Saltar para o conteúdo

Luiz Gastão de Orléans e Bragança: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
bot: revertidas edições de Ikkicosta ( modificação suspeita : -66), para a edição 17229463 de Tonyjeff
Ikkicosta (discussão | contribs)
m
Linha 1: Linha 1:
Luís Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach''' ([[Mandelieu]], [[6 de junho]] de [[1938]]), [[príncipe de Orléans e Bragança]] de [[1938]] a [[1981]], [[príncipe Imperial do Brasil]] de [[1938]] a [[1981]] e atual [[chefe da Casa Imperial do Brasil]], desde [[5 de julho]] de [[1981]], após a morte do pai – título esse considerado legítimo pela maioria dos monarquistas e das casas dinásticas estrangeiras.
{{Info/Chefes da Casa Imperial do Brasil
|Nome=D. Luís Gastão de<br />Orléans e Bragança
|Imagem=Domluis.jpg
|Tamanho=200px
|Legenda=D. Luís, Chefe da Casa Imperial
|Ordem=3
|Predecessor=[[Pedro Henrique de Orléans e Bragança|D. Pedro Henrique]]
|Sucessor=
|Período=[[1981]]—
|Data de nascimento=[[6 de junho]] de [[1938]]
|Local de nascimento={{FRAb}} [[Mandelieu]]
|Data de óbito=
|Local de óbito=
|Cognomes=
|Pai=[[Pedro Henrique de Orléans e Bragança|D. Pedro Henrique]]
|Mãe=[[Maria Isabel da Baviera|D. Maria Isabel]]
|Consorte=
}}
[[Dom (título)|Dom]] '''Luís Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach''' ([[Mandelieu]], [[6 de junho]] de [[1938]]), [[príncipe de Orléans e Bragança]] de [[1938]] a [[1981]], [[príncipe Imperial do Brasil]] de [[1938]] a [[1981]] e atual [[chefe da Casa Imperial do Brasil]], desde [[5 de julho]] de [[1981]], após a morte do pai – título esse considerado legítimo pela maioria dos monarquistas e das casas dinásticas estrangeiras.


Primogênito de D. [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança]], neto de D. [[Luís de Orléans e Bragança]], bisneto de [[Isabel do Brasil|D. Isabel Leopoldina]] e trineto do imperador [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]].
Primogênito de D. [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança]], neto de D. [[Luís de Orléans e Bragança]], bisneto de [[Isabel do Brasil|D. Isabel Leopoldina]] e trineto do imperador [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]].
Linha 24: Linha 6:


==Origens==
==Origens==
D. Luís Gastão é o mais velho dos doze filhos do príncipe D. [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança]] ([[1909]]–[[1981]]), chefe da [[Família Imperial do Brasil|família imperial]] entre 1921 e 1981, e da princesa D. [[Maria Isabel da Baviera]] (nascida em [[1914]]), neta de [[Luís III da Baviera]] ([[1845]]–[[1921]]), último rei [[baviera|bávaro]].
D. Luís Gastão é o mais velho dos doze filhos do príncipe D. [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança]] ([[1909]]–[[1981]]), chefe da [[Família Imperial do Brasil|família imperial]] entre 1921 e 1981, e da princesa D. [[Maria Isabel da Baviera]] (nascida em [[1914]]), neta ddos [[Capetos]]). Pelo lado materno, descende dos reis da [[Baviera]] ([[casa de Wittelsbach]]).

Batizado na capela do Mas-Saint-Louis, casa de campo pertencente a sua avó D. Maria Pia ([[1878]]–[[1973]]), princesa de [[Bourbon]] e das [[Duas Sicílias]], tendo sido ela sua madrinha e, como seu padrinho, o tio materno Luís, príncipe da [[Baviera]] ([[1913]]). Foi seu padrinho de crisma, o jurista e professor [[Alcebíades Delamare Nogueira da Gama]].

Com a morte do pai, em 1981, tornou-se o chefe da casa imperial e, ''[[de jure]]'', presuntivo imperador do Brasil.

