Luís António Nogueira

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Luís António Nogueira
Nascimento 29 de dezembro de 1832
Angra do Heroísmo
Morte 28 de junho de 1884
Lisboa
Cidadania Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação advogado

Luís António Nogueira (Conceição, Angra do Heroísmo, 29 de Dezembro de 1832Lumiar, Lisboa, 28 de Junho de 1884)[1] foi um político e jurista açoriano. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi advogado, secretário-geral do Governo Civil do Distrito de Angra do Heroísmo e do Distrito do Porto.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho de Abílio Ponciano Nogueira (Conceição, Angra do Heroísmo, 8 de Agosto de 1807 - Sé, Angra do Heroísmo, 29 de Julho de 1859) e de sua mulher D. Maria da Luz Rebello Nogueira (São Pedro, Angra do Heroísmo, 13 de Outubro de 1805 - Sé, Angra do Heroísmo, 7 de Dezembro de 1885). Tinha dois irmãos mais novos.

O seu pai era um negociante de fracas capacidades, mas com meios suficientes para o mandar estudar para a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra por onde foi bacharel em Direito (1855). Regressou à sua cidade natal onde foi secretário-geral do Governo Civil, além de delegado do procurador régio. Em 1865 foi eleito director da Sociedade Promotora das Letras e Artes, mas nesse mesmo ano abandonou Angra do Heroísmo e foi ocupar o cargo de secretário-geral do Governo Civil do Distrito do Porto. Entrou posteriormente para o quadro do Ministério do Reino onde exerceu a partir de 1870 e até à morte o cargo de director-geral da administração política e civil. Ocupou ainda o cargo de fiscal e comissário do governo junto da Companhia Real dos Caminhos de Ferro. Em 1856 foi eleito deputado pelo círculo de Angra do Heroísmo para a X Legislatura (1857-1858) pelo Partido Histórico, tendo depois sido filiado no Partido Progressista. Foi redactor do jornal O Direito (1875).

É o avô materno de Fernando Pessoa, que fala dele nas cartas que endereçou a Armando Cortes-Rodrigues.[2]

Casou, em 24 de Abril de 1859, na Igreja de São Pedro, em Angra, com D. Magdalena Amália Xavier Pinheiro (Velas, Ilha de São Jorge, 14 de Junho de 1836 - , Angra do Heroísmo, 5 de Outubro de 1898), filha de Inácio José Pinheiro e de Ana Maria Xavier Pinheiro, tendo três filhos:

Faleceu vítima de doença prolongada, aos 51 anos de idade, no lugar do Paço do Lumiar[1], encontrando-se sepultado em jazigo, no Cemitério dos Prazeres.[3] Deixou ainda viva a sua mãe, que faleceria no ano seguinte, a esposa, e as duas filhas, ainda solteiras.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira. Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903.
  1. a b «PT-ADLSB-PRQ-PLSB18-003-O10_m1002.TIF - Livro de registo de óbitos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 9 de setembro de 2020 
  2. «Luís António Nogueira, Enciclopédia Açoriana». Direção Regional da Cultura. 2015. Consultado em 10 de Janeiro de 2018 
  3. «Diário Illustrado, Lisboa - 29 de Junho de 1884» (PDF). Biblioteca Nacional Digital (Biblioteca Nacional de Portugal). 29 de Junho de 1884. Consultado em 10 de Janeiro de 2018