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Luiz de Miranda: diferenças entre revisões

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= Luiz de Miranda, entre os maiores poetas do mundo e o que tem a obra mais vasta. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura 2013 e 2014. =
'''Luiz Carlos Goulart de Miranda''' ([[Uruguaiana]], [[6 de abril]] de [[1945]]) é um premiado [[poeta]] [[brasil]]eiro, renomado autor da obra poética mais extensa do mundo, com 3432 páginas contabilizadas (seguido por [[Pablo Neruda]], 2.080 páginas; [[Ezra Pound]], 837 páginas) <ref name="OBRA">{{Citar web|url=http://luizdemiranda.wordpress.com | título=Obra poética de Luiz de Miranda | acessodata=05 abr. 2013}}</ref>. Poeta gaúcho com mais de quarenta e cinco anos de carreira literária, possui 33 livros publicados num total de páginas que impressiona pelo volume, pela qualidade e conteúdo. Trabalhou e escreveu em diversos órgãos de impressa de [[Porto Alegre]], [[Rio de Janeiro]], [[São Paulo]] e [[Belo Horizonte]].
Eduardo Jablonski


Poeta nascido em Uruguaiana e já com mais de quarenta e cinco anos de carreira literária, Luiz de Miranda tem 35 livros publicados num total de páginas que impressiona pelo volume, sem, contudo, comprometer o conteúdo e a qualidade. De fato, são 4.012 páginas impressas, a mais extensa obra do mundo, com poemas que mantêm a qualidade estética, tematizando assuntos que vão da esfera social às manifestações eróticas, dirigidos ora a um público adulto e maduro, ora a um público formado por jovens adolescentes. Miranda lança em maio “Salve Argentina”, em espanhol. 188 páginas. É o maior canto de louvor à Argentina feito no mundo. Pablo Neruda tem 2.080 páginas, e Ezra Pound, 837 páginas. Miranda lançou em março de 2009 “MONOLÍTICO (Memória Que Não Morre”, 292 páginas de um longo poema sobre o qual Antonio Olinto, da Academia Brasileira de Letras, afirma: “Ourives da palavra, Miranda chega com Monolítico ao patamar da grande obra da Língua.” Saiu em março “Melhores Poemas de Luiz de Miranda”, Editora Global, SP, com lançamento nacional. Saiu em maio “Vozes do Sul do Mundo”, o primeiro volume da coleção Luiz de Miranda editada pela EdiPUCrs. Agora aparece em outubro o segundo volume da coleção: ”Rio de Janeiro, Canto de Luz Mar Adentro”, 130 cantos e 180 páginas. Saiu em abril de 2012 “Salve Portugal, 188 páginas, o terceiro volume da coleção da Edipucrs, quarto volume “Amores Amargos” com “286 páginas”, quinto volume “Salve Argentina”, em espanhol e agora aparece este magnífico livro:”Vastidões da Pampa Inteira”, que encerra a coleção da PUC que levava o nome de Luiz de Miranda. Recebeu em 2010 o Prêmio da Academia de Letras, Ciências e Artes Francesa. Saiu em março, na Feira de Paris seu livro “Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania (Trilogie du Blue). Recebeu em abril o Prêmio 52ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Sairá  Antologia Poética na Espanha, coordenada e traduzida por Perfecto Cuadrado. Manuel Bandeira, em seus sessenta (60) anos de produção, era o poeta que, junto com Carlos Drummond de Andrade, apresentava uma quantidade realmente apreciável de poemas. em nosso país; Fernando Pessoa e Camões, em Portugal também escreveram significativo número de poesias. E todos, seguramente, já foram ultrapassados por Luiz de Miranda.que tem 35 livros publicados. Estão para sair: “Vastidões da Pampa Inteira”,  e uma antologia em Inglês (Temas e Poemas de Luiz de Miranda). Para entendermos melhor a obra Miranda nunca será demais ter-se uma visão continental mesmo que sucinta, mas necessária.
Em [[1987]] é eleito para a [[Academia Rio-Grandense de Letras]], e em [[2000]] é eleito para a [[Academia Sul Brasileira de Letras]]. Em junho de [[2010]], tendo sido informado por [[Diva Pavesi]], recebeu uma insignia da Academia de Artes, Ciências e Letras de Paris, ao lado de, entre outros, [[Martinho da Vila]] <ref>{{Citar web|url=http://www.clicrbs.com.br/paidcontent/jsp/login.jspx?site=409&url=http%3A%2F%2Fwww.clicrbs.com.br%2Fzerohora%2Fjsp%2Fdefault2.jsp%3Fuf%3D1%26local%3D1%26source%3Da2933712.xml%26template%3D3898.dwt%26edition%3D14874%26section%3D1029&previousurl=http%3A%2F%2Fzerohora.clicrbs.com.br%2Fzerohora%2Fjsp%2Fdefault.jsp%3Fuf%3D1%26local%3D1%26section%3Dcapa_online|título=Cadastro GrupoRBS|publicado=www.clicrbs.com.br|acessodata=17 de abril de 2012}}</ref>.
O ensaísta e professor universitário Perfecto Cuadrado, da Universitat de les Illes Balears, em Palma, Mallorca, Espanha, sobre Luiz de Miranda afirma: “… é o grande poeta épico que transforma o eu pessoal em coletivo, a voz individual na voz de um povo. Dá prosseguimento ao que fez Rubén Darío, seguido por Gabriela Mistral e Pablo Neruda. É uma voz única na América Latina”.
MIRANDA, um dos maiores poetas do mundo. “Luiz de Miranda – o Senhor da Palavra” (Edipucrs), 2010, é um livro sobre a obra e a vida de Miranda, considerado um dos maiores poetas do mundo: “Luiz de Miranda, com “Cantos de Sesmaria”, canta sua terra e faz dela um canto universal, tornando-se um dos maiores do mundo.” José Augusto Seabra, Paris, 2003, ex-ministro de Educação de Portugal, e considerado a maior autoridade em Fernando Pessoa. “Como já disse, tua Poesia é única, funciona como um “organum”, como os neo-helênicos de Alexandria (vide Kavafis). Chegas com “Nunca Mais Seremos os Mesmos” ao topo mágico dos grandes poetas. És uma das maiores poéticas do mundo atual. Pena eu andar adoentado e não poder escrever um ensaio sobre isto.” Gerardo Mello Mourão, Rio, 2005. Este livro “Senhor da Palavra” está nas principais livrarias ou pelaedipucrs@pucrs.br ou luizdemiranda@terra.com.br.
Em março, dia 14, de 2011, Miranda viajou para Paris para participar do Salão do Livro de Paris e fazer  o lançamento do seu  livro “TRILOGIE DU BLEU”, da Editora francesa Yvelinedition pela Divine Colletion , recebeu Prêmio Mérite et Dévoument, a Medalha de Ouro no Senado Francês. Esteve também na Espanha, em Palma de Mallorca, na Universidade das Illes Balears para conferência e recital.