Pelo lado paterno, descende dos imperadores do Brasil, sendo seu sucessor dinástico, dos reis de Portugal ([[casa de Bragança]]) e dos reis da França (casas de [[casa d'Orleães|Orléans]] e [[casa de Bourbon|Bourbon]] – dinastias oriundas da estirpe real dos [[Capetos]]). Pelo lado materno, descende dos reis da [[Baviera]] ([[casa de Wittelsbach]]).


===Formação===
===Formação===
Linha 38: Linha 14:
[[Ficheiro:COA Dinasty Orleães-Bragança.svg|thumb|right|190px|Brasão da Casa de Orleães-Bragança.]]
[[Ficheiro:COA Dinasty Orleães-Bragança.svg|thumb|right|190px|Brasão da Casa de Orleães-Bragança.]]
Desde sua ascensão à chefia da Casa Imperial, dedica todo o seu tempo às questões brasileiras, embora de forma discreta. Visita, com seus irmãos D. [[Bertrand de Orléans e Bragança]] e D. [[Antônio João de Orléans e Bragança]], as cidades brasileiras, onde é recebido com homenagens. Cidadão benemérito e honorário de quase todas as capitais, membro honorário de numerosas instituições culturais e históricas, possuindo condecorações, tais como: grão-mestre das Imperiais Ordens [[Imperial Ordem do Cruzeiro|do Cruzeiro]], de [[Imperial Ordem de Pedro Primeiro|Pedro I]], [[Imperial Ordem da Rosa|da Rosa]], [[Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo|de Cristo]], [[Imperial Ordem de São Bento de Avis|de São Bento]] e [[Imperial Ordem de Sant'Iago da Espada|de Santiago]], e ainda bailio grã-cruz da [[Ordem Constantiniana de São Jorge]] e da [[Casa Real das Duas Sicílias]], hoje inexistentes senão a título privado.
Desde sua ascensão à chefia da Casa Imperial, dedica todo o seu tempo às questões brasileiras, embora de forma discreta. Visita, com seus irmãos D. [[Bertrand de Orléans e Bragança]] e D. [[Antônio João de Orléans e Bragança]], as cidades brasileiras, onde é recebido com homenagens. Cidadão benemérito e honorário de quase todas as capitais, membro honorário de numerosas instituições culturais e históricas, possuindo condecorações, tais como: grão-mestre das Imperiais Ordens [[Imperial Ordem do Cruzeiro|do Cruzeiro]], de [[Imperial Ordem de Pedro Primeiro|Pedro I]], [[Imperial Ordem da Rosa|da Rosa]], [[Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo|de Cristo]], [[Imperial Ordem de São Bento de Avis|de São Bento]] e [[Imperial Ordem de Sant'Iago da Espada|de Santiago]], e ainda bailio grã-cruz da [[Ordem Constantiniana de São Jorge]] e da [[Casa Real das Duas Sicílias]], hoje inexistentes senão a título privado.

===Polêmicas e contestações===
{{Artigo principal|[[Questão dinástica brasileira]]}}

A chamada ''questão dinástica brasileira'' ganhou corpo quando D. Luís deveria assumir a chefia da casa imperial, após a morte do pai. O príncipe é membro da [[Tradição, Família e Propriedade|TFP]] — Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade -, organização conservadora católica que defende ideologias políticas de extrema-direita. Muitos monarquistas passaram a questionar a conveniência de se ter como imperador ''de jure'' quem pertence a tal instituição. A determinada altura, entre monarquistas, nasceu a idéia de que D. Luís Gastão deveria abrir mão de seus direitos em favor de seu irmão D. Antônio, terceiro na linha sucessória, pois o segundo, D. Bertrand, é também atuante na TFP. Houve encontros entre porta-vozes dos dois ramos ([[Ramo de Petrópolis|Petrópolis]] e [[Ramo de Vassouras|Vassouras]]) e momentos em que a aceitação do nome de D. Antônio tornou-se pacífica. D. Antônio, todavia, optou por não assumir o posto de herdeiro-aparente do irmão mais velho por tais meios.

