Reino das Duas Sicílias
Regno delle Due Sicilie Reino das Duas Sicílias | |||||
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Reino das Duas Sicílias em 1839. | |||||
Continente | Europa | ||||
Capital | Nápoles (1808–1816; 1817–1861) Palermo (1816–1817) | ||||
Língua oficial | Italiano (oficial) Siciliano Napolitano | ||||
Religião | Católica Romana | ||||
Governo | Monarquia absoluta (1808–1848; 1849–1861) Monarquia constitucional (1848–1849) | ||||
Rei | |||||
• 1808–1815 | Joaquim I (primeiro) | ||||
• 1859–1861 | Francisco II (último) | ||||
História | |||||
• 1816 | Decreto de Baiona | ||||
• 2 de maio de 1815 | Batalha de Tolentino | ||||
• 22 de maio de 1815 | Restauração Bourbon | ||||
• 1861 | Expedição dos Mil | ||||
Área | |||||
• 1860 | 111 900 km2 | ||||
População | |||||
• 1860 est. | 8 703 000 | ||||
Dens. pop. | 77,8 hab./km² |
O Reino das Duas Sicílias (em napolitano Regno dê Doje Sicilie; em siciliano Regnu dî Dui Sicili; em italiano: Regno delle Due Sicilie)[1] foi o nome que o rei Fernando I de Bourbon deu a seu reino, em 1816, depois de o Congresso de Viena ter suprimido o Reino de Nápoles (1282-1816) e o Reino da Sicília (1130-1816), unindo-os numa única entidade estatal.
O reino foi governado por um ramo da Casa de Bourbon chamado de Bourbon-Duas Sicílias ou Bourbon-Sicílias.
O Reino das Duas Sicílias existiu até 1861, quando foi suprimido pela Casa de Saboia — reinante no Reino da Sardenha (1297-1861) —, para que se concretizasse a unificação italiana, o chamado Risorgimento, e então se formasse o Reino da Itália.
Origem do nome
[editar | editar código-fonte]O nome teve sua primeira menção oficial em 1442, quando o rei Afonso V de Aragão reunificou o Reino da Sicília e do Reino de Nápoles (ou reino da Sicília Peninsular). Os dois domínios haviam sido originalmente separados em consequência das Vésperas Sicilianas de 1282.
Com a morte de Afonso em 1458, o reino foi novamente dividido: seu irmão João II de Aragão recebeu a Sicília insular e seu filho bastardo Ferdinando, o Reino de Nápoles.
Em 1501, o rei Fernando II de Aragão conquistou Nápoles e reuniu os dois reinos sob a autoridade da coroa espanhola. O título de "rei da Sicília dos dois lados do estreito" foi doravante adotado por todos os monarcas espanhóis até a Guerra de Sucessão Espanhola. O término deste conflito, com o tratado de Utrecht de 1713, fez com que a Sicília fosse entregue ao duque de Saboia; já o tratado de Rastatt de 1714 deixou Nápoles ao imperador Carlos VI, quem anexou a Sicília em 1720.
Em 1738, fundou-se um reino das Duas Sicílias, entregue a um ramo dos Bourbons da Espanha, reino este que perdurou até 1860, exceto por um breve intervalo sob Napoleão. Em 1861, Giuseppe Garibaldi, com a expedição dos Mil, invadiu o reino e o incorporou ao novo Reino de Itália.
Território
[editar | editar código-fonte]O reino compreendia as atuais regiões italianas de Abruzos, Basilicata, Calábria, Campânia, Molise, Apúlia e Sicília, mais partes do Lácio meridional (Cassino, Gaeta, Sora), e Cicolano e os territórios do vale do Velino, atualmente na província de Rieti.
A cidade de Benevento, hoje na Campânia, era ao contrário um enclave dos Estados Pontifícios.
Lista de Reis
[editar | editar código-fonte]Casa de Bourbon
[editar | editar código-fonte]- Fernando I das Duas Sicílias (r. 1816-1825)
- Francisco I das Duas Sicílias (r. 1825-1830)
- Fernando II das Duas Sicílias (r. 1830-1859)
- Francisco II das Duas Sicílias (r. 1859-1861)
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Swinburne, Henry (1790). Travels in the Two Sicilies (1790). [S.l.]: British Library
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Bandeiras Históricas de Nápoles e do Reino das Duas Sicílias» (em italiano). www.rbvex.it