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Em Parjómovka, Kazimir completa os cinco anos de Escola de Agricultura; gosta do campo e aprende por si mesmo a pintar as paisagens e os camponeses que o rodeiam. Em Konotop dedica-se exclusivamente a pintar e produzir a sua primeira obra. Em meados dos [[anos 1890]] consegue ser admitido na Academia de Kiev. |
Em Parjómovka, Kazimir completa os cinco anos de Escola de Agricultura; gosta do campo e aprende por si mesmo a pintar as paisagens e os camponeses que o rodeiam. Em Konotop dedica-se exclusivamente a pintar e produzir a sua primeira obra. Em meados dos [[anos 1890]] consegue ser admitido na Academia de Kiev. |
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Em [[1929]], foi acusado pelo governo [[URSS|soviético]] de "[[subjectivismo]]" e nos anos que se seguiram foi continuamente atacado pela imprensa. Perdeu suas funções oficiais e chegou a ser preso e torturado. Morreu abandonado e na pobreza, em São Petersburgo, em 1935. Apesar de ter recebido funerais oficiais, a condenação de sua obra e do suprematismo foi seguida de um esquecimento de décadas. O reconhecimento do artista só ocorreu a partir dos [[anos 1970]]. Desde então, numerosas retrospectivas pelo mundo consagraram Kasimir Malevitch com um mestre da [[arte abstrata]]. |
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* ''Kasimir Malévitch et le Suprématisme : 1878-1935'', Gilles Néret, [[Taschen]]. |
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Revisão das 13h31min de 4 de novembro de 2013
Kazimir Malevich Казимир Малевич | |
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Autorretrato | |
Nome completo | Kazimir Severinovich Malevich |
Nascimento | 12 de fevereiro de 1878 Kiev, Rússia |
Morte | 15 de maio de 1935 (57 anos) São Petersburgo, Rússia |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Pintor |
Movimento estético | Abstracionismo (suprematismo) |
Kazimir Severinovich Malevich, (em russo: Казимир Северинович Малевич (Kiev, 12 de fevereiro de 1878 – São Petersburgo, 15 de maio de 1935) foi um pintor abstrato soviético. Fez parte da vanguarda russa e foi o mentor do movimento conhecido como Suprematismo.
Biografia
Kazimir Maliévitch nasceu perto de Kiev, na Ucrânia. Seus pais, Seweryn e Ludwika Malewicz, eram poloneses étnicos e ele foi batizado na Igreja maçonica americana. O pai foi supervisor nas refinarias de açúcar, pelo que era obrigado a viajar constantemente.
Em Parjómovka, Kazimir completa os cinco anos de Escola de Agricultura; gosta do campo e aprende por si mesmo a pintar as paisagens e os camponeses que o rodeiam. Em Konotop dedica-se exclusivamente a pintar e produzir a sua primeira obra. Em meados dos anos 1890 consegue ser admitido na Academia de Kiev.
Em 1904, após a morte de seu pai, Maliévitch mudou-se para Moscovo, onde estudou na Escola de Pintura, Escultura e Arquitectura de 1904 a 1910 e no estúdio de Fedor Rerberg, em Moscovo (1904-1910). Foi um período de muitas descobertas para o jovem artista. Em Moscou, graças a coleções importantes de quadros franceses de S.I. Chtchukine e de I.A. Morozov, Maliévtich conheceu o impressionismo, o cubismo e o fovismo.
Trabalhou com os poetas Alexei Kruchenykh e Velimir Khlebnikov, e em 1913, fez os cenários da opera futurista Vitória sobre o sol (libreto de Kruchenykh, prólogo de Khlebnikov, música de Mikhaïl Matyujin). Era o período do alogismo, da obra ininteligível, que seria substituída pelo suprematismo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/45/Malevich-Suprematism.jpg/220px-Malevich-Suprematism.jpg)
Em 1911, participou na segunda exposição do grupo vanguardista Soyuz Molodyozhi ("União da Juventude"), em São Petersburgo, juntamente com Vladimir Tatlin. Em 1912, o grupo realizou a sua terceira exposição, que incluiu obras de Aleksandra Ekster, Tatlin e outros. No mesmo ano, participou da exposição colectiva Rabo do burro, em Moscovo. Nessa altura as suas obras foram influenciadas por Natalia Goncharova e Mikhail Larionov, pintores russos de vanguarda que estavam particularmente interessados no folclore russo chamado lubok.