Além de suas filiações políticas, outro fato que compromete a aceitação plena de D. Luís como o legítimo herdeiro do Trono é a contestação, por alguns, do instrumento de renúncia de [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança#Matrimônio e renúncia|D. Pedro de Alcântara]], em [[1908]], o que permitiu que a precedência fosse passada ao ramo de Vassouras. Para essas pessoas, este nunca deixou de ser o Príncipe Imperial, opinião que vai contra a própria postura de D. Pedro de Alcântara ao longo de sua vida. Depois dele, seu filho [[Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança|D. Pedro Gastão]] e, mais recentemente, o neto [[Pedro Carlos de Orléans e Bragança|D. Pedro Carlos]] seriam os legítimos sucessores na chefia da Casa Imperial. Essa hipótese, no entanto, foi mais ferrenhamente defendida por D. Pedro Gastão, que nunca aceitou a renúncia do pai, acirrando suas pretensões após a morte deste e do primo [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança|D. Pedro Henrique]], pai de D. Luís Gastão. Quanto ao filho de D. Pedro Gastão, D. Pedro Carlos, torna-se inviável às pretensões por desrespeitar regra básica das tradições da Casa Imperial Brasileira para com seus membros da linha sucessória – a contração de matrimônio apenas com dinastas.

==Ascendência==
{{ahnentafel início}}
{{ahnentafel-compact4
|1=1. '''Luís Gastão de Orléans e Bragança'''
|2=2. [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança]]
|3=3. [[Maria Isabel da Baviera]]
|4=4. [[Luís de Orléans e Bragança]]
|5=5. [[Maria Pia de Bourbon]]
|6=6. [[Francisco, príncipe da Baviera]]
|7=7. Princesa Isabel de [[Casa de Croÿ|Croÿ]]
|8=8. [[Gastão de Orléans, Conde d'Eu]]
|9=9. [[Isabel do Brasil]]
|10=10. Príncipe Alfonso de Bourbon, Conde de Caserta
|11=11. Princesa Antonieta-Duas Sicílias
|12=12. [[Luís III da Baviera]]
|13=13. Arquiduquesa Maria Teresa da Áustria-Este
|14=14. Carlos Alfredo, 12<sup>o</sup>, Duque de Croÿ
|15=15. Princesa Ludmila de Arenberg
}}
{{ahnentafel fim}}

==Herdeiros==
Solteiro, herda seus direitos ao trono [[Bertrand de Orléans e Bragança|D. Bertrand]], terceiro varão de [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança|D. Pedro Henrique]], pois o segundo, [[Eudes de Orléans e Bragança|D. Eudes]], renunciou aos direitos dinásticos. Como D. Bertrand não tem filhos, a sucessão ''de jure'' ao trono, caso D. Betrand assuma a chefia a Casa Imperial Brasileira, passa a pertencer a [[Antônio João de Orléans e Bragança|D. Antônio]], sexto varão, e seus descendentes, pois os quarto e quinto varões, [[Pedro de Alcântara Henrique de Orléans e Bragança|D. Pedro de Alcântara Henrique]] e [[Fernando Diniz de Orléans e Bragança|D. Fernando Diniz]], também renunciaram a seus direitos.

Após os varões, segue [[Isabel Maria de Orléans e Bragança|D. Isabel Maria]], pois as gêmeas [[Maria Thereza de Orléans e Bragança|D. Maria Teresa]] e [[Maria Gabriela de Orléans e Bragança|D. Maria Gabriela]] também renunciaram aos seus direitos e títulos brasileiros. [[Eleonora de Orléans e Bragança|D. Eleonora]], bem como seus descendentes, deixou de pertencer à linha sucessória por ter-se casado com chefe de outra casa dinástica, [[Miguel de Ligne]].