Sobre o autor: Nascido em Uruguaiana, com mais de 45 anos de poesia, Luiz de Miranda possui um vasto trabalho, que contempla 35 livros publicados, com o tema sempre voltado a nosso continente e suas belezas.
Foi indicado ao [[Prêmio Nobel de Literatura]] pela parceria da [[PUCRS]] com o comitê organizador do prêmio [[Suécia|sueco]] <ref name="NOBEL">{{Citar web|url=http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=3804 | título=Luiz de Miranda para o Nobel de Literatura | acessodata=5 abr. 2013}}</ref> <ref name="NOBEL2">{{Citar web|url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2013/03/entenda-os-caminhos-para-uma-indicacao-ao-nobel-que-tem-luiz-de-miranda-entre-os-candidatos-4084448.html | título=Luiz de Miranda para o Nobel de Literatura | acessodata=5 abr. 2013}}</ref>.
Raul Bopp, o celebrado autor de “Cobra Norato”, ainda nos anos setenta do século XX, disse do autor aqui focalizado: “A poesia de Luiz de Miranda revela a sensibilidade do verdadeiro grande poeta. É uma contribuição definitiva à literatura brasileira”. Já o professor universitário, crítico e poeta, Affonso Romano de Sant’Anna, registrou: “A poesia de Luiz de Miranda é forte como o Canto General, de Pablo Neruda, e o poeta uruguaianense constitui-se em um verdadeiro Orfeu dos Pampas”, Rio, 2002.
Na verdade, nesses mais de quarenta e cinco anos de trajetória poética, Luiz de Miranda jamais perdeu de vista a realidade continental americana. E bem antes de iniciar-se como poeta em letra e forma, pode-se falar dos contatos com a realidade poética das Américas pelas leituras que o passar do tempo foi-se encarregando de tornar mais intensas de um Edgar Alan Poe, Walt Whitman, Inés de la Cruz, Octavio Paz, da América do Norte, passando pelos centro-americanos José Martí, Rubén Darío, para chegar aos sul-americanos Zorrilla de San Martín, José Hernández, Juana de Ibarbourou, Pablo Neruda, Gabriela Mistral, Jorge Luís Borges, dentre tantos, importantíssimos outros de língua castelhana, sem descurar dos patrícios. Em seu trabalho poético, de forma recorrente tem tratado de lugares e de pessoas, formadores desta realidade americana que tanto o envolve. Vultos políticos, entre os quais Salvador Allende, Martin Luther King, Che Guevara, João Goulart, e artísticos, como Pablo Neruda, Fernando Pessoa, Mario Benedetti,Joan Manuel Serrat, Antonio Machado, Garcia Lorca. Alberti. Hernandez, Eliot e Paund têm merecido de Miranda não apenas o reconhecimento, mas eloquente distinção.
O número que fala da produção intensa desse escritor que vive para a poesia, pode-se dizer sem exageros, é reflexo de uma mudança de rota que acontece quando Miranda publica Quarteto dos Mistérios, Amor e Agonias, 384 páginas (1999), Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania, 304 páginas (2000), galardoado com o “Prêmio Nacional 2001 da Academia Brasileira de Letras”, Trilogia da Casa de Deus, 280 páginas (2002), Canto de Sesmaria, um longo poema desenvolvido em 280 páginas (2003) e Nunca Mais Seremos os Mesmos, com 416 páginas (2005. Saiu “Melhores Poemas de Luiz de Miranda”, 207 páginas, pela Ed. Global-SP, em março de 2010. Selecionado e apresentado pela Prof. Dra. Regina Zilberman.
À mercê do seu trabalho, tem vindo o justo reconhecimento. Miranda tem prêmios 13 no Exterior: Estados Unidos (4), Paraguai (2), Panamá (2), Itália (1), (2) na Argentina e França(2). Recentemente, recebeu o título de Membro de Honra do Instituto Literário y Cultural, com sede na Califórnia, USA, passando a figurar ao lado de nomes ilustres como Jorge Luis Borges, Isabel Allende e Ernesto Sábato, por exemplo. E a revista Alba de América (800 páginas), editada pela citada entidade, publicou poemas de Miranda e um ensaio de Antonio Olinto sobre a obra do uruguaianense. Luiz de Miranda ganha em 2009 um dos maiores Prêmios mundiais, o do Instituto Literário e Cultural Hispânico, que já agraciou nomes internacionais como Augusto Roa Bastos e Mario Benedetti. Miranda recebeu o Prêmio em 12 de agosto na Argentina no XXXII Congresso Mundial da Entidade. Miranda recebeu em 2009, da Secretaria Municipal da Prefeitura de Porto Alegre, o Prêmio Açoriano de Melhor Livro de Poesia do ano, com “Monolítico”.
Sempre voltado para nosso continente, ainda no mês de julho de 2007, em sua cidade natal, a fronteiriça Uruguaiana, redigiu o poema intitulado Salve a Argentina, composto por 103 cantos, certamente o primeiro cântico de louvor à pátria-irmã escrito por um brasileiro.
Todo o acervo poético de Luiz de Miranda foi entregue ao Projeto Delfos – Memória Cultural da Pontifícia Universidade Católica do RGS, em dezembro de 2009. Lá estiveram Erico Veríssimo e Mario Quintana. Está lá sua biblioteca, com 2 mil volumes.
Pequena Biografia
Luiz de Miranda nasceu em Uruguaiana/RS, fronteira com a Argentina e Uruguai. Sucesso de público e de crítica. “Amor de Amar” vendeu 1.860 exemplares em dois meses; Livro dos Meses vendeu mais 30 mil; Livro do Pampa, 20 mil. A maioria de seus livros está com a edição esgotada. Para Ary Quintella: “Miranda é o melhor poeta vivo do Brasil”. LM é verbete da Enciclopédia Biblos da Europa, a pedido da Universidade de Coimbra, Portugal, com texto composto pela crítica e professora doutora Regina Zilberman.
Em 1987 foi eleito para a Academia Rio-grandense de Letras e em 2000 para a Academia Sul-Brasileira de Letras, localizada em Pelotas/RS. Já pediu demissão da Academia Rio-Grandense de Letras.
É Sócio Honorário do Instituto João Simões Lopes Neto.
'''Breve Fortuna Crítica'''

