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Marquinho Mendes

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(Redirecionado de Marcos da Rocha Mendes)
Marcos da Rocha Mendes
Marquinho Mendes
Marcos da Rocha Mendes
24º Prefeito de Cabo Frio
Período 1 de janeiro de 200531 de dezembro de 2012
Antecessor(a) Alair Corrêa
Sucessor(a) Alair Corrêa
Deputado Federal pelo Rio de Janeiro
Período 1 de fevereiro de 20151 de janeiro de 2017
26º Prefeito de Cabo Frio
Período 1 de janeiro de 20179 de maio de 2018
Antecessor(a) Alair Corrêa
Sucessor(a) Aquiles Barreto
Dados pessoais
Nascimento 27 de fevereiro de 1959 (65 anos)
Cabo Frio
Cônjuge Kamylla Mendes
Partido PSDB (1992–2013)
MDB (2013–presente)

Marcos da Rocha Mendes, conhecido como Marquinho Mendes (Cabo Frio, 27 de fevereiro de 1959), é um político brasileiro filiado ao MDB. Foi prefeito de Cabo Frio entre 2005 e 2012, com dois mandatos consecutivos, e entre 2017 e 2018,[1] sendo no último ano cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por improbidade administrativa devido ao abuso de poder econômico e político,[2] como na distribuição irregular de materiais de construção e contratação excessiva de concursados. Anteriormente, foi eleito vereador na cidade em 1992 e, inclusive, desempenhou funções como vice-prefeito, deputado estadual e federal.[3]

Carreira política

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Dando continuidade ao legado político de seu pai, o deputado Wilson Mendes, Marquinho entrou para a vida pública em 1992 sendo eleito o Vereador mais votado daquele pleito. Em seguida, por uma eleição interna, assumiu como presidente da Câmara Municipal. Em 1996 foi convidado para ser vice-prefeito de Cabo Frio.

Marquinho Mendes como deputado federal juntamente do outro deputado Darcísio Perondi na Câmara dos Deputados

Com um trabalho na política regional, em 1998 foi eleito deputado estadual. Em 2004 foi eleito prefeito de Cabo Frio e se reelegeu em 2008 com 14 mil votos de diferença do segundo colocado. Nas eleições de 2014, Marquinho Mendes atingiu a marca de 45.581 votos e assumiu em 2015 como o deputado federal mais votado da Região. Em 12 de setembro de 2016, foi efetivado deputado federal, após a cassação de Eduardo Cunha.

Em 2016 é eleito novamente prefeito de Cabo Frio pela terceira vez tendo 44.161 votos. Em dezembro de 2017 seu governo foi alvo da Operação Basura, realizada pela Polícia Federal do Brasil, que investiga crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa e recebimento de vantagem indevida dentro da Companhia de Serviços de Cabo Frio (Comsercaf), autarquia municipal responsável pela coleta de lixo e demais serviços de limpeza do município de Cabo Frio.[4][5]

Em 24 de abril de 2018, com base na "Lei da Ficha Limpa", Marquinhos Mendes foi cassado e perdeu seu cargo de prefeito por 'abuso de poder econômico ou político'; o julgamento do caso se deu no Plenário do Tribunal Superior Eleitoral; novas eleições na cidade de Cabo Frio foram marcadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Na acusação que deu origem à cassação de Marquinho Mendes, o Ministério Público apontou irregularidades na gestão de Marquinhos em 2012, como abertura de créditos adicionais e despesas com pessoal excedendo orçamentos. O prefeito teria feito distribuição gratuita de materiais de construção e contratado número de funcionários maior que o número de concursados.[6]

Marquinhos tentou disputar a eleição suplementar de 2018, porém sua candidatura foi derrubada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJERJ).[3][7]

No ano de 2020, embora inelegível, tentou disputar o cargo de prefeito em Cabo Frio, visando um possível quarto mandato. No entanto, não obteve êxito, ficando somente na terceira posição com 8 928 dos votos (8,89%).[8]

Em 2024, candidatou-se novamente à prefeitura de Cabo Frio. Contudo, teve suas contas rejeitadas de sua gestão em 2017 pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) anteriormente em 12 de dezembro de 2023.[9] Em 23 de julho de 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) aceitou suas contas e confirmou sua elegibilidade.[10] No entanto, uma nova reunião foi feita no dia 30 de julho, onde os ministros do TCU rejeitaram, por unanimidade, os embargos e a liminar, que traria a elegibilidade do ex-prefeito, foi negada, fazendo com que Mendes retornasse a ser inelegível por oito anos.[11] Em 15 de agosto, o ex-prefeito desistiu da disputa, anunciando oficialmente o seu apoio à Magdala Furtado, prefeita de Cabo Frio.[12]

Referências

  1. Cristiane, Renata (26 de julho de 2024). «Corrida eleitoral em Cabo Frio tem até motorista de aplicativo | Política Costa do Sol». O Dia. Consultado em 28 de julho de 2024 
  2. «TSE cassa mandato de Marquinho Mendes e Cabo Frio terá novas eleições». G1. 25 de abril de 2018. Consultado em 11 de julho de 2024 
  3. a b «Eleições 2024: veja quem são os pré-candidatos à prefeitura de Cabo Frio». Rlagos Notícias. 19 de junho de 2024. Consultado em 27 de junho de 2024 
  4. «Operação Basura resultou em prisões, busca e apreensão em oito municípios» on line ed. Revista Isto É. 5 de dezembro de 2017. Consultado em 6 de dezembro 2017 
  5. «Polícia prende acusados de crimes contra a administração pública em Cabo Frio, no RJ: Prefeito da cidade, Marcos da Rocha Mendes (PMDB), é intimado a depor na condição de testemunha.» on line ed. G1. 5 de dezembro de 2017. Consultado em 6 de dezembro 2017 
  6. «Prefeito 'ficha suja' de Cabo Frio tem registro cassado no TSE: Marquinhos Mendes (MDB) estava inelegível por 'abuso de poder econômico ou político'; novas eleições na cidade serão marcadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.» on line ed. jornal O Estado de São Paulo. 24 de abril de 2018. Consultado em 19 de maio 2018 
  7. «Prefeito cassado de Cabo Frio é impugnado e fica fora de nova eleição». Agência Brasil. 7 de junho de 2018. Consultado em 11 de julho de 2024 
  8. «Resultado das Eleições e Apuração Cabo Frio-RJ no 1º Turno | G1 Eleições». G1. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  9. «Cabo Frio: Ex-prefeito Marquinhos Mendes tem contas reprovadas e fica inelegível». O Fluminense. 14 de dezembro de 2023. Consultado em 29 de junho de 2024 
  10. Cristiane, Renata (23 de julho de 2024). «Após decisão do TCU, Marquinho Mendes segue confiante na disputa em Cabo Frio | Política Costa do Sol». O Dia. Consultado em 28 de julho de 2024 
  11. Cristiane, Renata (30 de julho de 2024). «Ministros do TCU rejeitam embargos e Marquinho Mendes volta a ficar inelegível em Cabo Frio | Política Costa do Sol». O Dia. Consultado em 3 de agosto de 2024 
  12. Cristiane, Renata (16 de agosto de 2024). «Magdala Furtado (PV) e Léo Mendes (MDB) oficializam chapa na coligação 'União do Bem' | Política Costa do Sol». O Dia. Consultado em 16 de agosto de 2024 

Ligações externas

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