língua. Consultado em 5 de outubro de 2010 
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