Nunca Mais Seremos os Mesmos, esta epopéia que resume toda a sua mitologia pessoal como poeta e que nos descortina aquilo em que consiste a herança dos que nascem nos Pampas. Trata-se de um poema de raiz e que, como tal, mergulha fundo e viscoso na alma de quem o lê.
'''Ivan Junqueira''' – Presidente da Academia Brasileira de Letras.
Rio de Janeiro, 17 de Abril de 2005.
Sua Trilogia da Casa de Deus é forte, é um verdadeiro Canto General de Pablo Neruda, cheio de generosa amizade. A Poesia sopra com a força mítica de Orfeu. Um Orfeu dos Pampas.
'''Affonso Romano de Sant’Anna'''
Rio de Janeiro, 2002.
Miranda é o grande poeta épico que transforma o eu pessoal em coletivo, a voz individual na voz de um povo. Dá prosseguimento ao que fez Rubén Darío, seguido por Gabriela Mistral e Pablo Neruda. É uma voz única na América Latina.
'''Perfecto Cuadrado'''
Madrid, 2005.
Luiz de Miranda é o grande poeta do Pampa, no mesmo lirismo épico de José Hernández, num tom mais alto que o próprio Martín Fierro.
'''Gerardo Mello Mourão'''
Rio de Janeiro, 2005.
De fato, analisando com vagar e atenção os livros até hoje publicados de Luiz de Miranda, sem qualquer dúvida é possível afirmar que se trata de um dos grandes poetas brasileiros de todos os tempos, dando segmento às grandes produções no idioma português, de Camões a Fernando Pessoa, passando por Antero de Quental e Carlos Drummond de Andrade.
'''José Édil de Lima Alves'''
Porto Alegre, 2005.
Luiz de Miranda é tão autêntico quanto a sua arte. É impossível não gostar dele, como é impossível não gostar de sua poesia. Luiz de Miranda, poeta maior deste país.
'''Moacyr Scliar'''
Porto Alegre, 1997.
Luiz de Miranda é uma das poucas grandes vozes da poesia brasileira atual.
'''Nelson Werneck Sodré'''
Rio de Janeiro, 1996.
Do tempo e da circunstância, do amor dos outros e da vida, de fiapos da existência dilacerada destas horas, do efêmero cotidiano que os poderosos crêem que não fique, dessa matéria fluida e perdível, da captação desse lixo da história e da exploração do homem, do sensível e emotível e comovível, destas coisas aparentemente irrelevantíssimas, Luiz de Miranda ergueu este seu canto de eternidade: bem haja!
'''Antônio Houaiss'''
Rio de Janeiro, 1987.
A poesia de Luiz de Miranda fala de todos nós.
'''Ferreira Gullar'''
Buenos Aires, 1976.
O essencial da poética de Luiz de Miranda, um dos mais altos momentos da Poesia Brasileira Contemporânea, se inscreve na grande tradição lírica da Língua Portuguesa e na esteira da revolução das linguagens do nosso tempo, aberta ao futuro pelo   modernismo dos dois lados do Atlântico e prolongada por sucessivas gerações deste século.
'''José Augusto Seabra'''
Paris, 1997.
Como já disse, tua poesia é única que funciona como um “organum”, como os neo-helênicos de Alexandria (vide Kavafis). Chegas com Nunca Mais Seremos os Mesmos ao topo mágico dos grandes poetas. É uma das mais poderosas poéticas do mundo atual.Pena que eu ande adoentado e não possa escrever um ensaio sobre isto.
'''Gerardo Mello Mourão''', Rio, 2005.
Luiz de Miranda, com Cantos de Sesmaria, canta sua terra, e faz dela um canto universal, tornando-se um dos maiores poetas do mundo.
José Augusto Seabra, Paris, 2003.
Luiz de Miranda, ápice da poesia brasileira.
'''Moacyr Scliar''', Porto Alegre, 2006.
Sou suspeito para falar, porque desde jovem fui apaixonado pela riqueza e complexidade das sinestesias de Luiz de Miranda. Considero-o maior que Pablo Neruda, mas, para não causar polêmica ou estranheza, poderíamos colocá-lo no mesmo grupo dos grandes da história, que também teria a participação dos portugueses Camões, Fernando Pessoa, afora José Saramago. O prosador-poeta. Luiz de Miranda é um dos melhores poetas do mundo.Também estão num grupo inferior ou no mesmo time, poeta como Dante e Virgílio, Camões e Pessoa, Eliot e Paund, mais Whitman. Em 2012, um professor do Peru, me disse “Não deixaste  pedra sobre pedra, quando afirmaste que Luiz de Miranda era melhor que Neruda. '''Luiz de Miranda-O Maior Poeta do Mundo'''.
Eduardo Jablonski, Porto Alegre, 2013.
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<strong>ELEGIA DA LONGA AUSÊNCIA</strong>

Este lugar é meu lugar no mundo,

por isso te escrevo

com encanto e dor.

A ausência perdura

e perfura

o escondido da alma.

Estou só,

mas estou vivo

e empurro

para bem longe

a tristeza que há

nos dormentes da memória.

Estou sossegado

no descampado,

onde moro em meio da noite,

antiga companheira de martírios

e estrelas,

as conto no céu abafado

de fevereiro.

O oleiro trabalha

o barro da existência

num cavalo azul.

Eu o olho com doçura

nesse momento madrugadeiro.

Sou guerreiro

detrás daquelas nuvens

que passam ligeiras,

e aumenta a ausência

que se alonga no horizonte

num largo caminho

sem pontes.

Perquiro o que me sobra

dos meses,

passo os calendários

montando a vida

meu bem      meu mal

quando saio

pela porta do inferno

e vou dar em lugar algum,

mas um dia

me trará o mar,

minha pequena salvação,

depois voltarei a terra

na ogiva

de seu esplendor,

contarei os anos

que tenho guardado,

noite

meu jeito de viver

vicissitude

à margem do caos

possuído

de amores amargos,

dureza

que não ama

e abalroo

o que soa

como grito

no infinito

do meu olhar

e fabrico aros de ouro,

meus brinquedos velhos

no fundo da casa,

lírica rosa nascia

onde tocava

tua mão macia,

era dia bom

para o meu pobre coração,

eivado de medo

e protegido por cordão

de ouro

da Virgem Maria.

Um toldo longo

me protege do vendaval

que se anuncia

no avental

das horas.

Quero melhorar

dessa melancolia

que me atordoa

nesta urbe

de cimento e cinza.

A besta,

o grito das ovelhas

me cercam.

Peço perdão

e sigo adiante,

chuva e areia

na praia

que não existe,

como jamais viste.

É um auroral estranho,

o que me ajuda

levar o rebanho.

Sou um potro abandonado

que trabalha só

nestes descampados da pampa.

Penso nos teus olhos

e às vezes choro,

não por mim

que fui abandonado,

mas sou amado

dos que me cercam,

e assim me salvo.

Talvez a vida

seja só isto,

e assim de sobressalto

no alto

do cadafalso

colocar meu corpo,

armo meus alforjes

de esperança

e não salto.

Permaneço imune

diante do adeus,

os florins da guerra

ainda são meus.

Terço uma pampa

branda,

mas brava

numa avenca branca

que abraça o desamor

dos meus itinerários,

neste diário sobrevivo.

Viver é ir à deriva

com face altiva.

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2010. Do livro Amores Amargos.

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<strong>A UM DIA DA ETERNIDADE</strong>

Para onde vou não há retorno,
os ventos zunem nas distâncias,
nas lonjuras mais ermas.
Estou a um dia da eternidade.
Mas há ainda um ranger de dentes
das plenas rebeldias.

Teu amor não vem,
teu amor vem tarde,
como a paisagem da janela de um trem
já não vem.
Teu amor
amortece
na mesa vazia de um bar.

Esguia e bela,
somes nos nomes
que a paixão não traz.

O que bebo é vinho
e ventania,
loucura dos santos,
que se perderam na procura
do que nunca tive.

És bela,
o desejo é belo,
e basta.
Longe de casa,
eu moro na rua Lima e Silva,
em Porto Alegre,
no fim do mundo.
Só o coração compreende,
que a paixão não traz,
o barco da ternura jaz,
neste rio Uruguai
da minha vida inteira,
correndo para o Mar del Plata,
onde ainda se ata
a dor da vida e a dor da morte,
linho na bruma da manhã,
metade sonho, metade morte,
apenas um cesto de romã.

Um dia irei além do impossível,
serei ainda o barco de um só rio.
A nudez é plena,
a nudez da água navega.
Quem me conhece pensa que sabe,
mesmo assim, não sabe
da solidão da porta dos hospitais,
onde nunca entrarei.
Prefiro a morte súbita,
alma voando,
num repente,
um breve momento,
frente a Deus.

Tudo é solitude.
nos descampados da pampa,
minha lei e minha origem.
As flores crescem para além
dos muros da minha cidade,
liberdade
em tudo o que arde.

Sereio o que sonhei,
a mil anos daqui.
Serei,
como a pérola
que vive encantada
na sua concha,
no fundo do mar.

Irei ao mundo,
como fui um dia
à escola.

Só os deuses
entendem dormir
entre estrelas,
e acordar sem elas
e poder vê-las
em cada vão da tarde.

