Manuel Joaquim Pinto Pacca

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Manuel Joaquim Pinto Pacca
Manuel Joaquim Pinto Pacca
Manuel Joaquim Pinto Pacca
Dados pessoais
Nome completo Manuel Joaquim de Sant'Anna Pinto
Nascimento 1789
Salvador, Bahia
Morte 27 de Agosto de 1864
Salvador, Bahia
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Pai: Victoriano da Silva Pinto
Cônjuge Felicidade Perpétua Pacca (1813 - Circa 1828)

Romana Joaquina de Britto (C.1838 - 1864)

Profissão Militar
Serviço militar
Serviço/ramo Exército Brasileiro
Graduação Insígnia de General de BrigadaBrigadeiro-General
Conflitos Revolução Pernambucana
Independência da Bahia
Sabinada
Condecorações Imperial Ordem do Cruzeiro
Imperial Ordem da Rosa
Imperial Ordem de São Bento de Avis
Medalha da Campanha da Independência

Manuel Joaquim Pinto Pacca (Salvador, 178927 de agosto de 1864)[1], foi um Brigadeiro reformado de primeira classe do Exército Brasileiro, Deputado federal pelo estado da Bahia e o primeiro Comandante-geral da Polícia Militar da Bahia.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido Manuel Joaquim de Sant'Ana Pinto, por volta do ano de 1789, era filho de Victoriano da Silva Pinto.[3] Acredita-se que optou pela troca de sobrenome como forma de demonstrar patriotismo durante e após a Independência do Brasil. Seu sobrenome Pacca provavelmente advém do animal paca. Um de seus filhos, Augusto Pinto Paca, presenteou o amigo e antigo colega de classe Marechal Deodoro da Fonseca com o animal acompanhado de um poema[4]:

Se não me chamasse Paca

Filho da fé e da esperança,

Este bicho escaparia

Da mais humilde lembrança.


Sendo assim o que fazer,

Temendo ser esquecido,

Mando no bicho a lembrança

Inda depois de comido.


Espero que o bom amigo

Sempre grande e sempre nobre,

No bichinho que ofereço

Veja o Paca velho e pobre...


É pequeníssima a oferta

Mas rogo que alegre aceite,

Não pode dar boa luz

Lamparina sem azeite.

— Augusto Pinto Pacca, circa 1890,

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Pinto Pacca era natural de Salvador, Bahia. Iniciou como soldado e terminou sua carreira militar como Brigadeiro Reformado do Exercito. Recebeu diversas condecorações e títulos como a Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro da Ordem da Rosa e Cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis e a Medalha da Campanha da Independência.

Em 1817, sob o comando de D. Luís Baltasar da Silveira marchou para reprimir a Revolução Pernambucana. Em 1822, fez parte do exército pacificador do Recôncavo Baiano na Independência da Bahia. Em 1825, assumiu como primeiro comandante-geral da Polícia Militar da Bahia. Em1837, suprimiu a Revolta da Sabinada.[3]

Foi deputado à Assembleia Geral entre 1850 e 1857 pelo estado da Bahia.[1] Devido a acusações graves (durante seu segundo termo) de envolvimento com um falso documento nuncupativo do Barão de Vila Nova do Minho teve seu mandato cassado, mas foi absolvido por unanimidade[5] da acusação após julgamento pelo Senado.

Panteão ao General Labatut, em Pirajá. Local para onde foram transladados os restos mortais de Pinto Pacca, considerado herói da Independência da Bahia

Faleceu na então capital baiana em 27 de Agosto de 1864[6] e foi enterrado no cemitério do Campo Santo. Anos depois, seus restos mortais foram exumados para o panteão ao General Labatut no bairro de Pirajá.[7]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • Correspondência oficial do Quartel-mestre general - pelo tenente-coronel Manuel Joaquim Pinto Pacca no acampamento de Pirajá durante o ataque da cidade pelas tropas da legalidade nos memoráveis dias 13, 14, 15 e 16 de março de 1838. Bahia, 1838, 28 págs. - Refere-se aos ultimas dias da revolução de 7 de novembro, a Sabinada.[1]
  • Exposição - que ofereceu à consideração da Assembleia geral do Rio de Janeiro, 1856, 14 págs.[1] Como provas de idoneidade para defesa de acusações feitas contra Pinto Pacca de falsidade ideológica [3]no testamento nuncupativo do Visconde/Barão de Vila Nova do Minho[8], o maior traficante de escravos do Atlântico Sul durante o segundo quartel do século XIX.[9]
  • Matto Grosso por Curitiba e Tibagy - Itinerário da viagem que fez ao Baixo Paraguay por ordem do Excelentíssimo Sr. Marquês de Caxias, etc., acompanhado das observações que lhe são concernentes - Na Revista do Instituto Histórico, tomo 28, 1865, parte 1ª, págs.. 32 e seguintes.[1]

Referências

  1. a b c d e Blake, Augusto Victorino Alves Sacramento (1883). «Diccionario bibliographico brazileiro». Consultado em 27 de novembro de 2022 
  2. Antonio, Rubens (5 de agosto de 2017). «Cangaço na Bahia: Comandantes gerais da força policial militar da Bahia - século XIX». Cangaço na Bahia. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  3. a b c «Correio Mercantil, e Instructivo, Politico, Universal (RJ) - 1848 a 1868 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 18 de novembro de 2022 
  4. Sena, Ernesto (1999). Deodoro: Subsídios para a História (PDF). Brasília: Senado Federal. pp. 190–191 
  5. «Correio Mercantil, e Instructivo, Politico, Universal (RJ) - 1848 a 1868 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  6. «Correio Mercantil, e Instructivo, Politico, Universal (RJ) - 1848 a 1868 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  7. Kraay, Hendrik (11 de julho de 2019). Bahia's Independence: Popular Politics and Patriotic Festival in Salvador, Brazil, 1824-1900 (em inglês). [S.l.]: McGill-Queen's Press - MQUP 
  8. «Processo relativo à falsidade do testamento nuncupativo do visconde de Vila Nova do Minho, José Bernardino de Sá. - IHGB - Instituto Histórico Geográfico Brasileiro». ihgb.org.br. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  9. Pessoa, Thiago Campos (2020). «Sobre o que se quis calar: o tráfico de africanos no litoral norte de São Paulo em tempos de pirataria». História (São Paulo). Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
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