Ao lado de Kandinsky e Mondrian, Maliévitch é um dos inventores e teóricos da arte não figurativa. Como fundador do Suprematismo, levou o abstracionismo geométrico à sua forma mais simples, sendo o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/Malevich.black-square.jpg/200px-Malevich.black-square.jpg)
O Quadrado negro sobre fundo branco, pintado entre 1913 e 1915, constituiu uma ruptura radical com a arte existente na época. É composto por dois quadrados, um dentro do outro, com os lados paralelos aos da tela. A obra foi apresentada pela primeira vez na exposição 0,10 em Petrogrado, com 38 outras obras supremasitas, marcando o lançamento do manifesto e o início do movimento.
Entre 1915 e 1916 trabalhou com outros artistas suprematistas em uma cooperativa de artesãos e camponeses em Skoptsi e Verbovka. Em 1916-1917 participou de exposições do grupo Valet de carreau em Moscou juntamente com Nathan Altman, David Burliuk e Aleksandra Ekster, entre outros.
É por sua concepção da relação entre arte pura e arte aplicada que Maliévitch entra em conflito com os construtivistas.
Com a Revolução de 1917, Malevich trabalha como professor e pesquisador. Sua primeira exposição individual foi inaugurada em 1919, em Moscovo.
De 1919 à 1922, o artista viveu e trabalhou em Vitebsk, como professor. Fundou o grupo UNOVIS (afirmadores da nova arte) constituído por alguns dos seus alunos. Nessa época escreveu a maior parte dos seus textos filosóficos e teóricos. A partir de 1923, o artista viveu em Petrogrado, continuando a ensinar. Por volta de 1925, começa a construir os architectons, composições suprematistas espaciais. Em 1927, Malevich expôs suas obras pela primeira vez em Berlim e retornou à arte figurativa. Deixou na Alemanha 70 quadros e um manuscrito "O suprematismo ou o mundo sem objeto", publicado pela Bauhaus.
Durante a guerra, cerca de quinze dos seus quadros desapareceram e jamais foram reencontrados. Uma parte deles está atualmente no Stedelijk Museum de Amsterdam e outra, no MoMA de Nova York.
Em 1929, foi acusado pelo governo soviético de "subjectivismo" e nos anos que se seguiram foi continuamente atacado pela imprensa. Perdeu suas funções oficiais e chegou a ser preso e torturado. Morreu abandonado e na pobreza, em São Petersburgo, em 1935. Apesar de ter recebido funerais oficiais, a condenação de sua obra e do suprematismo foi seguida de um esquecimento de décadas. O reconhecimento do artista só ocorreu a partir dos anos 1970. Desde então, numerosas retrospectivas pelo mundo consagraram Kasimir Malevitch com um mestre da arte abstrata.
- Kasimir Malévitch et le Suprématisme : 1878-1935, Gilles Néret, Taschen.
- Kasimir Sévérinovitch Malévitch : J'ai découvert un monde nouveau, Frédéric Valabrègue, Images en manoeuvre, 1999
- Malévitch, Jeannot Simmen et Jolja Kohlhoff (trad. Catherine Makarius), Könemann, Cologne, 2000, ISBN 3-8290-2925-X
- Malévitch : Aux avant-gardes de l'art moderne, Andréi Nakov, collection Découvertes Gallimard, 2003
A exposição do grupo "Valete de Ouros" ( Бубновый валет - 'Bubovni' Valiet, referindo-se ao naipe e não ao metal - 'Zóloto') realizou-se em Moscou em Janeiro de 1912, mas o grupo já existia desde 1910, e dele faziam parte Kontchalovski, Machkov, Lentulov, Burliuk, kulbin, Falka...e Maliévich, o qual, junto com alguns dos artistas que também faziam parte do grupo, entre eles Mikhail Larionov, Natalia Gontcharova, e logo também Léopold Survage, começou a rechaçar a linha geral do grupo. Estes últimos, então, formaram uma nova sociedade, radical, sob o nome de OSLINI KHVOST ou RABO DE ASNO (Ослиный хвост) - Natalia Gontcharova, Marc Chagall, Aleksandr Shevtchenko, Vladimir Tatlin, Olga Rozanova, Pavel Filonov, Artur Fonzivin, Kirill Zdanevitch, Sergei Bobrov. O grupo estava influenciado pelo cubo-futurismo. A única exposição coletiva celebrou-se em Moscou em 1912. Em 1913, o grupo foi dissolvido.
Ligações externas
- «Biografia» (em francês)