Maiactes Mamicônio
Maiactes Mamicônio | |
---|---|
Morte | 451 Artanuji |
Veneração por | Igreja Apostólica Armênia |
Portal dos Santos |
Maiactes Mamicônio (em armênio/arménio: Հմայեակ Մամիկոնյան; romaniz.:Hmayeak Mamikonian; m. 451) foi um general armênio da família Mamicônio. É considerado um santo e venerado pela Igreja Apostólica Armênia. Filho de Amazaspes I Mamicônio e Isaacanus, da família dos gregóridas (descendentes de Gregório, o Iluminador, o evangelizador da Armênia), e irmão de Vardanes II Mamicônio e Amazaspiano II.[1][2]
História[editar | editar código-fonte]
Desde seu advento, o xá Isdigerdes II (r. 438–457) começou a converter a Armênia ao zoroastrismo, obrigando que a nobreza apostatasse e fechasse as igrejas armênias, construindo templos no lugar delas.[3] Isso gerou muito descontentamento e resulta numa grande revolta liderada por Vardanes.[4][5] Consciente de que estavam em menor número, enviou uma embaixada a Constantinopla, composta por seu irmão Maiactes, Atom Genúnio, Baanes II Amatúnio e Meruzanes Arzerúnio. O imperador Teodósio II (r. 408–450) os recebeu favoravelmente, mas morreu em 450. Seu sucessor Marciano (r. 450–457) preferiu manter a paz com os persas, a fim de lutar contra Átila que ocupou a Panônia e ameaçava Constantinopla.[6]
Em maio de 451, Isdigerdes enviou à Armênia um exército que esmagou Vardanes em 26 de maio de 451 na batalha de Avarair. Vardanes foi morto no confronto, e Bassaces I submeteu-se ao rei, assegurando-lhe que não tinha se juntado às forças insurgentes. No entanto, a guerra de guerrilha contra os persas continuou e Maiactes, ao voltar de Constantinopla, tomou a liderança e ocupou Taique com 2 companheiros, Arteno Gabeliano e Barsabores Paluni. Bassaces de Siunique foi para a região com um exército para enfrentá-los e, posteriormente, os derrotou e matou numa batalha perto de Artanuji.[7][8]
Posteridade[editar | editar código-fonte]
Casou-se com Zoique Arzerúnio, provavelmente a irmã de Meruzanes Arzerúnio, que tinha o acompanhado para Constantinopla, e que deu à luz [1][9]
- Baanes I, chamado , o Grande; futuro marzobã
- Bardas Mamicônio, futuro marzobã
- Bassaces, general em 485;
- Artaxes
Zoique tinha uma irmã, Anuxurã, casada com Achucha II, vitaxa de Gogarena, que foi levado cativo à Pérsia com muitos nobres, dentro os quais os filhos de Maiactes, após a revolta de 451. Em 455, conseguiu obter sua libertação e de seus sobrinhos, e os cuidou como seus próprios filhos.[10]
Referências
- ↑ a b Toumanoff 1990, p. 330.
- ↑ Settipani 2006, p. 132.
- ↑ Grousset 1947, p. 189-193.
- ↑ Grousset 1947, p. 193-196.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 189.
- ↑ Grousset 1947, p. 196-199.
- ↑ Grousset 1947, p. 202.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 190.
- ↑ Settipani 2006, p. 313-316.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 191.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Grousset, René (1947). História da Armênia das origens à 1071. Paris: Payot
- Settipani, Christian (2006). Continuidade das elites em Bizâncio durante a idade das trevas. Os príncipes caucasianos do império dos séculos VI ao IX. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
- Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila