O Livro de Mórmon: diferenças entre revisões

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O Livro de Mórmon é um "volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia" e faz um "registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas" além de "conter a plenitude do Evangelho eterno".<ref name="ReferenceA">(O Livro de Mórmon | Pref. Introdução:3)</ref>
O Livro de Mórmon é um "volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia" e faz um "registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas" além de "conter a plenitude do Evangelho eterno".<ref name="ReferenceA">(O Livro de Mórmon | Pref. Introdução:3)</ref>


De acordo com o relato do próprio livro, ele foi escrito por muitos [[profeta]]s antigos, pelo "[[espírito]] de profecia e revelação". Suas palavras, escritas originalmente em placas de ouro, foram resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon e por este motivo o livro tem este nome até hoje. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. "'Uma' veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como [[nefitas]] e [[lamanitas]]. A 'outra' veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como [[jareditas]]. Milhares de anos depois (segundo a obra) foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que (de acordo com os relatos descritos na obra) são os principais antepassados dos [[índio]]s americanos".<ref name="ReferenceA"/>
De acordo com o relato do próprio livro, ele foi escrito por muitos [[profeta]]s antigos, pelo "[[espírito]] de profecia e revelação". Suas palavras, escritas originalmente em placas de ouro, foram resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon e por este motivo o livro tem este nome até hoje. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. "'Uma' veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como [[nefitas]] e [[lamanitas]]. A 'outra' veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como [[jareditas]]. Milhares de anos depois (segundo a obra) foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que (de acordo com os relatos descritos na obra) são os principais antepassados dos [[índio]]s americanos".<ref name="ReferenceA"


e os momos da mamae e as vacas
Estes registros teriam sido mantidos por profetas que viveram entre esses povos, até que [[Mórmon]], um desses profetas, fez uma compilação desses anais num único volume, gravado em placas de metal. [[Morôni]], filho de Mórmon, recebeu essas placas e acrescentou nas mesmas o seu próprio registro, e ocultou-as segundo orientação que acreditava ser divina.


[[Ficheiro:The Hill Cumorah by C.C.A. Christensen.jpeg|thumb|250px|left|thumb|O anjo [[Morôni]], na Colina Cumorah, Nova York, entrega a Joseph Smith Jr. as placas de ouro em 1823]]
[[Ficheiro:The Hill Cumorah by C.C.A. Christensen.jpeg|thumb|250px|left|thumb|O anjo [[Morôni]], na Colina Cumorah, Nova York, entrega a Joseph Smith Jr. as placas de ouro em 1823]]

Revisão das 19h17min de 11 de junho de 2013

O Livro de Mórmon - Um Outro Testamento de Jesus Cristo - edição missionária de 2006
Série temática sobre os
Santos dos Últimos Dias
História
Primeira Visão
Crise na sucessão
Escrituras-padrão
Livro de Mórmon
Doutrina e Convênios
Pérola de Grande Valor
Bíblia
Importantes líderes
Joseph Smith Jr. · Oliver Cowdery
Sidney Rigdon · Brigham Young
Publicações Periódicas (em português)
A Liahona
Doutrinas
Regras de fé
Estrutura
Primeira Presidência
Quórum dos Doze Apóstolos
Quórum dos Setenta
Conflitos
Guerra Mórmon · Guerra de Utah
Legião Nauvoo · Batalhão Mórmon
Ramificações
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Comunidade de Cristo
Bickertonitas · Strangitas
Igreja de Cristo (Lote do Templo)


O Livro de Mórmon é uma das quatro obras-padrão de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. As demais obras são a Bíblia, a Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor.

A exemplo da Bíblia, o Livro de Mórmon é uma coleção de pequenos livros, ou uma biblioteca. Note-se que dentre estes pequenos livros há um homônimo Livro de Mórmon escrito pelo mesmo Mórmon a quem se credita a compilação da biblioteca que leva seu nome. É chamado pelos mórmons de "O outro testamento de Jesus Cristo".

Os santos dos Últimos Dias são comumente chamados mórmons devido a este livro.

Resumo

O Livro de Mórmon é um "volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia" e faz um "registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas" além de "conter a plenitude do Evangelho eterno".[1]

De acordo com o relato do próprio livro, ele foi escrito por muitos profetas antigos, pelo "espírito de profecia e revelação". Suas palavras, escritas originalmente em placas de ouro, foram resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon e por este motivo o livro tem este nome até hoje. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. "'Uma' veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas. A 'outra' veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como jareditas. Milhares de anos depois (segundo a obra) foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que (de acordo com os relatos descritos na obra) são os principais antepassados dos índios americanos".Erro de citação: Parâmetro inválido na etiqueta <ref> "O livro expõe as doutrinas do evangelho, delineia o plano de salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro."

