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Maestro

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 Nota: Para outros significados, veja Maestro (desambiguação).
Maestro/Regente
Maestro
O maestro estadunidense Lorin Maazel,
condutor da Filarmônica de Nova Iorque.
Tipo Profissão
Setor de atividade Música erudita
Competências Teoria musical, canto lírico
Educação requirida Educação superior (Brasil)
Campos de trabalho Orquestra

Maestro (feminino: maestrina) (do latim: magister) ou regente é alguém que rege uma orquestra ou coro. O termo também é aplicado a um virtuose ou grande compositor.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O maestro como conhecemos hoje surgiu no Romantismo musical, quando a massa orquestral ou coral tomou grandes proporções.

Antes disto, no barroco e no período clássico, a figura do maestro não era materializada. Os grupos eram pequenos (orquestras de câmara) e todos os músicos podiam se entreolhar para analisar dinâmicas e entradas. Porém, já no classicismo, com o início do crescimento da massa orquestral ou coral, quem coordenava era o músico mais visível: o primeiro violinista ou algum instrumentista de sopro. Em composições com acompanhamento por instrumento de teclado, o cravo na época e depois o piano, quem tocava este instrumento conduzia a orquestra. Tem-se notícia de Bach e Mozart regendo sentados ao instrumento.

Uma evolução deste estado inicial foi a marcação do tempo (métrica musical) através de batidas de um bastão no chão. Contudo, o ruído produzido pela batida afetava diretamente a música, pois todos precisavam ouvir a marcação (batidas) e assim todo o público também a ouvia. Desta forma, alguns músicos optaram por marcar o tempo com as mãos e braços e outros, ainda, enrolavam as partituras e marcavam o tempo de maneira visual.

Carl Maria von Weber foi quem introduziu uma vareta ou pequeno bastão para substituir o rolo de partitura. A esta vareta deu-se o nome de batuta.[2]

Regência[editar | editar código-fonte]

A regência é o ato de conduzir um grupo de músicos, através do gestual, geralmente exercida pelo maestro.

Regente e regência musical[editar | editar código-fonte]

A regência musical é a atividade através da qual se pode coordenar, dirigir e liderar as atividades musicais realizadas em grupo, para que apresentem coesão e coerência em sua manifestação.

Há grupos que possuem um(a) regente que se posiciona à frente de todos e comunicando referenciais para que os integrantes do grupo possam realizar uma execução musical com unidade interpretativa. E há outros grupos que não possuem um(a) regente destacado. Mas, independente disso, qualquer que seja a situação, todo conjunto musical precisa de um tipo de direção, de uma liderança.

A regência é uma atividade que envolve diversos aspectos: musicais, gestuais, vocais, psicopedagógico e psicológicas. O(a) regente deve representar e promover a unidade da expressão artístico-musical de um grupo de pessoas, mesmo que elas tenham habilidades artísticas heterogêneas. Para isso, precisa se preparar em todos os aspectos citados, principalmente na sua formação musical: bom domínio da partitura, percepção sonora apurada para poder distinguir aquilo que estará conduzindo, conhecimento e compreensão de estilos, gêneros, autores, épocas, questões de contraponto, harmonia e análise musical, etc.

Para o exercício da regência existem gestos convencionais que precisam ser dominados. Eles foram estabelecidos ao longo da história da atividade da regência e permitem um tipo específico de comunicação compreensível por todos que participam do grupo. Existem gestos pessoais que caracterizam o estilo de cada regente, mas algumas convenções, até internacionais, são importantes para que a comunicação se estabeleça de forma homogênea entre grupos distintos.

O maestro comanda a orquestra usando a batuta para melhorar a visualização pelos músicos e cantores. Maestros como Leopold Stokowski (1882–1977), Kurt Masur (1927–2015) e Pierre Boulez (1925–2016), entre outros, notabilizaram-se por regerem sem batuta.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Dicionário Grove de música: edição concisa. Stanley Sadie; tradução Eduardo Francisco Alves. p 564. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,1994». Consultado em 31 de agosto de 2009. Arquivado do original em 12 de outubro de 2007 
  2. «História da música ocidental. Jean e Brigitte Massin; tradução Teresa Resende Costa. p 37ss. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997». Consultado em 31 de agosto de 2009. Arquivado do original em 12 de outubro de 2007 
  3. Harold Farberman (1999). The Art of Conducting Technique: A New Perspective. [S.l.]: Alfred Music, pág. 21 (em inglês). ISBN 9781457460326  Consultado em 13 de fevereiro de 2020.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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