=={{Ver também}}==
*[[Questão dinástica brasileira]]

=={{Ligações externas}}==
*{{Link|pt|2=http://www.monarquia.org.br/ |3=Casa Imperial do Brasil}}
*{{Link|pt|2=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u374584.shtml |3=Príncipe imperial vive "sem luxo nem esplendor" em casa alugada em SP}}

{{start box}}
|-
! colspan="3" style="background: #FBEC5D;" |'''[[Família Imperial Brasileira#Dinastia Orléans e Bragança - Ramo de Vassouras (parcial)|Casa de Orléans e Bragança]]''' <small><br />Nascimento: [[6 de junho]] de [[1938]]</small>
|- style="text-align:center;"
|width="30%" align="center"| Precedido por<br />'''[[Pedro Henrique de Orléans e Bragança|D. Pedro Henrique]]'''
|width="40%" style="text-align: center;"|[[Ficheiro:COA Dinasty Orleães-Bragança.svg|70px]]<br />[[Chefe da Casa Imperial Brasileira]]<br />[[1981]]–
|width="30%" align="center"| Sucedido por<br />—
|-
|width="30%" align="center"| Precedido por<br />'''[[Pia Maria Raniera de Orléans e Bragança|D. Pia Maria]]'''
|width="40%" style="text-align: center;"|[[Ficheiro:COA Imperial Prince of Brazil.svg|70px]]<br />[[Príncipe Imperial do Brasil]]<br />[[1938]]–[[1981]]
|width="30%" align="center"| Sucedido por<br />[[Bertrand de Orléans e Bragança|D. Bertrand Maria José]]
|-
|}

{{FamImpBrasileira}}

{{Portal3|Brasil}}

{{DEFAULTSORT:Luis Gastao Orleans E Braganca}}
[[Categoria:Príncipes Imperiais do Brasil]]
[[Categoria:Ramo de Vassouras]]
[[Categoria:Príncipes d'Orleães e Bragança]]

[[en:Prince Luís of Orléans-Braganza]]
[[et:Luís (Brasiilia)]]
[[fr:Luiz Gastão d'Orléans-Bragance]]
[[la:Ludovicus Aurelianae Brigantiae]]
[[pl:Ludwik (I) Brazylijski]]

Revisão das 00h19min de 22 de outubro de 2009

Luís Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach (Mandelieu, 6 de junho de 1938), príncipe de Orléans e Bragança de 1938 a 1981, príncipe Imperial do Brasil de 1938 a 1981 e atual chefe da Casa Imperial do Brasil, desde 5 de julho de 1981, após a morte do pai – título esse considerado legítimo pela maioria dos monarquistas e das casas dinásticas estrangeiras.

Primogênito de D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, neto de D. Luís de Orléans e Bragança, bisneto de D. Isabel Leopoldina e trineto do imperador D. Pedro II.

Se fosse imperador, estaria reinando com o título Sua Majestade Imperial, Dom Luís I, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Origens

D. Luís Gastão é o mais velho dos doze filhos do príncipe D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança (19091981), chefe da família imperial entre 1921 e 1981, e da princesa D. Maria Isabel da Baviera (nascida em 1914), neta ddos Capetos). Pelo lado materno, descende dos reis da Baviera (casa de Wittelsbach).

Formação

D. Luís viu sua nação pela primeira vez em 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, quando aqui se estabeleceu a família imperial definitivamente, no Rio de Janeiro e depois no Paraná. Estudou em colégios tradicionais – como o carioca Colégio Santo Inácio (Rio de Janeiro), dos jesuítas – e mais tarde partiu para Paris, onde aperfeiçoou seu aprendizado de línguas. Fala fluentemente o português, o francês e o alemão e compreende o castelhano, o italiano e o inglês. Graduou-se em Química na Universidade de Munique, cursada de 1962 a 1967.

Atuação

Brasão da Casa de Orleães-Bragança.

Desde sua ascensão à chefia da Casa Imperial, dedica todo o seu tempo às questões brasileiras, embora de forma discreta. Visita, com seus irmãos D. Bertrand de Orléans e Bragança e D. Antônio João de Orléans e Bragança, as cidades brasileiras, onde é recebido com homenagens. Cidadão benemérito e honorário de quase todas as capitais, membro honorário de numerosas instituições culturais e históricas, possuindo condecorações, tais como: grão-mestre das Imperiais Ordens do Cruzeiro, de Pedro I, da Rosa, de Cristo, de São Bento e de Santiago, e ainda bailio grã-cruz da Ordem Constantiniana de São Jorge e da Casa Real das Duas Sicílias, hoje inexistentes senão a título privado.