Limão negro

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Limão negro
Limão negro
Loomi inteiro à venda em um mercado em Manama, Bahrein.
Categoria Alimento desidratado
País Oman, Irã, Iraque
Região Oriente Médio
Receitas: Limão negro   Multimédia: Limão negro

O limão seco, também conhecido como: limão negro;[1] noomi basra (Iraque);[2] limoo amani (Irã); e loomi (Omã),[3] é um limão que perdeu seu teor de água, geralmente após ter passado a maior parte do tempo secando ao sol. Eles são usados inteiros, fatiados ou moídos, como tempero em pratos do Oriente Médio. Originários do Golfo Pérsico[4][5] - daí o nome iraniano limoo amani e o nome iraquiano noomi basra ("limão de Basra") - os limãos secos são populares na culinária do Oriente Médio.

Usos[editar | editar código-fonte]

Limões negros são usados para adicionar um sabor azedo aos pratos, por meio de um processo de talha.[6] Na culinária persa, eles são usados para dar sabor a ensopados e sopas.[7] Em todo o Oriente Médio, eles são cozidos com peixes, enquanto no Iraque, são adicionados a quase todos os pratos e recheios.[3] Eles também podem ser usados para fazer chá de limão negro. O limão negro em pó também é usado como ingrediente no baharat (uma mistura de especiarias) no estilo do Oriente Médio. É um ingrediente tradicional nas cozinhas da Arábia Saudita, Iraque e outros países do Golfo Pérsico.

Limões persas negros secos e moídos.

Sabor[editar | editar código-fonte]

Os limões negros têm um sabor bastante pronunciado. Eles possuem um gosto azedo e cítrico, semelhante ao dos limões frescos, mas com um toque terroso e ligeiramente defumado, e não possuem a doçura dos limões frescos. Como são preservados, também apresentam um sabor levemente amargo e fermentado, mas as notas amargas estão principalmente concentradas na casca e nas sementes do limão.

Chá[editar | editar código-fonte]

O chá de limão negro é um tipo de chá de ervas feito a partir de limões negros e é uma bebida popular no Iraque, onde é usado para ajudar na digestão, diarreia e náuseas.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Mallos, Tess (2007). Middle Eastern Cooking (em inglês). VT, USA: Tuttle Publishing|Periplus Editions. p. 16. ISBN 9780794650346 
  2. Ayelet's Comfort (2015). «What is Noomi Basra?» (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 2 de dezembro de 2015 
  3. a b Basan, Ghillie (2007). Middle Eastern Kitchen (em inglês). NY, USA: Hippocrene Books Inc. 78 páginas. ISBN 9780781811903 
  4. Billock, Jennifer (15 de novembro de 2017). «Heard of Black Lime? Here's How To Use It.». tales of the cocktail (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2018 
  5. GERSHENSON, GABRIELLA (27 de julho de 2011). «SOUR POWER: COOKING WITH DRIED LIMES». saveur (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2018 
  6. Butcher, Sally (2012). «Legumes and Pulses». Veggiestan: A Vegetable Lover's Tour of the Middle East (em inglês). London, UK: Pavilion Books. ISBN 9781909108226 
  7. Shafia, Louisa (16 de abril de 2013). The New Persian Kitchen (em inglês). CA, USA: Ten Speed Press. 10 páginas. ISBN 9781607743576