Porto Alegre, noite de 21 de março de 1998.
Do livro “Quarteto dos Mistério, Amor e Agonias, 1999. Considerado obra prima, no prefácio que faz Gerardo Mello Mourão, único brasileiro indicado ao Nobel de Literatura, el 1979, pela Universidade de New York.

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<strong>Artefactos para cumprir a vida</strong>

I

Nasci em Uruguaiana
com todos os benefícios da memória

O rio Uruguai é o mar de infância
pendurando no rosto
a fuselagem de meus ossos

II

Quando indaguei
no transe das coisas íntimas
agora prendo nelas o tambor do meu desejo
as fatias desprovidas destes dias

Quanto dói a lonjura
que fecha nossa infância
e mais se sabemos rompido
o caminho da lembrança

III

Onde tenho a injustiça
me detenho
não há entrave no meu canto
e canto (prova mais dura
de ser presente – não aparente)
o que resiste e sem demora
veste a roupa de sua hora

Para tanto
asilar as dores de cabeça
em carreiras
despedir dos relógios
a despedida
ser de resguardo
nos guardados
da esperança

Asilar o primeiro amor
o coração desabitado
e nesse arredo
suspender dos meses a solidão

arredar o medo
sem o segredo do transporte
ao visto vigiá-lo
como pedaço do próprio corpo

IV

Em todos os nortes e ventos
disponho os trastes inábeis
já auferi a vida outro trajeto
e abandono de vez
a ressaca dos domingos

Haverá quem pergunte
coisas mais solenes
haverá quem indague
no branco das camisas
nas gravatas e sapatos
minha altivez

Não isso não
a vida é corredor sem regresso
derivando derivando
aonde se abandona
o mofo do rigime

V

Ah! uma canção
lonjura de pó
nas paredes que me cobrem

Tanta morte enfeixa
minha camisa de brim
que morrer faz a diferença
na distância
onde meu sonho se anuncia

Tanta morte equilibra no meu ombro
no lado esquerdo
onde escondo o pensamento
que viver é ir com todos
sem nunca se perder

VI

Na linha do horizonte
a justiça equilibra seu pronome
é deveras distantes
é deveras enrolado ao falso de seu nome
nos documentos vigentes do sistema

A justiça é porto seguro
represa de vento
onde desembarcamos a vida
é porta operária
onde o tempo é arma acesa
e fantasma

VII

Onde tenho a injustiça
me detenho

Sou desembarcado
não por desejo
nos domicílios de mil novecentos
e setenta e dois
num abril que resseca minha idade

Sou desembarcado
e desde muito
teço junto aos irmãos
nova rede nova arma

Não exaspera minha descida
nesta hora
aprendi do caminho
como a serpente
o veneno de si mesma

Aprendi não de repente
a rebeldia elementar
e nos seus volumes cinzentos
fundei minha casa

Golpe a golpe
desmembramos o dia
o difícil instante
onde fundamos nossa casa

VII

A vida é o trajeto vivo
cumpre movê-la
suspendendo nos dentes
o mal nascido

mas até amanhã
onde até dezembro
colocar a mão desprovida
o coração maduro que despencou ?

O amor
ainda censurado
é permitido às palavras
nelas fazemos muradas e abrigos
em dia de boa paz
o roto amar da vida

Onde antes que a noite
permita todo seu pasmo
colocar o sal e a pólvora
e tristeza e as horas
roubadas dos relógios ?

IX
Ah! canção para cumprir a vida
sempre adiada
artefacto de sonho
para cobrir o que me falta
o que me resta

Todo o desigual
é uma distância sem perdão
e mofa em nossos olhos

<em>Memorial 1973.</em>

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<nowiki>------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</nowiki>


E-mail: luizdemiranda@terra.com.br.

Fones: 55 (51) 30859947 e 55 (51) 9179 4891
http://luizdemiranda.wordpress.com


== Prêmios<ref>{{Citar web|url=http://www.metodista.br/fateo/noticias/poeta-luiz-de-miranda-ex-aluno-da-fateo-lanca-seu-novo-livro-no-dia-12-de-novembro/|título=Poeta Luiz de Miranda, ex-aluno da FaTeo, lança seu novo livro no dia 12 de novembro — Portal Metodista|publicado=www.metodista.br|acessodata=17 de abril de 2012}}</ref> ==
== Prêmios<ref>{{Citar web|url=http://www.metodista.br/fateo/noticias/poeta-luiz-de-miranda-ex-aluno-da-fateo-lanca-seu-novo-livro-no-dia-12-de-novembro/|título=Poeta Luiz de Miranda, ex-aluno da FaTeo, lança seu novo livro no dia 12 de novembro — Portal Metodista|publicado=www.metodista.br|acessodata=17 de abril de 2012}}</ref> ==
* Prêmio Estadual de Poesia ([[1971]])
** Prêmio Estadual de Poesia (1971)
* Prêmio de Literatura de [[1985]], do Jornal The Brazilians, de Nova Iorque, no First Brazilian National Independence Day Street Festival.
** Prêmio de Literatura de 1985, do Jornal The Brazilians, de Nova Iorque, no First Brazilian National Independence Day Street Festival.
* Prêmio Expresión Cultural, da [[República do Panamá]] ([[1985]]). Prêmio Excelência en las Americas, do programa de televisão norte-americana Cita con las Américas, de [[Nova Iorque]] (1985).
** Prêmio Expresión Cultural, da República do Panamá (1985).
** Prêmio Excelência en las Americas, do programa de televisão norte-americana Cita con las Américas, de Nova Iorque (1985).
* Prêmio Literário [[Érico Veríssimo]], da Câmara de Vereadores de [[Porto Alegre]] ([[1988]]).
** Condecoração do Instituto Panameño de Turismo, Panamá, por sua atuação como Diretor de Cultura de Porto Alegre (1986).
** Prêmio Literário Érico Veríssimo, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre (1987).
* Prêmio de Poesia 1987, Jornal Kronica e Epatur.
* Prêmio Valores Culturais de las Américas, concedido pelo programa de televisão Cita con las Américas, de [[Nova Iorque]] ([[1988]]).
** Prêmio de Poesia 1987, Jornal Kronica e Epatur.
** Prêmio Valores Culturais de las Américas, concedido pelo programa de televisão Cita con las Américas, de Nova Iorque (1988).
* Prêmio Clave de Sol, conferido pelo Clube de Compositores do [[Rio Grande do Sul]] ([[1988]]).
** Prêmio Clave de Sol, conferido pelo Clube de Compositores do Rio Grande do Sul (1988).
* Prêmio de Poesia, por Poesia Reunida, [[Paraguai]] ([[1993]]).
** Prêmio de Poesia, por Poesia Reunida, Paraguai (1993).
* Prêmio Mayor Poeta Latinoamericano Govierno do Alto Paraná, [[Paraguai]] ([[1993]])
** Prêmio Major Poeta Latinoamericano - Gobierno del Alto Paraná, Paraguai (1993).
* Prêmio Literatura and Family: The Noblest Desire, Bolonha; Itália ([[1993]]).
** Prêmio Literatura and Family: The Noblest Desire, Bolonha; Itália (1993).
* Livro do Meses recebe o Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil ([[1993]]).
** Livro do Mese recebe o Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (1993).
* Recebe o Título Cidadão de [[Porto Alegre]] ([[1997]]), por votação unânime do vereadores.
** Recebe o Título Cidadão de Porto Alegre (1997), por votação unânime do vereadores.
** Seu livro Solidão Provisória foi considerado, em 1978, o mais importante lançamento da Poesia por Zero Hora e Jornal do Brasil.
* Com Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania ganha o grande Prêmio [[2001]] da [[Academia Brasileira de Letras]] e é finalista do [[Prêmio Jabuti]].
** Com Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania ganha o grande Prêmio 2001 da Academia Brasileira de Letras e é finalista do Prêmio Jabuti.
* Prêmio Negrinho do Pastoreio, ao melhor [[Poeta]] do [[Rio Grande do Sul]] ([[2005]]).
** Prêmio Negrinho do Pastoreio, 2005.
* Prêmio 2009 do Instituto Literário e Cultural Hispânico, com sede nos [[Estados Unidos]].
** Recebe o título de "Príncipe dos Poetas do Rio Grande" dado pela Casa dos Poetas do Rio Grande do Sul.
** Premio Internacional de Poesia. Passo de Los Libres. 2005. Argentina.
** Premio Internacional Argentina/Brasil. Passo de Los Libres. 2007. Argentina.
** Prêmio Açorianos de Poesia - 2009.
** Prêmio Consul Cultural do Sport Club Internacional - 2009.
** Prêmio do Instituto Literário e Cultural Hispânico, 2009 (Califórnia-USA, já recebido por escritores mundialmente conhecidos, como Augusto Roa Bastos, Mario Benedetti.
** Prêmio Medalha da 52ª Legislatura da Assembléia do Rio Grande do Sul, 2010.
** Prêmio da Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras, Paris, 2010.
** Prêmio Medalha de Ouro do Senado Francês. Paris, França. 2010.
** Condecoração pelos 45 anos de Poesia na Câmara de Vereadores de Uruguaiana - RS. Dezembro de 2012.


