Manuel Lapa

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Manuel Lapa
Nascimento 1914
Lisboa
Morte 1979 (65 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal portuguesa
Prémios Prémio Domingos Sequeira, 1947
Área Pintura
Manuel Lapa, capa da revista Panorama, 1947

Manuel Francisco de Almeida e Vasconcellos, de nome artístico Manuel Lapa (Lisboa, 20.9.1914 — Lisboa, 11.12.1979), foi um pintor, artista gráfico e decorador português. Pertence à segunda geração de artistas modernistas portugueses.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho primogénito de D. Manuel das Misericórdias de Mello e Castro de Almeida e Vasconcellos, 3º conde e 4º visconde da Lapa e 5º barão de Mossâmedes de juro e herdade (Cascais, 9.10.1885 - Celorico da Beira 14.9.1942) e da condessa D. Cecília Burnay e Vasconcelos da Cruz Sobral (Porto, 12.5.1889 - 9.5.1969), casados em Lisboa a 12.2.1902. Nunca se encartou nos títulos de que era representante.[carece de fontes?]

Casou em Lisboa a 27.12.1939 com D. Irene da Silva Pereira, com quem teve seis filhos. O segundo filho deste casal, D. Pedro Manuel de Almeida e Vasconcellos (Lisboa, 21.6.1942) é o 4º conde e 5º visconde da Lapa e 6º barão de Mossâmedes de juro e herdade (por deliberação do Instituto da Nobreza de Portugal de 7.2.2017).[carece de fontes?]

Diplomado pela Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde foi professor. Em 1940 integra a equipa de artistas decoradores da Exposição do Mundo Português. A 4 de março de 1941, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Cristo.[3] Colabora na Panorama (revista portuguesa de arte e turismo); assume a direção artística da revista Atlântico (1942). Participa na I Exposição de Artistas Ilustradores Modernos, S.P.N., (Porto, 1942); colabora na obra Portugal: Breviário da Pátria para os Portugueses Ausentes (S.P.N./S.N.I., 1946). Participa em seis das Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I. (distinguido com o Prémio Domingos Sequeira, 1947).[1][4]

Em 1948 integra a equipa de artistas-decoradores do Museu de Arte Popular, para onde executa, em parceria com Tom, os murais do Vestíbulo e salas de Entre-Douro-e-Minho, Trás-os-Montes e Algarve. Nesse mesmo ano participa na exposição 15 anos de Obras Públicas e assume, com Tom, a direção do projeto da exposição 14 Anos de Política do Espírito, promovida pelo S.P.N./S.N.I. (Lisboa, 1948). Em 1953, dirige a ilustração e publicação da obra Guia Olisipo: Roteiro da Cidade de Lisboa. Em 1954 conduz a direção artística da Exposição do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo, Brasil, sob a direção do Professor Jaime Cortesão, onde também executa diversas obras. Em 1969 faz parte, com António Quadros (1923-1993) , Lima de Freitas (1927-1998) e Manuel Costa Martins (1922-1996), do núcleo de fundadores do Instituto de Arte, Decoração e Design (IADE), Lisboa.[2][5]

Termina a sua derradeira pintura mural em 1979, no átrio do Palácio de Justiça de Torres Novas (obra restaurada em 2020). Uma seleção representativa da sua obra foi apresentada em 2019 e 2020 na exposição Da Luz e das Sombras (Festa de Ilustração de Setúbal 2019; Casa do Design de Matosinhos, 2020).[6][7]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b França, José AugustoA arte em Portugal no século XX. Lisboa: Livraria Bertrand, 1991, p. 310.
  2. a b IADE. «Manuel Lapa (1914-1979)» (PDF). Consultado em 15 de maio de 2018 
  3. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Manuel Lapa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de outubro de 2023 
  4. Museu de Arte Popular. «Artistas – Manuel Lapa». Consultado em 25 de agosto de 2013. Arquivado do original em 12 de agosto de 2014 
  5. «Museu de Arte Popular». Consultado em 15 de maio de 2018 
  6. Moreira, Cristiana Faria – Última obra de Manuel Lapa foi redescoberta num tribunal. Jornal Público, 09-08-2020
  7. «Manuel Lapa — Da Luz e das Sombras». ESAD Matosinhos. Consultado em 10 de agosto de 2020 
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