Luís Catarino

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Luís Catarino
Dados pessoais
Nome completo Luís Manuel Alves de Campos Catarino
Nascimento 19 de dezembro de 1926
Coimbra
Morte 18 de março de 2014 (87 anos)
Aveiro
Nacionalidade Portugal Portugal
Alma mater Universidade de Coimbra
Prêmio(s) Medalha de Mérito Municipal de Portimão
Medalha de Honra da Ordem dos Advogados

Luís Manuel Alves de Campos Catarino (Coimbra, 19 de Dezembro de 1926 - Aveiro, 18 de Março de 2014) foi um advogado e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Cidade de Coimbra em 1924.

Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]

Luís Catarino nasceu em 19 de Dezembro de 1926, na cidade de Coimbra[1] Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 17 de Julho de 1950.[2] Durante os seus estudos, foi jogador de andebol de 11, tendo dirigido a divisão de andebol da Associação Académica de Coimbra e colaborado no seu jornal Via Latina, nas páginas do desporto.[1]

Carreira profissional e política[editar | editar código-fonte]

Trabalhou como delegado do Procurador da República no Arquipélago dos Açores, e nas cidades de Lagos e do Porto.[3] Estabeleceu-se depois no Algarve, onde fez a maior parte da sua carreira política e profissional.[3] Integrou-se na Ordem dos Advogados em 9 de Agosto de 1961, na comarca de Portimão.[2] Começou a exercer advocia nesta cidade ainda em 1961,[1] tendo-se destacado como um dos melhores profissionais desta área na região.[3]

Desde a juventude que iniciou as suas actividades políticas, como opositor do Estado Novo, tendo apoiado a Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos Portugueses, e em 1958 defendeu a candidatura de Humberto Delgado.[1] Foi um dos fundadores do partido Movimento Democrático Português / Comissão Democrática Eleitoral, no qual exerceu como vice-presidente.[3] Fez parte da Comissão Democrática Eleitoral de Faro nas eleições de 1969,[3] e participou na Comissão Central do III Congresso Democrático de Aveiro da Oposição Democrática, em Abril de 1973.[1] O seu activismo político prosseguiu após a Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo continuado a defender os ideais democráticos no Algarve e em Lisboa.[3] Em 1975 foi eleito como deputado do Movimento Democrático Português na Assembleia Constituinte, pela região do Algarve, tendo participado na discussão e criação da Constituição da República Portuguesa.[3][1] Em 1979, voltou a ser eleito como deputado na Assembleia da República.[3]

Desde 1977, foi por várias vezes eleito para a Assembleia Municipal de Portimão, onde foi presidente entre 1990 e 1993, como representante da Coligação Democrática Unitária.[3]

Também foi por diversas vezes eleito como presidente da direcção e da assembleia geral do Portimonense Sporting Clube e da Associação Naval Infante de Sagres, foi um dos fundadoresdo Clube de Veleiros, e fez parte da direcção do grupo Amigos de Portimão.[1]

Falecimento e família[editar | editar código-fonte]

Luís Catarino faleceu no Hospital de Aveiro em 18 de Março de 2014, vítima de uma doença prolongada.[3] O corpo ficou em câmara ardente na Igreja de São José, em Coimbra, onde no dia 19 se fez o funeral, sendo depois depositado no Cemitério da Conchada.[2]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Foi homenageado numa reunião no Hotel Mundial em Lisboa, em 1 de Abril de 2007.[1]

Após o seu falecimento, a Câmara Municipal de Portimão e a Ordem dos Advogados publicaram notas de pesar.[3][2] Em 2001, foi honrado com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal de Portimão, devido aos seus esforços pelo seu extenso trabalho pelo desenvolvimento social e cultural do concelho, e pelas suas actividades políticas em prol da democracia em Portugal.[3]

Em 2009, recebeu uma medalha de honra da Ordem dos Advogados, no âmbito das comemorações do Dia do Advogado.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i MARREIROS, 2015:274-276
  2. a b c d «Faleceu o colega Luis Catarino». Ordem dos Advogados. Consultado em 21 de Dezembro de 2018 
  3. a b c d e f g h i j k l «Morreu Luís Catarino, advogado e lutador anti-fascista, cidadão de Portimão». Sul Informação. 18 de Março de 2014. Consultado em 21 de Dezembro de 2018 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8 


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