Konstantin Biebl

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Konstantin Biebl
Konstantin Biebl
Nascimento 26 de fevereiro de 1898
Slavětín (Ústí nad Labem)
Morte 12 de novembro de 1951 (53 anos)
Praga
Cidadania Checoslováquia
Cônjuge Marie Bieblová
Ocupação escritor, poeta, prosista
Movimento estético surrealismo, Poetism
Causa da morte queda
Assinatura

Konstantin Biebl (Slavětín, 26 de fevereiro de 1898 — Praga, 12 de novembro de 1951) foi um escritor, poeta e colaborador do cinema checo [1] que integrou a partir de 1921 a corrente expressionista Literární skupina na cidade de Brno e, a partir de 1924 o grupo Devětsil, ou já em 1923, conforme o Mestre em Lingüística e doutor em Semiótica e Lingüística Geral pela Universidade de São Paulo, o professor Aleksandar Jovanovic [2].

Vida[editar | editar código-fonte]

Lutou na Primeira Guerra Mundial, tendo combatido na Galiza. Em 1934 se torna um dos fundadores do grupo surrealista checo e protesta publicamente em 1938 pela forma como o grupo liderado por Vítěslav Nezval foi dissolvido.

Durante e depois a Segunda Guerra Mundial trabalhou com atividades envolvendo o cinema e também como funcionário público em um ministério.

Sofrendo de pancreatite e de depressão por motivos políticos relacionados à desconfiança contra os poetas de vanguarda do período anterior à Segunda Guerra Mundial, apontada também como de causas hereditárias, suicidou-se, conforme o estatal Instituto para Literatura Checa da República Checa (Ústavu pro českou literaturu AV ČR').

Poesia[editar | editar código-fonte]

Placa em homenagem a Konstantin Biebl em Praga.

É citado por Aleksandar Javanovic como o maior dos surrealistas checos, ao lado de Vítěslav Nezval.

Autor inicialmente de uma poesia meramente proletária e logo influenciado pelo poeta Jiri Wolker, evoluirá, a partir de 1923, quando o grupo Devetsil passa a defender uma "nova poética", que seria a própria inexistência desta, relacionada ao chamado "poetismo", criado por Nezval e Karel Teige, para o Surrealismo, retornando às anteriores conquistas das vanguardas.

Em 1951 ainda, ano de sua morte, lança uma antologia de poema feitos entre 1940 e 1950. Sem perder as convicções comunistas, além de combater o Nazismo e o Imperialismo e ser defensor da paz, criou versos satíricos, manifestos e panfletos, nos quais defendeu a autonomia da poesia contra os padrões dogmáticos postulados pela crítica contemporânea sua e contra as políticas culturais de seu país.

As características desta coletânea foram consideradas a base da proposta criativa de Biebl e atraíram a atenção de poetas iniciantes como Miroslav Florian, Milan Kundera e Karel Šiktanc [1]..

Obras de poesia e ficção em geral, em forma resumida[editar | editar código-fonte]

  • Cesta k lidem (1923, com A. Rážem) - Caminho para o povo, poesia, contendo 13 poemas de Biebl;
  • Věrný hlas (1924/1925) - Fiel voz, histórias curtas;
  • Zlom (1925) - Ruptura, histórias curtas;
  • Zloděj z Bagdadu (1925) - Ladrão de Bagdá, poesia.
  • Zlatými řetězy (1926) - Cadeias de ouro;
  • Modré stíny (1926) - Sombras azuis, poesia;
  • S lodí jež dováží čaj a kávu (1927, incluindo versos de Modré stíny) - O navio que importou chá e café, poesia;
  • Nový Ikaros (1929)- Novo Ícaro, poesia;
  • Nebe peklo ráj (1930/1931) - Céu inferno paraíso, poesia;
  • Plancius (P 1931);
  • Zrcadlo noci (1939) - Espelho da noite, poesia;
  • SKN – Na paměť národního umělce soudruha St. K. Neumanna (1947, edição do autor) - SKN - Em memória do artista nacional, camarada St. K. Neumanna;
  • Bez obav (1951) - Não se preocupe, antologia de poemas de 1940 a 1950;
  • Cesta na Jávu (1958) - Caminho para Java;
  • Hvězda (1961) - Estrela.

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Janouška, Pavla. Slovníku českých spisovatelů. Ústavu pro českou literaturu AV ČR. Praga. 1995/1998.
  • JAVANOVIC, Aleksandar. Céu vazio – 63 poetas eslavos. Hucitec. Brasil. São Paulo. 1996.