[1]

Os nomes e a ordem dos livros do Livro de Mórmon

  1. Primeiro Livro de Néfi
  2. Segundo Livro de Néfi
  3. Livro de Jacó
  4. Livro de Enos
  5. Livro de Jarom
  6. Livro de Ômni
  7. As Palavras de Mórmon
  8. Livro de Mosias
  9. Livro de Alma
  10. Livro de Helamã
  11. Terceiro Néfi
  12. Quarto Néfi
Livros do Livro de Mórmon
  1. Livro de Mórmon
  2. Livro de Éter
  3. Livro de Morôni

Críticas sobre o Livro de Mórmon

A autenticidade do Livro de Mórmon é contestada pela quase totalidade dos arqueólogos, etnólogos, linguistas e historiadores, que apresentam, entre outras, estas incoerências:

  • Os povos descritos no Livro de Mórmon já aparentam estar na Idade do Ferro, mas os ameríndios da época da chegada de Colombo ainda estavam na Idade da Pedra Polida (não fabricavam instrumentos metálicos). Porém arqueólogos mórmons atestam que esse não era necessariamente o caso; as espadas descritas nas batalhas do Livro de Mórmon poderiam ser feitas de outros materiais como a obsidiana, uma espécie de vidro vulcânico. Os espanhóis encontraram esse tipo de armas entre os guerreiros astecas, às quais chamavam de Macuahuitl. A descrição do começo do Livro em que o profeta Néfi, recém-chegado de Jerusalém, começa a ensinar seu povo a trabalhar com metais pode ter sido idiossincrática àquele curto período, não necessariamente criando uma Idade do Ferro. Além disso, recentes descobertas trazem à luz várias evidências sugerindo que os antigos ameríndios já trabalhavam com metais.[2]
  • Alguns acham difícil conciliar a idéia de que cerca de 20 judeus teriam partido de Jerusalém para as Américas, em 600 a.C, com a de que, em menos de 30 anos, eles se tivessem multiplicado e se dividido em duas nações.(2 Nefi 5:28) Dentro de 19 anos após a sua chegada, esse grupo pequeno supostamente construiu um templo "segundo o modelo do templo de Salomão, e sua obra, portanto, era consideravelmente formosa" — sem dúvida, uma tarefa colossal. A construção do templo de Salomão, em Jerusalém, levou sete anos e ocupou cerca de 200.000 trabalhadores, artífices e capatazes. — 2 Néfi 5:16; comparado com 1 Reis 5, 6 Na mesma forma, é difícil conciliar que Noé, um profeta Bíblico, construiu uma arca que continha um par de cada tipo de animal na Terra. Defensores argumentam que o templo descrito por Néfi poderia seguir o modelo do Templo de Salomão apenas no que diz respeito à sua planta (salas, corredores, etc), não necessariamente obedecendo a escala.
  • O Livro de Mórmon fala de vastos povoamentos no continente norte-americano. Helamã 3:8 escreve: "E sucedeu que se multiplicaram e se espalharam de forma tal que começou a ser povoada toda a face da terra." De acordo com Mórmon 1:7, a terra "se achava coberta com edifícios". Questiona-se, então, onde estão os vestígios dessas civilizações florescentes, tais como os artefatos dos nefitas, suas moedas de ouro, espadas, escudos e armaduras. — Alma 11:4; 43:18-20.
  • Alguns ainda afirmam que há uma certa discrepância entre os ensinamentos do Livro de Mormon e a Bíblia, como por exemplo o fato da Bíblia afirmar que Jesus Cristo nasceu em Belém (Mateus 1:20) e o Livro de Mórmon dizer que nasceu em a terra de Jerusalém. (Alma 7:10) O Livro de Mórmon, porém, nunca diz que Jesus Cristo nasceu na cidade de Jerusalém. Da tradução do Inglés desse versículo é difícil entender exatamente o que queria se dizer, uma vez que a preposição usada no original em Inglês é "at", não "in", enquanto esta última da mais a idéia de "dentro de", a primeira da idéia de "junto a", ambas são traduzidas como "em" no Português. Além disso o contexto da passagem em Alma 7:10 fala de Jerusalém como sendo a "terra de seus antepassados", não como "a cidade de seus antepassados". A expressão "terra de Jerusalém" é encontrada várias vezes no Livro de Mórmon, não é encontrada na Bíblia. Várias referências extra-bíblicas foram encontradas em apoio a expressão "terra de Jerusalém".
O Livro de Mórmon - Um Outro Testamento de Jesus Cristo - edição de 1981 - São Paulo, Brasil

Já em 1957, Hugh Nibley mostrou que uma das cartas de Amarna, escritas no século XIII a. C. e descoberta em 1887, relatando a captura de "uma cidade da terra de Jerusalém, Bet-Ninib".[3] Como era esperado, esta e outras evidências acerca do uso deste tipo de terminologia no Mundo Antigo [4] foi ignorada por críticos do Livro de Mórmon. Dos Manuscritos do Mar Morto, chega-nos prova ainda mais específica da ocorrência da frase "terra de Jerusalém", ajudando-nos a perceber o seu significado, num texto que indiretamente relaciona a frase com a Jerusalém do tempo de Leí.

