José Maria Velho da Silva

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José Maria Velho da Silva
Nascimento 3 de março de 1811
Rio de Janeiro
Morte 1 de junho de 1901
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, poeta, romancista

José Maria Velho da Silva (Rio de Janeiro, 3 de março de 1811 - Rio de Janeiro, 1 de junho de 1901) foi um romancista, orador, poeta, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mordomo da Casa Imperial, superintendente da Imperial Fazenda de Petrópolis e professor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Velho da Silva empregou grande parte de sua vida no serviço particular do imperador D. Pedro II e durante alguns anos exerceu interinamente o cargo de mordomo da Casa Imperial.

No último tratado de retórica adotado pelo Colégio Pedro II no século XIX, fez muitas considerações sobre o romance, gênero relativamente novo no Brasil. As suas Lições de Retorica, substituíram o tratado de Honorato de 1882, três anos após o autor ter assumido a disciplina de “Retórica, Poética e Literatura Nacional” no imperial estabelecimento de ensino. Assim como aquele que o antecedera na disciplina, considerava o romance um gênero secundário em prosa, que se assemelhava às cartas, uma vez que ambos tratavam de “fatos moraes menos importantes e menos elevados”. Enquanto estas últimas expressavam os sentimentos da vida privada ocorridos dia-a-dia, os romances, contos e novelas, alegava, narravam as aventuras e paixões imaginárias:

"O romance, o conto e a novella, são narrações de aventuras e de paixões imaginarias. O romance propriamente dito, é uma serie de ficção com as quaes o autor tem por fim deleitar o espírito e aperfeiçoar o coração de seus leitores." (VELHO DA SILVA, 1882, p. 235).

Segundo José Veríssimo, na sua História da literatura brasileira, pertenceu como poeta à primeira fase romântica brasileira, embora, como teórico fosse afeito ao estudo da retórica, vinculada à estética antecedente. É autor de um único romance, Gabriela (1875), comparado às Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida. A segunda edição é do ano seguinte.

Sua extensa obra se divide ainda em livros didáticos, biografias, discursos e estudos variados. Foi nomeado conselheiro.

Referências gerais[editar | editar código-fonte]

  • COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global, s/d.
  • SOUZA, Roberto Acízelo de. O império da eloqüência: retórica e poética no Brasil oitocentista. Rio de Janeiro: EdUERJ/EdUFF, 1999.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • 1868 Canto à Independência do Brasil, poesia;
  • 1875 Gabriela, romance e novela, Imprensa Industrial;
  • 1876 Silabário ou compêndio de leitura elementar para servir de introdução ao primeiro livro da…, outros;
  • 1876 Ovídio e castilhos, outros;
  • 1877 Incentivos de eloqüência, outros;
  • 1878 Literatura, outros;
  • 1880 Dirceo, poesia;
  • 1881 Lições de retórica para uso da mocidade brasileira, precedidas de um prólogo e de diversos…, outros;
  • 1881 Poliantéia comemorativa, outros;
  • 1884 Relatório dos acontecimentos notáveis no ano letivo do Colégio Pedro II de 1883, outros;
  • 1889 Discurso pronunciado na augusta presença de suas majestades imperiais, no imperial Colégio…, outros;
  • 1889 Discurso pronunciado, etc., na colação de gaus de bacharéis em Letras, outros;
  • 1895 Homens e fatos da história pátria, biografia;
  • 1898 Cântico, outros;
  • Carta, poesia, s/d;
  • Poesia dos Hebreus, outros, s/d;
  • Questões da atualidade, outros, s/d.