Leopoldo, Príncipe Regente da Baviera
Leopoldo | |
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Príncipe da Baviera | |
Príncipe Regente da Baviera | |
Reinado | 10 de junho de 1886 a 12 de dezembro de 1912 |
Monarca | Oto |
Nascimento | 12 de março de 1821 |
Wurtzburgo, Baviera | |
Morte | 12 de dezembro de 1912 (91 anos) |
Munique, Baviera | |
Sepultado em | Theatinerkirche, Munique, Alemanha |
Nome completo | |
Luitpold Karl Joseph Wilhelm von Bayern | |
Esposa | Augusta da Áustria |
Descendência | Luís III da Baviera Leopoldo Teresa Arnulfo |
Casa | Wittelsbach |
Pai | Luís I da Baviera |
Mãe | Teresa de Saxe-Hildburghausen |
Leopoldo, príncipe regente da Baviera (Leopoldo Carlos José Guilherme Luís da Baviera; Wurtzburgo, 12 de março de 1821 — 12 de dezembro de 1912) foi o regente e de facto rei da Baviera de 1886 até a sua morte, devido à incapacidade de seus sobrinhos, Luís II e Oto.[1][2]
Questão do trono grego
[editar | editar código-fonte]Leopoldo nasceu em Wurtzburgo, como o terceiro filho do rei Luís I da Baviera e de sua esposa, a princesa Teresa de Saxe-Hildburghausen. Ele era o irmão mais jovem de Maximiliano II da Baviera e do rei Oto I da Grécia. Além de estar na linha de sucessão ao trono da Baviera, Leopoldo também era o herdeiro presuntivo do trono da Grécia, uma vez que seu irmão Oto não tinha filhos. Entretanto, a lei grega exigia que o herdeiro de Oto se convertesse à Igreja Ortodoxa, para se tornar o futuro rei, e Leopoldo não desejava isso. Oto foi deposto em 1862, sendo substituído por um príncipe dinamarquês que se tornaria o rei Jorge I da Grécia, e morreu cinco anos depois, abandonando Leopoldo e seus descendentes como representantes da reivindicação dele. Contudo, Leopoldo nunca reivindicou nada.
Regência e morte
[editar | editar código-fonte]Em 10 de junho de 1886, o sobrinho de Leopoldo, o rei Luís II, foi declarado mentalmente incompetente, o que fez Leopoldo ser nomeado regente. Após a misteriosa morte de Luís II, ocorrida poucos dias depois, ele continuou a servir como regente para o novo rei, Oto, o irmão louco de Luís II.
Leopoldo foi acusado de ter sido o assassino de seu sobrinho, mas o afável e decoroso príncipe acabou se tornando um dos governantes mais populares da Baviera. Uma de suas primeiras ações (em 1º de agosto de 1886) foi abrir muitos dos palácios de Luís II ao público.
A regência de Leopoldo foi marcada por atividades culturais e artísticas na Baviera, que prosperou sob um governo liberal, e Munique se tornou um centro cultural da Europa. O escritor Thomas Mann escreveu sobre esse período. Há muitas ruas nas cidades bávaras nomeadas em sua honra, bem como várias instituições e inclusive um bolo.
Leopoldo serviu como regente até a sua morte, em 1912, causada por bronquite. Ele foi sucedido por seu filho mais velho, Luís. Seu corpo está enterrado em Theatinerkirche, Munique.
Família
[editar | editar código-fonte]No dia 15 de abril de 1844, em Florença, Leopoldo desposou a arquiduquesa Augusta Fernanda de Áustria-Toscana, a segunda filha de Leopoldo II, grão-duque de Toscana. Eles tiveram quatro filhos:
- Luís III, rei da Baviera (1845-1921), casou-se com a arquiduquesa Maria Teresa de Áustria-Este;
- Leopoldo, príncipe da Baviera (1846-1930), casou-se com a arquiduquesa Gisela da Áustria;
- Teresa, princesa da Baviera (1850-1925), não se casou;[2]
- Arnulfo, príncipe da Baviera (1852-1907), casou-se com a princesa Teresa de Liechtenstein, com quem teve um filho, Henrique Leopoldo (1884-1916), morto em ação durante a Primeira Guerra Mundial.
Referências
- ↑ Bekker, Henk (2012). Munich and Bavaria Adventure Guide (em inglês). Madison: Hunter Publishing, Inc. p. 19
- ↑ a b Creese, Mary R. S.; Creese, Mary R. S.; Creese, Thomas M. (2004). Ladies in the Laboratory II: West European Women in Science, 1800-1900 : a Survey of Their Contributions to Research (em inglês). Lanham: Scarecrow Press. p. 124