== Obra ==
== Obra ==

Revisão das 20h11min de 26 de fevereiro de 2014

Luiz de Miranda
Luiz de Miranda
Recepção ao poeta Luiz de Miranda (dir.) 2009, com Escritor Alcione Sortica (esq.).
Nascimento Luiz Carlos Goulart de Miranda
6 de abril de 1945
Uruguaiana
 Rio Grande do Sul
 Brasil
Nacionalidade Brasil brasileiro
Alma mater PUCRS
Ocupação escritor
poeta
cronista
filósofo
Movimento literário Poesia
Página oficial
http://luizdemiranda.wordpress.com

Luiz de Miranda, entre os maiores poetas do mundo e o que tem a obra mais vasta. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura 2013 e 2014.

Eduardo Jablonski

Poeta nascido em Uruguaiana e já com mais de quarenta e cinco anos de carreira literária, Luiz de Miranda tem 35 livros publicados num total de páginas que impressiona pelo volume, sem, contudo, comprometer o conteúdo e a qualidade. De fato, são 4.012 páginas impressas, a mais extensa obra do mundo, com poemas que mantêm a qualidade estética, tematizando assuntos que vão da esfera social às manifestações eróticas, dirigidos ora a um público adulto e maduro, ora a um público formado por jovens adolescentes. Miranda lança em maio “Salve Argentina”, em espanhol. 188 páginas. É o maior canto de louvor à Argentina feito no mundo. Pablo Neruda tem 2.080 páginas, e Ezra Pound, 837 páginas. Miranda lançou em março de 2009 “MONOLÍTICO (Memória Que Não Morre”, 292 páginas de um longo poema sobre o qual Antonio Olinto, da Academia Brasileira de Letras, afirma: “Ourives da palavra, Miranda chega com Monolítico ao patamar da grande obra da Língua.” Saiu em março “Melhores Poemas de Luiz de Miranda”, Editora Global, SP, com lançamento nacional. Saiu em maio “Vozes do Sul do Mundo”, o primeiro volume da coleção Luiz de Miranda editada pela EdiPUCrs. Agora aparece em outubro o segundo volume da coleção: ”Rio de Janeiro, Canto de Luz Mar Adentro”, 130 cantos e 180 páginas. Saiu em abril de 2012 “Salve Portugal, 188 páginas, o terceiro volume da coleção da Edipucrs, quarto volume “Amores Amargos” com “286 páginas”, quinto volume “Salve Argentina”, em espanhol e agora aparece este magnífico livro:”Vastidões da Pampa Inteira”, que encerra a coleção da PUC que levava o nome de Luiz de Miranda. Recebeu em 2010 o Prêmio da Academia de Letras, Ciências e Artes Francesa. Saiu em março, na Feira de Paris seu livro “Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania (Trilogie du Blue). Recebeu em abril o Prêmio 52ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Sairá  Antologia Poética na Espanha, coordenada e traduzida por Perfecto Cuadrado. Manuel Bandeira, em seus sessenta (60) anos de produção, era o poeta que, junto com Carlos Drummond de Andrade, apresentava uma quantidade realmente apreciável de poemas. em nosso país; Fernando Pessoa e Camões, em Portugal também escreveram significativo número de poesias. E todos, seguramente, já foram ultrapassados por Luiz de Miranda.que tem 35 livros publicados. Estão para sair: “Vastidões da Pampa Inteira”,  e uma antologia em Inglês (Temas e Poemas de Luiz de Miranda). Para entendermos melhor a obra Miranda nunca será demais ter-se uma visão continental mesmo que sucinta, mas necessária. O ensaísta e professor universitário Perfecto Cuadrado, da Universitat de les Illes Balears, em Palma, Mallorca, Espanha, sobre Luiz de Miranda afirma: “… é o grande poeta épico que transforma o eu pessoal em coletivo, a voz individual na voz de um povo. Dá prosseguimento ao que fez Rubén Darío, seguido por Gabriela Mistral e Pablo Neruda. É uma voz única na América Latina”. MIRANDA, um dos maiores poetas do mundo. “Luiz de Miranda – o Senhor da Palavra” (Edipucrs), 2010, é um livro sobre a obra e a vida de Miranda, considerado um dos maiores poetas do mundo: “Luiz de Miranda, com “Cantos de Sesmaria”, canta sua terra e faz dela um canto universal, tornando-se um dos maiores do mundo.” José Augusto Seabra, Paris, 2003, ex-ministro de Educação de Portugal, e considerado a maior autoridade em Fernando Pessoa. “Como já disse, tua Poesia é única, funciona como um “organum”, como os neo-helênicos de Alexandria (vide Kavafis). Chegas com “Nunca Mais Seremos os Mesmos” ao topo mágico dos grandes poetas. És uma das maiores poéticas do mundo atual. Pena eu andar adoentado e não poder escrever um ensaio sobre isto.” Gerardo Mello Mourão, Rio, 2005. Este livro “Senhor da Palavra” está nas principais livrarias ou pelaedipucrs@pucrs.br ou luizdemiranda@terra.com.br. Em março, dia 14, de 2011, Miranda viajou para Paris para participar do Salão do Livro de Paris e fazer  o lançamento do seu  livro “TRILOGIE DU BLEU”, da Editora francesa Yvelinedition pela Divine Colletion , recebeu Prêmio Mérite et Dévoument, a Medalha de Ouro no Senado Francês. Esteve também na Espanha, em Palma de Mallorca, na Universidade das Illes Balears para conferência e recital.

