Marcos Antônio Noronha

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Marcos Antônio Noronha
Bispo da Igreja Católica
Bispo-emérito de Itabira-Fabriciano
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Itabira-Fabriciano
Nomeação 7 de julho de 1965
Predecessor criação diocese
Sucessor Dom Mário Teixeira Gurgel, S.D.S.
Mandato 19651970
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 7 de dezembro de 1947
Nomeação episcopal 7 de julho de 1965
Ordenação episcopal 24 de agosto de 1965
por Dom José de Almeida Batista Pereira
Dados pessoais
Nascimento Areado
18 de setembro de 1924
Morte Belo Horizonte
16 de fevereiro de 1998 (73 anos)
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Maria Laura Torraca
Pai: Joaquim Monteiro Noronha
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Marcos Antônio Noronha, mais conhecido por Dom Marcos Noronha (Areado, 18 de setembro de 1924[1]Belo Horizonte, 16 de fevereiro de 1998), foi um professor e religioso brasileiro, primeiro bispo da atual Diocese de Itabira-Fabriciano. Recebeu sua ordenação presbiteral a 7 de dezembro de 1947 e episcopal a 7 de julho de 1965. No entanto, renunciou ao bispado em 1970.[2] Mesmo com o fim do sacerdócio, manteve missões humanitárias e projetos sociais ao lado da Igreja Católica, até sua morte.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Antônio Marcos Noronha nasceu no município brasileiro de Areado, no interior do estado de Minas Gerais, em 18 de setembro de 1924, sendo um dos cinco filhos dos professores Joaquim Monteiro Noronha e Maria Laura Torraca Noronha.[1][3] Foi ordenado padre em 7 de dezembro de 1947[2] e iniciou seu sacerdócio em Guaxupé, onde se mudou com familiares, criou raízes e mais tarde se tornou pároco.[4] Em 1964, fundou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guaxupé (FAFIG), atual Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé (Unifeg).[3]

Em 7 de julho de 1965, Marcos Noronha foi nomeado primeiro bispo da então Diocese de Itabira pelo Papa Paulo VI. Sua Ordenação Episcopal aconteceu na Catedral de Guaxupé no dia 24 de agosto de 1965 sendo sagrante Dom José de Almeida Batista Pereira. Após uma estadia de quatro meses em Roma em 1965, como parte da última seção do Concílio Vaticano II, passou a se mostrar a favor de uma igreja menos burocrática e com maior participação popular.[5] Ao final da década de 60, a Diocese de Itabira entra em uma "crise", com um decrescente número de católicos em sua área de atuação e o desabamento da antiga Catedral, devido a fortes chuvas. Posteriormente, Dom Marcos renunciou ao bispado em 2 de novembro de 1970, sendo sucedido por Dom Mário Teixeira Gurgel.[2][6]

Em 1976, casou-se com Zélia Quintão Froes. No entanto, manteve missões humanitárias e projetos sociais ao lado da Igreja Católica tanto em Guaxupé quanto no território da Diocese de Itabira, onde também criara a Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi), ainda quando foi Bispo.[3] Além de professor e diretor da antiga FAFIG, morou em São Paulo, trabalhando na FEPASA, mudou-se para Belo Horinzonte, onde exerceu cargos na Fundação João Pinheiro, na Secretaria de Educação de Minas Gerais e na Secretaria de Planejamento do Estado.[5] Faleceu em Belo Horizonte em 16 de fevereiro de 1998, vítima de uma trombose cerebral, sendo velado na Igreja São José do Operário, em Guaxupé, e sepultado no cemitério municipal da cidade.[3] Em 3 de novembro de 2014, foi lançado na Academia Mineira de Letras o livro "Marcos Noronha – do Chão aos Sonhos[7]", escrito por seu sobrinho e jornalista Bernardo Fróes Bicalho.[8]

Referências

  1. a b Marcos Noronha - Vida e Obra. «Criança - certidão de nascimento de Marcos Noronha». Consultado em 9 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2014 
  2. a b c Catholic Hierarchy (4 de setembro de 2013). «Marcos Antônio Noronha» (em inglês). Consultado em 9 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2014 
  3. a b c d e Marcos Noronha - Vida e Obra. «Homenagens». Consultado em 9 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2014 
  4. GXP (27 de fevereiro de 2012). «Vida e obra de Marcos Noronha sairá em livro». Consultado em 9 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2014 
  5. a b Ultimato (13 de julho de 2002). «Marcos Noronha – tudo no mundo tem duas histórias: a que se vê e a que anda escondida em veios ocultos». Consultado em 9 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2014 
  6. Diocese de Itabira-Fabriciano (2007). «Livro da Caminhada - 2007» (PDF). Marcos Noronha - Vida e Obra. p. 6–21. Consultado em 9 de dezembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 24 de abril de 2013 
  7. BICALHO, Bernardo Fróes (2014). Marcos Noronha, Do Chão aos Sonhos. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-64158-79-5 
  8. Pedro Artur (3 de novembro de 2014). «Jornalista lança biografia sobre a história e o legado de um ex-padre». Hoje em Dia. Consultado em 9 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]