Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro

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Retrato de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro pintado por seu tio Columbano Bordalo Pinheiro

Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (Lisboa, 20 de Junho de 1867 - Lisboa, 8 de Setembro de 1920) foi um ilustrador, ceramista, caricaturista e autor de banda desenhada . Foi pioneiro da ilustração infantil em Portugal, com a criação do herói que deu nome à revista O Gafanhoto.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Rafael Bordalo Pinheiro e de Elvira Ferreira de Almeida.

Iniciou a sua actividade de ilustrador numa publicação de seu pai, O António Maria[1] (1879-1885;1891-1898) . Para além desta, também trabalhou nas revistas Pontos nos ii[2] (1885-1891), A Paródia[3] (1900-1907), que dirigiu após a morte do pai. Colaborou também nas revistas Serões [4] (1901-1911), Ilustração Portugueza (1903-1923), Atlântida[5] (1915-1920), Miau! [6] (1916) e O Gafanhoto, entre muitas outras.

Foi presidente do Grupo de Humoristas Portugueses e professor na Escola Industrial Rodrigues Sampaio e na Escola Industrial Fonseca Benevides.

Herdou a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, após a morte paterna, em 1905, e sucedeu-lhe na gestão da fábrica. Em 1908 fundou uma nova fábrica, inicialmente denominada de "São Rafael" e mais tarde denominada Fábrica Bordalo Pinheiro. É característica da sua produção a aliança entre naturalismo da cerâmica das Caldas da Rainha e as tendências da corrente Arte Nova[7].

Foi retratado em 1884 num óleo sobre madeira da autoria de seu tio, Columbano Bordalo Pinheiro

Ver artigo principal: Retrato

Executou também vários painéis de azulejo pintado, onde fez uso da sua experiência de desenhador, aplicados em edifícios da capital e das Caldas da Rainha, como o Museu Militar e o Palacete Mendonça, em Lisboa.

A 6 de dezembro de 1920, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[8]

Em 1921 foi proferida uma conferência em homenagem a Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, seu pai Rafael Bordalo Pinheiro e seu avô Manuel Maria Bordalo Pinheiro, que resultou na obra Os três Bordalos [9].

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro

Notas

  1. Rita Correia (27 de Outubro de 2006). «Ficha histórica: O António Maria (1879-1885;1891-1898).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 12 de Maio de 2014 
  2. Rita Correia (8 de Março de 2007). «Ficha histórica: Pontos nos ii (1885-1891).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Maio de 2014 
  3. Álvaro Costa de Matos (11 de julho de 2013). «Ficha histórica:A paródia.» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 19 de Maio de 2014 
  4. Rita Correia (24 de Abril de 2012). «Ficha histórica: Serões, Revista Mensal Ilustrada (1901-1911).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Setembro de 2014 
  5. Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil (1915-1920)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014 
  6. Rita Correia (24 de Novembro de 2010). «Ficha histórica: Miau! (1916)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 1 de Outubro de 2014 
  7. Catálogo "Representações Marinhas na cerâmica Caldense do século XIX (exposição itinerante)". Caldas da Rainha: Ministério da Cultura; Instituto Português de Museus; Museu de Cerâmica, s.d.. ISBN 972-776-048-1
  8. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de setembro de 2020 
  9. Catálogo BLX. «Os três Bordalos : conferência (1921) – registo bibliográfico.». Consultado em 16 de maio de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

https://museubordalopinheiro.pt