Sobre o autor: Nascido em Uruguaiana, com mais de 45 anos de poesia, Luiz de Miranda possui um vasto trabalho, que contempla 35 livros publicados, com o tema sempre voltado a nosso continente e suas belezas. Raul Bopp, o celebrado autor de “Cobra Norato”, ainda nos anos setenta do século XX, disse do autor aqui focalizado: “A poesia de Luiz de Miranda revela a sensibilidade do verdadeiro grande poeta. É uma contribuição definitiva à literatura brasileira”. Já o professor universitário, crítico e poeta, Affonso Romano de Sant’Anna, registrou: “A poesia de Luiz de Miranda é forte como o Canto General, de Pablo Neruda, e o poeta uruguaianense constitui-se em um verdadeiro Orfeu dos Pampas”, Rio, 2002. Na verdade, nesses mais de quarenta e cinco anos de trajetória poética, Luiz de Miranda jamais perdeu de vista a realidade continental americana. E bem antes de iniciar-se como poeta em letra e forma, pode-se falar dos contatos com a realidade poética das Américas pelas leituras que o passar do tempo foi-se encarregando de tornar mais intensas de um Edgar Alan Poe, Walt Whitman, Inés de la Cruz, Octavio Paz, da América do Norte, passando pelos centro-americanos José Martí, Rubén Darío, para chegar aos sul-americanos Zorrilla de San Martín, José Hernández, Juana de Ibarbourou, Pablo Neruda, Gabriela Mistral, Jorge Luís Borges, dentre tantos, importantíssimos outros de língua castelhana, sem descurar dos patrícios. Em seu trabalho poético, de forma recorrente tem tratado de lugares e de pessoas, formadores desta realidade americana que tanto o envolve. Vultos políticos, entre os quais Salvador Allende, Martin Luther King, Che Guevara, João Goulart, e artísticos, como Pablo Neruda, Fernando Pessoa, Mario Benedetti,Joan Manuel Serrat, Antonio Machado, Garcia Lorca. Alberti. Hernandez, Eliot e Paund têm merecido de Miranda não apenas o reconhecimento, mas eloquente distinção. O número que fala da produção intensa desse escritor que vive para a poesia, pode-se dizer sem exageros, é reflexo de uma mudança de rota que acontece quando Miranda publica Quarteto dos Mistérios, Amor e Agonias, 384 páginas (1999), Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania, 304 páginas (2000), galardoado com o “Prêmio Nacional 2001 da Academia Brasileira de Letras”, Trilogia da Casa de Deus, 280 páginas (2002), Canto de Sesmaria, um longo poema desenvolvido em 280 páginas (2003) e Nunca Mais Seremos os Mesmos, com 416 páginas (2005. Saiu “Melhores Poemas de Luiz de Miranda”, 207 páginas, pela Ed. Global-SP, em março de 2010. Selecionado e apresentado pela Prof. Dra. Regina Zilberman. À mercê do seu trabalho, tem vindo o justo reconhecimento. Miranda tem prêmios 13 no Exterior: Estados Unidos (4), Paraguai (2), Panamá (2), Itália (1), (2) na Argentina e França(2). Recentemente, recebeu o título de Membro de Honra do Instituto Literário y Cultural, com sede na Califórnia, USA, passando a figurar ao lado de nomes ilustres como Jorge Luis Borges, Isabel Allende e Ernesto Sábato, por exemplo. E a revista Alba de América (800 páginas), editada pela citada entidade, publicou poemas de Miranda e um ensaio de Antonio Olinto sobre a obra do uruguaianense. Luiz de Miranda ganha em 2009 um dos maiores Prêmios mundiais, o do Instituto Literário e Cultural Hispânico, que já agraciou nomes internacionais como Augusto Roa Bastos e Mario Benedetti. Miranda recebeu o Prêmio em 12 de agosto na Argentina no XXXII Congresso Mundial da Entidade. Miranda recebeu em 2009, da Secretaria Municipal da Prefeitura de Porto Alegre, o Prêmio Açoriano de Melhor Livro de Poesia do ano, com “Monolítico”. Sempre voltado para nosso continente, ainda no mês de julho de 2007, em sua cidade natal, a fronteiriça Uruguaiana, redigiu o poema intitulado Salve a Argentina, composto por 103 cantos, certamente o primeiro cântico de louvor à pátria-irmã escrito por um brasileiro. Todo o acervo poético de Luiz de Miranda foi entregue ao Projeto Delfos – Memória Cultural da Pontifícia Universidade Católica do RGS, em dezembro de 2009. Lá estiveram Erico Veríssimo e Mario Quintana. Está lá sua biblioteca, com 2 mil volumes. Pequena Biografia Luiz de Miranda nasceu em Uruguaiana/RS, fronteira com a Argentina e Uruguai. Sucesso de público e de crítica. “Amor de Amar” vendeu 1.860 exemplares em dois meses; Livro dos Meses vendeu mais 30 mil; Livro do Pampa, 20 mil. A maioria de seus livros está com a edição esgotada. Para Ary Quintella: “Miranda é o melhor poeta vivo do Brasil”. LM é verbete da Enciclopédia Biblos da Europa, a pedido da Universidade de Coimbra, Portugal, com texto composto pela crítica e professora doutora Regina Zilberman. Em 1987 foi eleito para a Academia Rio-grandense de Letras e em 2000 para a Academia Sul-Brasileira de Letras, localizada em Pelotas/RS. Já pediu demissão da Academia Rio-Grandense de Letras. É Sócio Honorário do Instituto João Simões Lopes Neto. Breve Fortuna Crítica

Nunca Mais Seremos os Mesmos, esta epopéia que resume toda a sua mitologia pessoal como poeta e que nos descortina aquilo em que consiste a herança dos que nascem nos Pampas. Trata-se de um poema de raiz e que, como tal, mergulha fundo e viscoso na alma de quem o lê. Ivan Junqueira – Presidente da Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro, 17 de Abril de 2005. Sua Trilogia da Casa de Deus é forte, é um verdadeiro Canto General de Pablo Neruda, cheio de generosa amizade. A Poesia sopra com a força mítica de Orfeu. Um Orfeu dos Pampas. Affonso Romano de Sant’Anna Rio de Janeiro, 2002. Miranda é o grande poeta épico que transforma o eu pessoal em coletivo, a voz individual na voz de um povo. Dá prosseguimento ao que fez Rubén Darío, seguido por Gabriela Mistral e Pablo Neruda. É uma voz única na América Latina. Perfecto Cuadrado Madrid, 2005. Luiz de Miranda é o grande poeta do Pampa, no mesmo lirismo épico de José Hernández, num tom mais alto que o próprio Martín Fierro. Gerardo Mello Mourão Rio de Janeiro, 2005. De fato, analisando com vagar e atenção os livros até hoje publicados de Luiz de Miranda, sem qualquer dúvida é possível afirmar que se trata de um dos grandes poetas brasileiros de todos os tempos, dando segmento às grandes produções no idioma português, de Camões a Fernando Pessoa, passando por Antero de Quental e Carlos Drummond de Andrade. José Édil de Lima Alves Porto Alegre, 2005. Luiz de Miranda é tão autêntico quanto a sua arte. É impossível não gostar dele, como é impossível não gostar de sua poesia. Luiz de Miranda, poeta maior deste país. Moacyr Scliar Porto Alegre, 1997. Luiz de Miranda é uma das poucas grandes vozes da poesia brasileira atual. Nelson Werneck Sodré Rio de Janeiro, 1996. Do tempo e da circunstância, do amor dos outros e da vida, de fiapos da existência dilacerada destas horas, do efêmero cotidiano que os poderosos crêem que não fique, dessa matéria fluida e perdível, da captação desse lixo da história e da exploração do homem, do sensível e emotível e comovível, destas coisas aparentemente irrelevantíssimas, Luiz de Miranda ergueu este seu canto de eternidade: bem haja! Antônio Houaiss Rio de Janeiro, 1987. A poesia de Luiz de Miranda fala de todos nós. Ferreira Gullar Buenos Aires, 1976. O essencial da poética de Luiz de Miranda, um dos mais altos momentos da Poesia Brasileira Contemporânea, se inscreve na grande tradição lírica da Língua Portuguesa e na esteira da revolução das linguagens do nosso tempo, aberta ao futuro pelo   modernismo dos dois lados do Atlântico e prolongada por sucessivas gerações deste século. José Augusto Seabra Paris, 1997. Como já disse, tua poesia é única que funciona como um “organum”, como os neo-helênicos de Alexandria (vide Kavafis). Chegas com Nunca Mais Seremos os Mesmos ao topo mágico dos grandes poetas. É uma das mais poderosas poéticas do mundo atual.Pena que eu ande adoentado e não possa escrever um ensaio sobre isto. Gerardo Mello Mourão, Rio, 2005. Luiz de Miranda, com Cantos de Sesmaria, canta sua terra, e faz dela um canto universal, tornando-se um dos maiores poetas do mundo. José Augusto Seabra, Paris, 2003. Luiz de Miranda, ápice da poesia brasileira. Moacyr Scliar, Porto Alegre, 2006. Sou suspeito para falar, porque desde jovem fui apaixonado pela riqueza e complexidade das sinestesias de Luiz de Miranda. Considero-o maior que Pablo Neruda, mas, para não causar polêmica ou estranheza, poderíamos colocá-lo no mesmo grupo dos grandes da história, que também teria a participação dos portugueses Camões, Fernando Pessoa, afora José Saramago. O prosador-poeta. Luiz de Miranda é um dos melhores poetas do mundo.Também estão num grupo inferior ou no mesmo time, poeta como Dante e Virgílio, Camões e Pessoa, Eliot e Paund, mais Whitman. Em 2012, um professor do Peru, me disse “Não deixaste  pedra sobre pedra, quando afirmaste que Luiz de Miranda era melhor que Neruda. Luiz de Miranda-O Maior Poeta do Mundo. Eduardo Jablonski, Porto Alegre, 2013.

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ELEGIA DA LONGA AUSÊNCIA

Este lugar é meu lugar no mundo,

por isso te escrevo

com encanto e dor.

A ausência perdura

e perfura

o escondido da alma.

Estou só,

mas estou vivo

e empurro

para bem longe

a tristeza que há

nos dormentes da memória.

Estou sossegado

no descampado,

onde moro em meio da noite,

antiga companheira de martírios

e estrelas,

as conto no céu abafado

de fevereiro.

O oleiro trabalha

o barro da existência

num cavalo azul.

Eu o olho com doçura

nesse momento madrugadeiro.

Sou guerreiro

detrás daquelas nuvens

que passam ligeiras,

e aumenta a ausência

que se alonga no horizonte

num largo caminho

sem pontes.

Perquiro o que me sobra

dos meses,

passo os calendários

montando a vida

meu bem      meu mal

quando saio

pela porta do inferno

e vou dar em lugar algum,

mas um dia

me trará o mar,

minha pequena salvação,

depois voltarei a terra

na ogiva

de seu esplendor,

contarei os anos

que tenho guardado,

noite

meu jeito de viver

vicissitude

à margem do caos

possuído

de amores amargos,

dureza

que não ama

e abalroo

o que soa

como grito

no infinito

do meu olhar

e fabrico aros de ouro,

meus brinquedos velhos

no fundo da casa,

lírica rosa nascia

onde tocava

tua mão macia,

era dia bom

para o meu pobre coração,

eivado de medo

e protegido por cordão

de ouro

da Virgem Maria.

Um toldo longo

me protege do vendaval

que se anuncia

no avental

das horas.

Quero melhorar

dessa melancolia

que me atordoa

nesta urbe

de cimento e cinza.

A besta,

o grito das ovelhas

me cercam.

Peço perdão

e sigo adiante,

chuva e areia

na praia

que não existe,

como jamais viste.

É um auroral estranho,

o que me ajuda

levar o rebanho.

Sou um potro abandonado

que trabalha só

nestes descampados da pampa.

Penso nos teus olhos

e às vezes choro,

não por mim

que fui abandonado,

mas sou amado

dos que me cercam,

e assim me salvo.

Talvez a vida

seja só isto,

e assim de sobressalto

no alto

do cadafalso

colocar meu corpo,

armo meus alforjes

de esperança

e não salto.

Permaneço imune

diante do adeus,

os florins da guerra

ainda são meus.

Terço uma pampa

branda,

mas brava

numa avenca branca

que abraça o desamor

dos meus itinerários,

neste diário sobrevivo.

Viver é ir à deriva

com face altiva.

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2010. Do livro Amores Amargos.

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A UM DIA DA ETERNIDADE

Para onde vou não há retorno, os ventos zunem nas distâncias, nas lonjuras mais ermas. Estou a um dia da eternidade. Mas há ainda um ranger de dentes das plenas rebeldias.

Teu amor não vem, teu amor vem tarde, como a paisagem da janela de um trem já não vem. Teu amor amortece na mesa vazia de um bar.

Esguia e bela, somes nos nomes que a paixão não traz.

O que bebo é vinho e ventania, loucura dos santos, que se perderam na procura do que nunca tive.

És bela, o desejo é belo, e basta. Longe de casa, eu moro na rua Lima e Silva, em Porto Alegre, no fim do mundo. Só o coração compreende, que a paixão não traz, o barco da ternura jaz, neste rio Uruguai da minha vida inteira, correndo para o Mar del Plata, onde ainda se ata a dor da vida e a dor da morte, linho na bruma da manhã, metade sonho, metade morte, apenas um cesto de romã.

Um dia irei além do impossível, serei ainda o barco de um só rio. A nudez é plena, a nudez da água navega. Quem me conhece pensa que sabe, mesmo assim, não sabe da solidão da porta dos hospitais, onde nunca entrarei. Prefiro a morte súbita, alma voando, num repente, um breve momento, frente a Deus.

Tudo é solitude. nos descampados da pampa, minha lei e minha origem. As flores crescem para além dos muros da minha cidade, liberdade em tudo o que arde.

Sereio o que sonhei, a mil anos daqui. Serei, como a pérola que vive encantada na sua concha, no fundo do mar.

Irei ao mundo, como fui um dia à escola.

Só os deuses entendem dormir entre estrelas, e acordar sem elas e poder vê-las em cada vão da tarde.

Porto Alegre, noite de 21 de março de 1998. Do livro “Quarteto dos Mistério, Amor e Agonias, 1999. Considerado obra prima, no prefácio que faz Gerardo Mello Mourão, único brasileiro indicado ao Nobel de Literatura, el 1979, pela Universidade de New York.