  • Existe ainda o uso de um nome de uma Capital para designar regiões circunvizinhas ou cidades satélites como por exemplo "Grande São Paulo" ou "Grande Rio", não sendo propriamente municípios de São Paulo ou Rio de Janeiro. Vale lembrar ainda que Alma estava ensinando aos descendentes de Néfi (nefitas), que nada sabiam sobre a terra da Palestina

"Mas eis que eu, Néfi , não ensinei meus filhos à maneira dos judeus…" (2 Néfi 25:6)

  • Robert Eisenmann e Michael Wise, (não mórmons), em The Dead Sea Scrolls Uncovered (1993), discutem um documento que chamaram provisoriamente "Pseudo-Jeremias" (manuscrito 4Q385). Começa assim este texto danificado:

…Jeremias o Profeta diante do Senhor […q]ue foram levados cativos da terra de Jerusalém [Eretz Yerushalayim, coluna 1, linha 2] (p. 58).

  • Na sua discussão deste texto, Eisenmann e Wise elaboraram o significado da frase "terra de Jerusalém," como o equivalente a Judah (Yehud):

"Uma outra interessante referência é a terra de Jerusalém na Linha 2 do Fragmento 1. Isto enormemente dá credibilidade ao sentido de historicidade como um todo, uma vez que Judá ou ‘Yehud’ (o nome da região em moedas do período Persa) por esta época consistia como sendo um pouco maior do que Jerusalém e suas regiões circunvizinha" (p. 57) Uma passagem das táboas de argila de El-Amarna, El-Amarna 290 que fala da "cidade na terra de Jerusalém" chamada Bît-Lahmi, que é o equivamente Cananita para o nome Hebreu conhecido com "Beth-lehen" nas Bíblias Inglesas e Belém nas Bíblias em Português. (Beth-Lehen signica Casa (=Beth) do Pão (Lehen) assim como o equivalente Cananita Bît-Lahmi!). Desta forma concluímos que nos tempos antigos a cidade de Belém foi considerada como sendo parte da "terra de Jerusalém".

  • Não há evidências arqueológicas, tais como moedas nefitas, ossadas humanas, ossadas de cavalos, couraças, espadas, escudos, artefatos, etc.. também nenhuma prova arqueológica que comprovam a existência das grandes cidades citadas no Livro de Mórmon, pois a localização dessas grandes cidades é uma incógnita, não sabemos exatamente em qual das três Américas se localizavam, ficando muito disperso o mapa de sua localização se basearmos pelo Livro de Mórmon. Principalmente se levarmos em consideração, que houve uma enorme mudança no relevo e geografia local na véspera da visita de Cristo a este continente, devido aos cataclismas e terremotos que precederam o evento (3Nefi 8:12-14,17-18) A Bíblia por exemplo, nos dá os locais exatos dos fatos relatados nos testamentos antigo e novo e podemos encontrar provas arqueológicas evidentes.
  • O Livro de Mórmon não cita a prática presente entre os mórmons - do batismo pelos mortos, ou o batismo em lugar e a favor dos mortos, assim como a Bíblia também não faz referência a essa prática, com exceção da menção do apóstolo Paulo aos membros de Corinto em I Coríntios 15:29: "Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?", nesta passagem Paulo procurava levar os Coríntios ao testemunho da Ressureição e neste versículo ele cita essa prática como mais uma prova da Ressureição de toda humanidade.

Ver também

Notas e referências

  1. a b (O Livro de Mórmon | Pref. Introdução:3)
  2. [1]
  3. (CWHN 6:101 [Note from J.L.: CWHN = The Collected Works of Hugh Nibley. Volume 6 is An Approach to the Book of Mormon])
  4. (ler John W. Welch, ed., Reexploring the Book of Mormon, 170-72)

Belém fica a aproximadamente 10 quilômetros de Jerusalém.No livro de Mórmon em Alma 7:10,a escritura que diz que "Jesus nascerá de Maria em Jerusalém" nos dá a entender que Jesus nasceria na terra de Jerusalém e não na cidade de Jerusalém como os leigos tentam provar ser um erro no registro mórmon.

Ligações externas

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