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Artefactos para cumprir a vida

I

Nasci em Uruguaiana com todos os benefícios da memória

O rio Uruguai é o mar de infância pendurando no rosto a fuselagem de meus ossos

II

Quando indaguei no transe das coisas íntimas agora prendo nelas o tambor do meu desejo as fatias desprovidas destes dias

Quanto dói a lonjura que fecha nossa infância e mais se sabemos rompido o caminho da lembrança

III

Onde tenho a injustiça me detenho não há entrave no meu canto e canto (prova mais dura de ser presente – não aparente) o que resiste e sem demora veste a roupa de sua hora

Para tanto asilar as dores de cabeça em carreiras despedir dos relógios a despedida ser de resguardo nos guardados da esperança

Asilar o primeiro amor o coração desabitado e nesse arredo suspender dos meses a solidão

arredar o medo sem o segredo do transporte ao visto vigiá-lo como pedaço do próprio corpo

IV

Em todos os nortes e ventos disponho os trastes inábeis já auferi a vida outro trajeto e abandono de vez a ressaca dos domingos

Haverá quem pergunte coisas mais solenes haverá quem indague no branco das camisas nas gravatas e sapatos minha altivez

Não isso não a vida é corredor sem regresso derivando derivando aonde se abandona o mofo do rigime

V

Ah! uma canção lonjura de pó nas paredes que me cobrem

Tanta morte enfeixa minha camisa de brim que morrer faz a diferença na distância onde meu sonho se anuncia

Tanta morte equilibra no meu ombro no lado esquerdo onde escondo o pensamento que viver é ir com todos sem nunca se perder

VI

Na linha do horizonte a justiça equilibra seu pronome é deveras distantes é deveras enrolado ao falso de seu nome nos documentos vigentes do sistema

A justiça é porto seguro represa de vento onde desembarcamos a vida é porta operária onde o tempo é arma acesa e fantasma

VII

Onde tenho a injustiça me detenho

Sou desembarcado não por desejo nos domicílios de mil novecentos e setenta e dois num abril que resseca minha idade

Sou desembarcado e desde muito teço junto aos irmãos nova rede nova arma

Não exaspera minha descida nesta hora aprendi do caminho como a serpente o veneno de si mesma

Aprendi não de repente a rebeldia elementar e nos seus volumes cinzentos fundei minha casa

Golpe a golpe desmembramos o dia o difícil instante onde fundamos nossa casa

VII

A vida é o trajeto vivo cumpre movê-la suspendendo nos dentes o mal nascido

mas até amanhã onde até dezembro colocar a mão desprovida o coração maduro que despencou ?

O amor ainda censurado é permitido às palavras nelas fazemos muradas e abrigos em dia de boa paz o roto amar da vida

Onde antes que a noite permita todo seu pasmo colocar o sal e a pólvora e tristeza e as horas roubadas dos relógios ?

IX Ah! canção para cumprir a vida sempre adiada artefacto de sonho para cobrir o que me falta o que me resta

Todo o desigual é uma distância sem perdão e mofa em nossos olhos

Memorial 1973.

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E-mail: luizdemiranda@terra.com.br.

Fones: 55 (51) 30859947 e 55 (51) 9179 4891 http://luizdemiranda.wordpress.com

Prêmios[1]

** Prêmio Estadual de Poesia (1971)
    • Prêmio de Literatura de 1985, do Jornal The Brazilians, de Nova Iorque, no First Brazilian National Independence Day Street Festival.
    • Prêmio Expresión Cultural, da República do Panamá (1985).
    • Prêmio Excelência en las Americas, do programa de televisão norte-americana Cita con las Américas, de Nova Iorque (1985).
    • Condecoração do Instituto Panameño de Turismo, Panamá, por sua atuação como Diretor de Cultura de Porto Alegre (1986).
    • Prêmio Literário Érico Veríssimo, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre (1987).
    • Prêmio de Poesia 1987, Jornal Kronica e Epatur.
    • Prêmio Valores Culturais de las Américas, concedido pelo programa de televisão Cita con las Américas, de Nova Iorque (1988).
    • Prêmio Clave de Sol, conferido pelo Clube de Compositores do Rio Grande do Sul (1988).
    • Prêmio de Poesia, por Poesia Reunida, Paraguai (1993).
    • Prêmio Major Poeta Latinoamericano - Gobierno del Alto Paraná, Paraguai (1993).
    • Prêmio Literatura and Family: The Noblest Desire, Bolonha; Itália (1993).
    • Livro do Mese recebe o Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (1993).
    • Recebe o Título Cidadão de Porto Alegre (1997), por votação unânime do vereadores.
    • Seu livro Solidão Provisória foi considerado, em 1978, o mais importante lançamento da Poesia por Zero Hora e Jornal do Brasil.
    • Com Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania ganha o grande Prêmio 2001 da Academia Brasileira de Letras e é finalista do Prêmio Jabuti.
    • Prêmio Negrinho do Pastoreio, 2005.
    • Recebe o título de "Príncipe dos Poetas do Rio Grande" dado pela Casa dos Poetas do Rio Grande do Sul.
    • Premio Internacional de Poesia. Passo de Los Libres. 2005. Argentina.
    • Premio Internacional Argentina/Brasil. Passo de Los Libres. 2007. Argentina.
    • Prêmio Açorianos de Poesia - 2009.
    • Prêmio Consul Cultural do Sport Club Internacional - 2009.
    • Prêmio do Instituto Literário e Cultural Hispânico, 2009 (Califórnia-USA, já recebido por escritores mundialmente conhecidos, como Augusto Roa Bastos, Mario Benedetti.
    • Prêmio Medalha da 52ª Legislatura da Assembléia do Rio Grande do Sul, 2010.
    • Prêmio da Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras, Paris, 2010.
    • Prêmio Medalha de Ouro do Senado Francês. Paris, França. 2010.
    • Condecoração pelos 45 anos de Poesia na Câmara de Vereadores de Uruguaiana - RS. Dezembro de 2012.

Obra

Da bibliografia referenciada do autor contam as seguintes publicações («Bibliografia de Luiz de Miranda - biblioteca da PUCRS» ):

  • Memorial. Porto Alegre: A Nação/IEL, 1973.
  • Solidão Provisória. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978.
  • Estado de Alerta. Porto Alegre: Movimento, 1981.
  • Porto Alegre: roteiro da paixão. Porto Alegre: Tchê, 1985.
  • Amor de Amar. Porto Alegre: LP&M, 1986.
  • Antologia Poética. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
  • Livro do Passageiro. Porto Alegre: Cultura Contemporânea, 1992.
  • Livro dos Meses. São Paulo: FTD, 1992.
  • Poesia Reunida. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/IEL, 1992.
  • Livro do Pampa. Porto Alegre: Sulina, 1995.
  • Amores Imperfeitos. Porto Alegre: Sulina, 1996.
  • Incêndios Clandestinos. Porto Alegre: Coleção Petit-Poa, SMC, 1996.
  • Nova Antologia Poética. Porto Alegre: Sulina, 1997.
  • Quarteto dos Mistérios, Amor e Agonias. Porto Alegre: Sulina, 1999.
  • Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania. Porto Alegre, Sulina, 2000.
  • Trilogia da Casa de Deus. Porto Alegre: Sulina, 2002.
  • Cantos de Sesmarias. Porto Alegre: Sulina, 2003.
  • Poesias das Capitais. São Paulo: FTD, 2003.
  • Nunca Mais Seremos os Mesmos. Porto Alegre: Nova Prova, 2005.
  • Monolítico. Jaraguá do Sul: Design, 2009.
  • Melhores poemas. São Paulo: Global, 2010.
  • Trilogie du Bleu, de la Mer, de Laube et Grands Vents. Paris: Yvelinédition, 2010.

Outras:

  • Amor de Amar
  • Velas de Portugal
  • Salve Argentina
  • Rio de Janeiro, Canto de Amor e Esperança
  • Alquimia da Vida Verdadeira
  • Poesia das Capitais

Referências

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